Pronunciamentos

DEPUTADO CAPOREZZO (PL)

Declaração de Voto

Lamenta que não tenha sido aprovada a emenda que estende aos servidores da segurança pública o reajuste contido no projeto de lei que trata do reajuste dos vencimentos dos servidores da educação básica. Informa sobre projeto de sua autoria que proíbe que conste em plano de metas a apreensão de armas legais.
Reunião 23ª reunião EXTRAORDINÁRIA
Legislatura 20ª legislatura, 1ª seção legislativa ORDINÁRIA
Publicação Diário do Legislativo em 08/07/2023
Página 35, Coluna 1
Indexação
Proposições citadas PL 822 de 2023
PL 1059 de 2023

23ª REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA DA 1ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 20ª LEGISLATURA, EM 6/7/2023

Palavras do deputado Caporezzo

O deputado Caporezzo – Obrigado, presidente. Boa tarde, colegas deputados. É lamentável que, por apenas 3 votos, a segurança pública tenha sido tão maltratada hoje aqui, nesta Casa, ao pedir tão pouco: 12%, que foram pagos para a educação e também deveriam ter sido pagos, através de emenda autorizativa, para a segurança pública no geral. Já falei aqui: sai caro determinado tipo de troca na hora de eleger deputados. “Ah, esse deputado aqui se lembra da nossa região, está enviando viatura.” Envia viatura para o município, mas chega aqui e vota contra a comida na mesa do servidor; envia reforma de quartel, mas chega lá em Brasília e vota contra a redução da maioridade penal para que criminosos, estupradores, assassinos, porque têm 17 anos, sejam postos em liberdade. Essa é uma troca que está saindo cara demais, e esta derrota de hoje é uma derrota do próprio governo, que prometeu reconhecimento para a segurança pública e não cumpriu. Agora, o que muito me revolta também é a postura de alguns comandantes da Polícia Militar, que trabalham sempre com plano de metas, batendo metas, pressionando os seus subordinados para baterem essas metas. E aí, na hora de cobrar uma postura de mínimo reconhecimento por parte do governo, esses mesmos comandantes acabam ficando completamente calados, omissos e retraídos. Isso não pode acontecer, isso é uma pouca vergonha. E, por falar em plano de metas, é também muito pertinente o projeto de lei que eu protocolei nesta semana, que é pioneiro no Brasil e que proíbe que conste em plano de metas a apreensão de armas legais. Está aqui: “Projeto de Lei nº 1.059/2023. Art. 1º – Fica terminantemente proibida a contagem de pontuação referente à apreensão de arma de fogo legalizada, ainda que utilizada para a prática de crime, para fins de produtividade em planos de metas, prêmios de incentivo à produtividade ou concessão de quaisquer benefícios para os servidores públicos, civis ou militares do Estado de Minas Gerais”. Ou seja, tem que acabar esse negócio de pressionar a tropa para apreender arma de fogo de CAC, para apreender arma de fogo de sitiante e dar um dia de folga ou recompensar no plano de metas. Isso tem que acabar para ontem. E, se essa lei for aprovada... Aqui está o art. 4º: “O descumprimento desta lei por parte dos servidores públicos, civis ou militares constitui transgressão administrativa de natureza grave, sem excluir uma possível responsabilização criminal”. Ou seja, o comandante que forçar os seus subordinados a apreender arma de CAC vai responder por transgressão disciplinar grave e ainda poderá responder criminalmente por abuso de autoridade. Esta aqui é a minha luta de agora, porque um povo armado jamais será escravizado. Obrigado, presidente. A direita vive em Minas Gerais!