Pronunciamentos

DEPUTADO CAPOREZZO (PL)

Declaração de Voto

Critica a justiça de São Paulo por autorizar a retirada de fetos de uma mãe grávida de 5 filhos. Sugere leitura de livro de sua autoria sobre o aborto. Informa sobre emenda ao projeto de lei que dispõe sobre a revisão geral do subsídio e do vencimento básico dos servidores públicos civis e militares da administração direta, autárquica e fundacional do Poder Executivo.
Reunião 25ª reunião ORDINÁRIA
Legislatura 20ª legislatura, 2ª seção legislativa ORDINÁRIA
Publicação Diário do Legislativo em 07/06/2024
Página 94, Coluna 1
Indexação
Proposições citadas PL 2309 de 2024

25ª REUNIÃO ORDINÁRIA DA 2ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 20ª LEGISLATURA, EM 5/6/2024

Palavras do deputado Caporezzo

O deputado Caporezzo – Boa tarde, presidente. Boa tarde, colegas deputados estaduais. Vou iniciar a minha fala com um trecho bíblico do Livro de Lucas, 1:37-38: “Porque para Deus nada será impossível. Disse, então, Maria: Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua palavra. E o anjo ausentou-se dela.” Hoje fiquei muito triste com a notícia terrível de que a Justiça de São Paulo autorizou a retirada de fetos de uma mãe grávida de cinco filhos. Então o Tribunal de São Paulo aprovou a redução embrionária e a retirada de três dos cinco fetos que estão nessa mulher. É interessante o eufemismo da morte. Quando o assassinato de crianças virou retirada? Ela está com um tumor? É um caso de câncer? É uma doença que ela carrega no ventre dela ou são vidas humanas que ela carrega? Eu fico imaginando a dor desse casal, que sonhava ter filhos e, diante da impossibilidade, por não estarem conseguindo engravidar, recorreram à ciência, através da fertilização in vitro, e realizaram agora o sonho, e ela está grávida. Isso aqui é a realização de um sonho. E então o médico se deparou com essa situação e falou: “Olha, é perigoso demais uma gestação de cinco filhos, isso coloca em risco a vida da mulher, então a senhora retire três”. Eu quero mandar uma mensagem para essa mãe relatando um caso que aconteceu lá nos Estados Unidos, em 2009, em que uma mãe deu à luz oito crianças. Aproxima a câmera, para verem como está essa família hoje. Estão os filhos praticamente criados, todos bem; e a mãe também está bem. Qual é o momento em que a ciência começa a brincar de ser Deus e decidir quem deve viver e quem deve morrer? Como policial militar, muitas vezes eu tive o poder, diante de mim, de tirar ou não uma vida. E, nesse caso, não uma vida inocente, mas uma vida de lixos da sociedade, que, na minha concepção, estariam muito melhores mortos. Já dei muito tiro em vagabundo, já quebrei muito vagabundo na porrada, mas nunca atirei sem ser em legítima defesa, porque eu tive medo de brincar de ser Deus e resolver, conforme o meu próprio entendimento, quem deveria viver e quem deveria morrer. Eu faço aqui um clamor a essa mãe e a esse pai, que hoje realizaram o sonho da vida deles. Não matem, não matem os seus filhos, não façam isso. Recorram a Deus, façam as suas orações e saibam que são muitos os casos de mães que tiveram partos assim e sobreviveram. E também são muitos os outros casos de mulheres que tiveram apenas um filho e não resistiram ao parto. Não cabe a nós brincar de Deus quando o assunto é vida humana. Eu aproveito e peço que comprem o meu livro Abortismo: poder, dinheiro e morte, em que falo justamente a respeito desse tema. É só ir ao www.livroquesalvavidas.com.br. A minha mensagem agora vai para a segurança pública. Apresentamos aqui uma emenda ao projeto de recomposição, falando o seguinte: “Fica o Poder Executivo autorizado a conceder revisão no valor de R$906,47, da remuneração básica do cargo de coronel da Polícia Militar, para todos os demais cargos da segurança pública”. Então a Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros Militar, a Polícia Civil, a Polícia Penal. No caso, há aqui uma tabela que demonstra como vai ficar – já vou concluir, presidente –, do soldado ao coronel, recebendo R$906,00, para tentar corrigir essa grande vergonha que hoje é o Romeu Zema ter prometido, na campanha, que iria pagar a recomposição de perda inflacionária. E agora ele simplesmente muda de posição. O político tem que ser homem. Se ele promete algo na época da campanha, após eleito ele precisa cumprir. E eu quero ajudar o governador a cumprir com a palavra dele e a honrar com os nossos guerreiros da segurança pública, que estão precisando. Então eu clamo por essa recomposição horizontal. Obrigado, presidente. A direita vive em Minas Gerais.