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Novas tecnologias e cidades inteligentes
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Data Contribuições Positivas Negativas
05/jun
15:52
Por Nelson Antonio Prta | SINTESC/RMBH-MG | Belo Horizonte/MG
Proposta de tema: A Mobilidade Urbana é um conceito que pretende apropriar-se do espaço urbano, defendendo o desestímulo do modo de deslocamento individual motorizado (automóvel, motocicletas e outros), como medida capaz de promover a transferência da demanda assim gerada,para o transporte coletivo. Premissa falsa, pois esta transferência só se dará em função da oferta de transporte de qualidade, com capacidade e distribuição espacial condizente com a matriz de deslocamento dessa demanda. O forte carregamento desta matriz sobre o modo individual de deslocamento motorizado, contradiz essa premissa. A filosofia de controle implícita na ideia de ¿Cidade Inteligente¿, apoia - se numa tecnologia de telecontrole central via transmissão de imagens pontuais, detecção de avanços de sinais e de sobrevelocidade também puntual. No entanto a tecnologia de trânsito avança para o conceito de unidades veiculares inteligentes, capazes de tomadas de decisão instantâneas e de condução veicular a ponto de dispensarem o motorista. Aliás a tecnologia ¿Smart¿ do sistema de telefonia móvel, já sinaliza neste sentido, com a possibilidade via GPS de informar aos usuários as melhores opções de circulação, independentemente do telecontrole central. A situação assemelha-se à ocorrida há alguns anos na área computacional, quando os computadores de grande porte (main - frame), cederam lugar à WEB e ao PC. Temos aqui um interessante ponto de reflexão, pois a situação torna-se incrivelmente semelhante se considerarmos as modificações da infraestrutura urbana, exigidas pelo conceito de ¿mobilidade urbana¿, como parte do ¿hardware¿ ou ¿main - frame¿ infraestrutural substrato do telecontrole central ora em pleno funcionamento. Teríamos nesse caso a formação de verdadeiro ¿elefante branco¿ a ser logo colocado em desuso pelo sistema mais avançado de unidades veiculares inteligentes,com ¿software¿ orientado por satélite. O cenário aqui delineado é típico do predomínio de ¿Estado de Arte¿ calcado nas intervenções infraestruturais, em detrimento do caráter de pilotagem operacional próprio da Engenharia de Trânsito. Se não dermos uma pausa para reflexão, correremos o risco de ficarmos redesenhando continuamente nossas cidades e nossos espaços viários no afã de adaptar-mo-nos ao inexorável desenvolvimento tecnológico. O cenário acima justifica o resgate do planejamento regional permanente e aponta no sentido de não sucumbirmos aos modismos inconsistentes. Nelson A. Prata-Engenheiro de Trânsito
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