Pronunciamentos

DEPUTADO LELECO PIMENTEL (PT)

Discurso

Comenta pedido de demissão do empresário Salim Mattar, que abandonou o cargo de consultor especial na Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico. Informa sobre visita à Câmara Municipal de Congonhas (MG) onde se discutiu a questão das mineradoras. Comenta episódio envolvendo assessoria da deputada Macaé Evaristo.
Reunião 58ª reunião ORDINÁRIA
Legislatura 20ª legislatura, 1ª seção legislativa ORDINÁRIA
Publicação Diário do Legislativo em 02/09/2023
Página 129, Coluna 1
Indexação
Proposições citadas PL 2309 de 2020
PL 1298 de 2023

58ª REUNIÃO ORDINÁRIA DA 1ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 20ª LEGISLATURA, EM 31/8/2023

Palavras do deputado Leleco Pimentel

O deputado Leleco Pimentel – Hipócritas, hipócritas, hipócritas. Sabem de quem eu estou falando? Estou falando de Salim Mattar, estou falando de Zema. Hoje tomamos conhecimento na mídia, e talvez seja por isso essa cortina de fumaça dessa turma que tentou tirar o brilho de tamanha importância e coragem da primeira Assembleia do Brasil a aqui resolver, em 2º turno, uma lei que coíbe a violência política, para além da violências de gênero, violência sexual. Nós sabemos que os hipócritas gostam de falar baixinho, para poder esconder. Atrás de muita gente que fala baixinho, há pedófilo, há assassino. Há até os que usam a palavra em nome de Deus. Mas, vejam, nós estamos falando aqui daquele que tentou vender a Cemig e a Copasa de tudo quanto é forma, e agora vai dar com os burros n'água. Então pediu demissão, não tem mais função no governo, porque ele, no governo anterior, era o secretário nacional da privatização do genocida. E agora aqui, no governo Zema, esse mesmo que andou homenageando genocida nesta Casa, na semana, pediu demissão; ele, que era voluntário, conseguiu o desconto do IPVA para as suas locadoras, para revenda; e agora, deputado Ulysses, foi-se embora, e não vai deixar saudade. Agora ficou o bagaço para o Zema. O Zema agora vai ter que ruminar o bagaço que deixou para o Estado, porque as mineradoras, a Fiemg e o Mattar, daqui a pouco, abandonarão o Zema.

Eu quero, com essas palavras, e sempre busco palavras de vida, como fiz aqui, dizer que nós não sentiremos saudades dos hipócritas, hipócritas, hipócritas. Nós encerraremos aqui, nesta semana, provavelmente com o meu pronunciamento, e eu queria dizer que ontem, na cidade de Congonhas, deputada Beatriz, estivemos com a câmara lotada, onde a população esteve, sabendo que a CSN, Companhia Siderúrgica Nacional, uma mineradora, anda fazendo com que as comunidades de Joana Vieira e Santa Quitéria, no Alto Maranhão, sejam objetos de especulação, porque querem minerar tudo, expulsar a população, tirar os recursos hídricos. E nós apresentamos um projeto de lei para que o Caminho das Águas, centenário, da comunidade de Barnabé, seja preservado como recurso hídrico, patrimônio material e imaterial da nossa tricentenária Congonhas.

Juntos, deputada Beatriz, nós e também os assessores da Célia Xakriabá, do Rogério Correia, do Padre João, da assessoria da Bella, da Beatriz e de todos os deputados do Bloco Democracia e Luta nos comprometemos a trazer para esta Casa audiência pública em que a CSN, a Agência Nacional de Mineração, o Ibama… Porque a nossa comunidade, deputada Macaé, agora, está tendo que conviver com poeira daqueles que cheiram a mofo e a enxofre porque vêm aqui apontar o dedo na cara das pessoas.

E eu lhe diria, deputada Macaé: se alguém aqui quiser demitir trabalhador, que o faça em seu gabinete. Apontar para a deputada Macaé e determinar que ela deve demitir uma pessoa porque eles julgam, eles apontam o dedo e eles querem condenar? Isto eu tenho certeza de que a nossa excelentíssima deputada, equilibrada que é, jamais fará: promover a injustiça contra aqueles que, mesmo reconhecendo o erro, não devem estar sob o julgo dos hipócritas, hipócritas e hipócritas!

Eu encerro as minhas palavras dizendo que as mulheres e a deputada Macaé têm hombridade, voto e respeito da sociedade mineira, sobretudo dos mais pobres, negros, periféricos, os que mais sofrem com a ausência de políticas públicas; e as pessoas que vêm apontar o dedo, infelizmente, têm um projeto político para eles continuarem assim.

Ergamos a cabeça e saibamos que errar vai ser sempre possível. É preciso que a gente reconheça isso, mas que eles consigam apontar os dedos para si mesmos, porque são hipócritas, hipócritas e hipócritas! Boa tarde.