25ª REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA DA 2ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 20ª LEGISLATURA, EM 18/12/2024

Palavras do deputado Caporezzo

O deputado Caporezzo – Bom dia, presidente. Bom dia, colegas deputados estaduais. Eu realmente me preocupo muito com um projeto de lei como esse. Por qual motivo? Eu desconheço essa variedade de raças. Eu pertenço a uma só raça, que se chama raça humana. Eu desconheço alguma raça diferente dessa. Agora, existem etnias: branco, preto, amarelo, vermelho. Pode-se falar o que for nesse sentido, o que eu sei é que esta pauta demonstra um alinhamento da esquerda com a política norte-americana.

Eles importaram a pauta racial para o Brasil, porque o que existe de mais característico da nossa gente e do nosso povo é a miscigenação. O povo brasileiro é um povo miscigenado, com muito orgulho. Então eu sou contra esse tipo de política identitária que acaba gerando segregação. É sempre a mania da luta de classes da esquerda de jogar o pobre contra o branco, a mulher contra o homem, focando agora também nessa parte racial. Eu já falei que o correto é a etnia, mas o mais interessante é essa necessidade que a esquerda tem de colocar jabuti em tudo, e o jabuti máximo, o mais querido da esquerda, chama-se ideologia de gênero, LGBTQIA+fobia e essas expressões todas.

Espere um pouquinho, isso aqui não é um projeto de lei para ajudar a diminuir as desigualdades que seriam raciais? O que tem a ver a identidade de gênero com isso? E mais, como alguém defende que isso aí seria algo para favorecer a mulheres, meu Deus do céu! A única coisa que a identidade de gênero faz é destruir as mulheres, a começar pelo esporte, porque agora sempre existe um homem que se sente mulher para subir num ringue e quebrar a mulher na porrada. É só isso que eu vejo acontecer. O engraçado é que, em sentido oposto, eu nunca vi uma mulher trans, que é um homem, indo competir… Eu até me confundo um pouco com isso. Na verdade, eu nunca vi a mulher trans, que é o homem trans que nasceu mulher e que se sente homem, subindo à categoria masculina para competir com outros homens. Você só vê o contrário. É sempre na base da covardia.

Acima de tudo, eu sou um cara que tenho a minha história. Eu sou de origem pobre e não sou contra cota, cota social, por causa da dificuldade da vida que a pessoa enfrenta. Então, se você quer fazer uma cota, faz uma cota social, mas fazer uma cota de 30%… Por favor, façam uma cota para os ítalo-descendentes, já que eu sou descente de italiano; façam também uma cota para os ítalo-descendentes, porque eu quero ser favorecido. Está bom?

Eu sou contra esse projeto de cima a baixo, e essa é a minha orientação. Obrigado, presidente. A direita vive em Minas Gerais.

O presidente – Obrigado, deputado Caporezzo. Com a palavra, para encaminhar a votação, a deputada Bella Gonçalves.