Pronunciamentos

DEPUTADA DELEGADA SHEILA (PSL)

Discurso

Declara posição favorável ao projeto de lei que altera a lei que dispõe sobre o Fundo Estadual de Habitação – FEH.
Reunião 29ª reunião EXTRAORDINÁRIA
Legislatura 19ª legislatura, 3ª sessão legislativa ORDINÁRIA
Publicação Diário do Legislativo em 19/11/2021
Página 16, Coluna 1
Assunto AUXÍLIO FINANCEIRO. HABITAÇÃO. MULHER.
Proposições citadas PL 1544 de 2020

Normas citadas LEI nº 11830, de 1995
LEI nº 19091, de 2010

29ª REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA DA 3ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 19ª LEGISLATURA, EM 17/11/2021

Palavras do deputado Delegada Sheila

A deputada Delegada Sheila – Bom dia, presidente e todos os colegas deputados. Sou uma mulher deputada estadual, com viés de direita, defendo as pautas da direita e não posso aceitar a afirmação de que a pauta feminina, a pauta da mulher brasileira é uma pauta da esquerda, porque é uma pauta de todos nós, brasileiros, homens e mulheres. Também não posso concordar com as falas dos deputados que me antecederam, dizendo que não existe a necessidade dessas pautas femininas, porque esta Casa é um exemplo da desigualdade entre homens e mulheres: de 77 deputados, somos apenas 9 deputadas aqui.

Se vivêssemos em um País que não ocupasse a vergonhosa 5ª posição no ranking mundial de países que mais maltratam as suas mulheres... Estamos competindo aí, gente, com o Talibã, com o Afeganistão e com outros países aí que maltratam as suas mulheres. Estamos no 5º lugar, e isso é muito sério, isso é muito grave. Se não tivéssemos um abismo econômico entre homens e mulheres no nosso país, eu poderia até concordar com isso, mas infelizmente precisamos trabalhar essas questões, sim. Eu não prego essa questão de que a mulher é melhor que o homem, essa rixa e rivalidade entre homens e mulheres. Não, isso não. Eu não prego que mulheres e homens são iguais, porque não somos iguais; temos as nossas características, os homens têm as características deles, mas precisamos lutar sim pela igualdade de direitos entre homens e mulheres, pelo direito à integridade física, que não existe; e os índices de violência contra a mulher e os índices de feminicídio no nosso país são altíssimos, assim como os índices da violência psicológica que recentemente se tornou crime no nosso país. Um País que precisa criminalizar a violência psicológica é uma vergonha!

Então precisamos sim de políticas públicas para acolher as mulheres necessitadas, hoje e agora, porque hoje, neste momento, há aí milhares de mulheres sem emprego e que não deixam os lares violentos porque não têm para onde ir e porque as tais políticas públicas da Lei Maria da Penha infelizmente não são implementadas no nosso país. Não temos abrigo, não temos nada, nada de suficiente para oferecermos para as mulheres que desejam deixar um lar violento, que não têm para onde ir, que não têm dinheiro e que, muitas vezes, passaram ali 10, 20, 30 anos sendo impedidas de crescerem, de se aperfeiçoarem profissionalmente.

Hoje protagonizo, pelo meu partido, que é um partido de direita, através do PSL Mulher, um programa, um projeto de inclusão das mulheres na política, de encorajamento para essas mulheres e de capacitação para as mulheres. Contudo, até que a gente possa atingir ali o ideal, nós precisamos sim dessas políticas públicas, e por isso voto “sim” ao projeto, independente de ideologia partidária. Obrigada.