Deputados analisaram proposições relacionadas à segurança pública
Carga tributária sobre armas pauta projeto

Deputados aprovam isenção para aquisição de armas

Projeto sobre relatório de vitimização de agentes de segurança recebe emenda, que será apreciada por comissão.

08/06/2021 - 13:35

Foi aprovado em 1º turno pelo Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), na manhã desta terça-feira (8/6/21), o Projeto de Lei (PL) 1.067/15, do deputado Sargento Rodrigues (PTB), que diminui a carga tributária sobre armas e equipamentos de segurança.

A proposição, que pretende isentar do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias (ICMS) a aquisição de armas de fogo, munições, fardamento e colete à prova de balas por integrantes dos órgãos estaduais de segurança pública, foi aprovada com a emenda nº 1, da Comissão de Segurança Pública.

Consulte o resultado e assista ao vídeo completo da reunião.

De acordo com a matéria, a isenção somente poderá ser utilizada no limite de duas armas para cada integrante dos órgãos de segurança, ressalvados casos de furto ou roubo devidamente comprovados.

O PL 1.067/15 prevê ainda que a alienação dos bens objeto da lei a pessoas que não satisfaçam as condições e os requisitos estabelecidos, antes de dois anos contados da data da sua aquisição, acarretará o pagamento do imposto.

A emenda nº 1 modifica artigo que estabelece atribuição legal à Receita Federal e a observância da legislação tributária federal, quando na verdade o projeto deve incidir sobre as leis estaduais e sobre o órgão do Governo de Minas que tutela o ICMS.

Dessa forma, a emenda define que a isenção será reconhecida pela Secretaria de Estado de Fazenda, mediante verificação dos requisitos previstos.

O projeto retorna agora à Comissão de Segurança Pública, para análise de 2º turno.

Vitimização de agentes – Outro projeto em 1º turno relacionado à área de segurança na pauta do Plenário era o PL 1.381/20, de autoria do deputado João Leite (PSDB), que propõe a criação do Relatório Anual de Vitimização dos Agentes de Segurança Pública.

A matéria recebeu a emenda nº1, da deputada Andréia de Jesus (Psol), e por isso voltará a ser apreciada pela Comissão de Segurança Pública. 

A emenda pede que se acrescente ao substitutivo nº 2, apresentado pela mesma comissão, a previsão de que também seja informado no relatório o número de policiais civis, policiais militares, bombeiros militares, agentes de segurança penitenciários e agentes de segurança socioeducativos vítimas de autoextermínio, bem como o número desses servidores que tentaram se matar, inclusive os da reserva ou aposentados.

O substitutivo nº 2, por sua vez, trouxe ajustes de técnica legislativa e aprimorou o conteúdo da proposta, retirando a guarda civil do rol de agentes que constarão no registro, uma vez que a instituição não é órgão da segurança pública estadual. 

Dessa forma, o relatório abrange policiais e bombeiros militares, policiais civis, técnico-científicos e penais, guardas municipais e agentes socioeducativos.

O registro deverá ser elaborado anualmente pelo Poder Executivo. Para cumprir seus objetivos, o projeto altera a Lei 13.772, de 2000, que dispõe sobre o registro e a divulgação de dados relativos à violência e à criminalidade no Estado.