19ª REUNIÃO ORDINÁRIA DA 2ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 20ª LEGISLATURA, EM 14/5/2024

Palavras do deputado Doutor Jean Freire

O deputado Doutor Jean Freire – Obrigado, presidenta; obrigado, colegas deputados e deputadas. Primeiro, quero dizer, deputado Lucas Lasmar, que me antecedeu em sua fala, que nós estaremos sempre juntos na luta pelos trabalhadores e pelas trabalhadoras da saúde e na luta por uma assistência com, cada vez mais, dignidade à saúde das pessoas, dos mineiros e das mineiras. Conte comigo! Na comissão, na hora em que precisar, deputado Lucas, pode nos chamar. Eu, como profissional de saúde, sei dessa importância. Olha, deputado, isso veio numa data muito importante. Agora, dia 12, foi o Dia Internacional da Enfermagem. Nós estamos na Semana da Enfermagem! Por isso deixo aqui também o meu abraço. Ainda esta semana usarei esta tribuna, se Deus quiser, para fazer uma fala direcionada a esses profissionais. Deputada Leninha, deputados presentes e público que nos assiste, hoje tivemos também a felicidade, no nosso mandato, de haver dois projetos de nossa autoria aprovados nesta Casa. Um é o projeto que institui, no âmbito do Estado, a Política de Diagnóstico e Tratamento do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade e dá outras providências. Mesmo na posição de médico, nas nossas andanças e na missão de estar neste Parlamento, de dialogar com as pessoas, de frequentar as escolas, de adentrar as escolas e de conversar com alunos, alunas, pais e mães, vemos o quanto vamos aprendendo a lidar, ou seja, como nós, deputados, podemos, a cada dia mais, ajudar essas pessoas no diagnóstico e no tratamento e aqui fazendo leis. Nós temos uma ação direta como um profissional de saúde e ações, como deputado, que podem muito auxiliar isso. Nós precisamos diminuir a evasão escolar. Essa patologia é uma das causas da evasão escolar. Nós temos muitas pessoas em situação privada de liberdade que têm TDAH – e já existem pesquisas mostrando isso. Além disso, nós temos, deputada Leninha, dificuldade de diagnosticá-la, por exemplo, nas meninas. A gente atua nessa pauta do empoderamento em defesa das mulheres. Eu faço isso com muita felicidade também, assim como estar junto com vocês, deputadas, nessa luta no enfrentamento à violência contra a mulher. Nós temos ali, na questão do TDAH, dificuldade de diagnóstico nas meninas. Delegada Sheila, eu sei que V. Exa. também trabalha essa pauta. Muitas vezes as meninas têm essa patologia, essa hiperatividade, digamos assim, de uma maneira mais interna, ou seja, não a exterioriza como os meninos a exteriorizam, dificultando o diagnóstico. Ou seja: o que pode um projeto de lei? Como ele nasce? Como ele anda? Eu quero agradecer às mães Odília e Fabiane, que, ao saberem desse nosso projeto na Casa, nos procuraram aqui. Nós dialogamos muito, e elas enriqueceram bastante o nosso projeto de lei. Por quê? Porque elas têm filhos com a patologia, elas estão ali no dia a dia. Então nada melhor do que essa sensibilidade de chegar até a nós quem vive o dia a dia. Então nós esperamos que, com a aprovação desse projeto, possam ser estabelecidas políticas públicas no Estado para um diagnóstico mais rápido e um tratamento mais rápido, a fim de tratarmos de maneira diferente os diferentes com mais equidade. Já terminando, há também o projeto de lei que reconhece como de relevante interesse cultural do Estado o Coral Ribeirão de Areia, de Jenipapo de Minas. Fui convocado outro dia por um jornal em razão desses projetos que reconhecem como de relevante interesse cultural. Nós temos muitas associações, muitos grupos que nos procuram. Então a gente vai até lá e vê uma belíssima história. Como nasceu o Coral Ribeirão de Areia? Como nasceu? A Ajenai, que é uma associação que trata da questão de assistência à infância lá em Jenipapo de Minas, vendo o modo de expressão musical daquela comunidade, de crianças e mulheres, vendo o modo de expressão, resolveu ali atuar convidando grandes artistas, como a Grace Matos – e eu quero dizer que tenho a satisfação de a Grace ser uma grande amiga, minha paciente –, o Dener Pinheiro, o Diego Alves e tantos outros que se somaram, ou seja, que passaram a pegar uma cultura que já existia e fizeram aulas, teste, oficinas de musicalidade com essas crianças e, hoje, já também com adultos. Muitas músicas foram criadas por eles. E aí criou-se esse grande coral, que já percorreu vários rincões deste país. Então eu quero deixar um abraço a cada morador, a cada moradora de Ribeirão de Areia, de Jenipapo, e ao meu amigo Paulo Natel, que eu estou sabendo aqui que está aí com o pessoal assistindo agora este momento, vibrando muito com a aprovação desse projeto. Então, um grande abraço. Muito obrigado aos deputados e às deputadas que colaboraram aqui com o seu voto.