27ª REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA DA 1ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 20ª LEGISLATURA, EM 31/8/2023

Palavras do deputado Eduardo Azevedo

O deputado Eduardo Azevedo – Obrigado, presidente. A gente quer iniciar a nossa fala sendo solidário ao que aconteceu com a nossa amiga de Parlamento, a deputada Chiara. É inaceitável, Chiara, o que fizeram com você aqui hoje. Isso nos preocupa muito. Fala-se tanto em combater a violência contra a mulher. Nós somos, sim, completamente contra todo e qualquer tipo de violência contra a mulher. Agora, porque a deputada Chiara expressa uma opinião diferente de uma pauta ideológica, ela tem que ser tratada dessa forma por uma assessora parlamentar? Então as medidas têm que ser tomadas. Chiara, eu sou solidário a você por ser mulher. E eu quero agora só ver se realmente os movimentos feministas, as revolucionárias vão se posicionar ao lado da Chiara como se posicionaram ao lado das outras deputadas. Não que seja errado se posicionar do lado dela, mas eu quero ver se o tratamento vai ser digno. A Chiara foi chamada de fascista e racista simplesmente por discordar de uma pauta ideológica. Até que ponto nós vamos chegar neste Parlamento? Até que ponto a nossa liberdade de expressão aqui vai ser resguardada? Ontem... E ainda saíram com falsas narrativas, dizendo que eu votei contra o projeto de combate à violência política contra a mulher. Ontem eu votei contra porque o projeto ainda não estava melhorado. Hoje eu votei a favor porque o projeto foi melhorado, sim. O que a gente tem que entender é que nós precisamos combater a violência contra a mulher, porém a liberdade de expressão do parlamentar deve ser preservada. E hoje nós vimos aqui que o que aconteceu com a Chiara foi simplesmente uma forma de tentar calar um parlamentar. Então vai ficar aqui agora o meu desafio para ver se esses movimentos revolucionários vão ficar do lado da Chiara como sempre ficaram do lado das outras. Além disso, eu quero declarar também o voto e agradecer a todos os demais parlamentares porque hoje nós aprovamos aqui um projeto muito importante, que é a Marcha para Jesus como patrimônio cultural e relevante para o Estado de Minas Gerais. É um movimento que tem crescido em todo o Brasil. Começou em 1993 e hoje tem se tornado de grande proporção no País inteiro, inclusive no nosso estado. Então, um movimento tão importante, que agrega a fé de pessoas, que mostra a nossa liberdade religiosa, eu acho mais que justo nós o tornarmos, por meio de um projeto de lei, patrimônio cultural e relevante para o Estado de Minas. E vai aqui também uma orientação para o governo, porque o governo agora precisa começar a tratar a base como base. Tratar a base como base, sabem por quê? Porque começam a levar pessoas da oposição, lá, que sobem aqui na tribuna, que são deputadas camaleões, que, quando quer favor do governo, está lá tirando foto com o vice-governador. Mas, quando chega ali, na tribuna, quer descer a ripa no governo, fala que o governo é isso, que o governo está envolvido em movimentos. Então, o governo agora precisa começar a respeitar a base e deixar de abrir portas para oposição, porque, chegam aqui na tribuna, falam mal do governo, descem o pau no governo, falam que o governo está envolvido em alguns movimentos e, depois, têm a cara de pau de ir lá e tirar foto com o governo. Então, a gente precisa mostrar a oposição... A base estava aqui, hoje, mas, infelizmente, por falta de quórum, por articulação da oposição, três projetos importantes do governo deixaram de ser votados. Então, que o governo, a base valorize esses deputados que aqui estão. E vamos continuar mostrando o nosso posicionamento, porque nós acreditamos naquilo que o governo faz. Chiara, toda a nossa solidariedade a você, estamos com você. Essa atitude jamais pode ser tolerada. Obrigado, presidente.