Projetos da Defensoria Pública são aprovados em 2º turno
Deputados aprovaram mudanças na Lei Orgânica do órgão para garantir melhoria na carreira e pagamento de benefício.
14/07/2021 - 16:20O Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) aprovou nesta quarta-feira (14/7/21), em Reunião Ordinária, os Projetos de Lei Complementar (PLCs) 52/21 e 79/18, que alteram a Lei Orgânica da Defensoria Pública do Estado. As duas proposições, ambas de autoria da própria Defensoria, foram aprovadas em 2º turno e agora podem seguir para a sanção do governador tão logo recebam parecer de redação final.
Consulte o resultado e assista ao vídeo completo da reunião.
O PLC 79/2018 foi aprovado na forma original e tem como objetivo adequar a carreira dos defensores públicos à realidade de outras carreiras com as quais há a chamada simetria constitucional. Assim, um dos dispositivos do projeto promove o ajuste do quantitativo dos cargos de cada classe de defensor à realidade da instituição.
Com isso, segundo justificativa da Defensoria, procura-se minimizar o engessamento das classes especial e final e, ainda, a evasão na carreira, o que acarreta limitação da atuação e até mesmo interrupção do atendimento em comarcas. Dessa forma, estabelece o total de 250 vagas para as classes inicial e intermediária e de 350 para as classes final e especial. O projeto também trata das publicações do órgão, tornando oficiais aquelas disponibilizadas no site da Defensoria.
Benefício - Já o PLC 52/21 foi aprovado com a emenda nº 1, da Comissão de Administração Pública, ao texto original. A proposição busca garantir a compensação ou indenização aos defensores públicos e aos servidores designados para trabalho fora dos dias de expediente. Eles farão jus ao benefício quando trabalharem em plantão nos fins de semana, feriados ou em dia e horário em que não houver expediente.
Também receberão a compensação ou indenização no caso de exercerem outras atividades extraordinárias, conforme dispuser o regimento interno da Defensoria Pública.
De acordo com informações do defensor público-geral, Gério Patrocínio Soares, os valores correspondentes às despesas decorrentes da proposição já estão disponíveis no orçamento anual do órgão. Estima-se um valor médio mensal de R$ 721 mil. O total previsto para o exercício de 2021 é de R$ 3,6 milhões, ao passo que em cada um dos anos seguintes, 2022 e 2023, o desembolso esperado totaliza R$ 8,6 milhões.
Emenda - Já a emenda nº 1 ao texto original estabelece que será objeto de termo de cooperação técnica entre a Defensoria Pública e as polícias ou o Corpo de Bombeiros a constituição de defensor nos casos em que servidores dessas instituições figurarem como investigados em inquéritos policiais, inquéritos policiais militares e demais procedimentos extrajudiciais que apurem fatos relacionados ao uso da força letal praticados no exercício profissional, de forma consumada ou tentada.
O objetivo principal disso é garantir a defesa, em tempo hábil, desses profissionais na prisão em flagrante.