19ª REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA DA 4ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 19ª LEGISLATURA, EM 22/6/2022

Palavras do deputado Delegado Heli Grilo

O deputado Delegado Heli Grilo – Srs. Deputados e Sr. Presidente, após ouvir a leitura da ata da reunião anterior, eu gostaria apenas de agradecer aos senhores deputados e deputadas que nos ajudaram a chegar até aqui. Aqueles que, por um motivo ou outro, não votaram a favor, terão a oportunidade hoje de nos ajudar. Sr. Presidente, Srs. Deputados, eu gostaria de fazer um pequeno relato sobre a história da PEC nº 53. Quando cheguei à Assembleia, eu tinha vivido tempos difíceis no interior e vi a importância, Antonio Carlos Arantes, da Polícia Penal, muitas vezes sendo alvo principal do crime organizado no nosso Estado de Minas Gerais. Eu gostaria de, em nome daqueles que tombaram na batalha... Nomes como Marcelo Fernandes, da Grande BH; Vívian Cristina, lá da minha querida Uberaba; Renato Damasceno, de Belo Horizonte; Ozenir Marques, de Uberaba; Natan Gomes, de Contagem; Élber Vasconcelos, de Contagem; Vinícius Marinho da Silva Rego, de Ribeirão das Neves; Edson Ferreira, de Uberlândia, o nosso companheiro Edson; Bruno Henrique, de Contagem; Lucas Luciano, de Uberlândia; Osni Oliveira, de Janaúba; Márcio Erli, de Uberaba; Valney Salvo, de Belo Horizonte; Wesley Fabrício, de Montes Claros; e Bruno Washington Tameirão, de Belo Horizonte. E aqui eu gostaria de narrar uma pequena história, Srs. Deputados e Sras. Deputadas, companheiros da Polícia Penal que se encontram nas galerias. Obrigado por terem atendido nosso chamado. Eu aproveito a oportunidade para agradecer aos senhores líderes, à direção da Casa, na pessoa do senhor presidente Agostinho Patrus, que não mediu esforços em nos ajudar, em ajudar a Polícia Penal a se constituir numa das mais fortes instituições de combate ao crime no Estado de Minas. Eu gostaria de dizer aqui, Sr. Presidente, que há uns tempos, eu recebi um telefonema de um X9, e todos aqui sabem o que é isso, dizendo que eu iria morrer. Eu estava definido para morrer pelo crime organizado em Uberaba. Eu disse: “Mas como você ouviu essa história?”. “Eu ouvi dizendo que vão matar o Heli.” Eu me precavi, me preparei para a defesa, mas eu não sabia que na Polícia Penal havia um Márcio Erli. Era dele que estavam falando. Infelizmente o Márcio não se defendeu no momento em que deveria se defender. É por esse motivo que eu estarei sempre brigando pela Polícia Penal, para que ela não tenha que se alimentar da mesma comida do preso, para que ela tenha oportunidade de vencer. (– Manifestação nas galerias.) Para que ela tenha, ao trafegar, ao transitar do sistema prisional para a sua casa, a sua arma para se defender. Sabemos que, mesmo com a arma, muitos irão perder a vida ainda, porque hoje a Polícia Penal é o principal alvo do crime organizado. Com esses números que nós demos aqui e muitos de que eu me esqueci, e eu peço até perdão e desculpas por não tê-los mencionado, a Polícia Penal merece o nosso respeito. Eu estarei aqui brigando para que ela tenha, além da questão do alimento sadio, do alimento próprio para quem está trabalhando e não para quem está recolhido, também a sua cautela fixa, uma arma de grande calibre, potente, para que possa se defender quando for necessário. Eu agradeço a vinda de vocês. Muito obrigado. Vamos vencer essa batalha. Perdemos alguns combates, mas isso é normal. Vamos juntos, vamos trabalhar e vamos ganhar essa guerra aqui hoje. Agradeço aos senhores deputados. Devolvo-lhe a palavra, Sr. Presidente.