283ª REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA DA 4ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 14ª LEGISLATURA, EM 10/12/2002 Palavras do Deputado Rêmolo Aloise O Deputado Rêmolo Aloise - Sr. Presidente, Srs. Deputados, estamos seguindo detalhadamente as reuniões que ocorreram semana passada e nesta semana. Temos, neste momento, três matérias em que precisamos concentrar nossos esforços neste fim de ano: o orçamento, que ainda não chegou a este Plenário, estamos trabalhando essa peça; a lei delegada e também o plano de carreira. Não podemos deixar as coisas separadas. Não podemos votar e aprovar o plano de carreira e, em contrapartida, não materializar o que aprovamos nesta Casa. Estou aqui há 12 anos e sei que, muitas vezes, vota-se matéria importante, mas, quando se chega ao final, não há condições de cumprir a lei votada nesta Casa. Fundamento a importância de andarem juntos o orçamento - peça fundamental desta Casa -, a lei delegada - peça fundamental para o futuro Governo - e o plano de carreira, que estamos discutindo. Não adianta montar comissão. Quando queremos prorrogar as coisas, discutimos em comissões. Por que razão vem a esta Casa, Deputado Rogério Correia, essa comissão, para discutir uma questão que é matéria vencida? Não vejo necessidade de os Secretários da Educação e do Planejamento e a equipe de transição aqui virem, se não temos condições de materializar, Deputado Edson Rezende, aquilo que precisamos votar: o plano de carreira. Há uma série de questões nesse plano de carreira que só conseguiremos materializar após uma discussão bem ampla. É o início do caminho, da jornada, o que estamos discutindo. Na realidade, tudo isso depende de questões fundamentais para que se torne realidade e que os professores saibam o caminho final a que chegaram. Proponho a esta Casa assentarmo-nos para que possamos, em conjunto, caminhar na mesma direção. Caso contrário, vejo, com muita tranqüilidade, que discutiremos, discutiremos e não chegaremos onde devemos. Agora é hora de resolvermos os impasses. Entendo o trabalho do Deputado Rogério Correia e dos que defendem ardorosamente o plano de carreira. Acho justa essa discussão, porque foram dois anos de muito trabalho. Não se pode jogar na lata de lixo aquilo em que se trabalhou por dois anos. É o momento de darmos um ponto final nesta legislatura de maneira consciente, tranqüila, fundamentada, mas não nos esquecendo de que não adianta votar para depois não materializar. Essa é a nossa contribuição para caminharmos de maneira que todos sejam contemplados, principalmente naquilo que é dever da Assembléia: colocar as matérias em pauta e votá-las dentro do princípio do respeito e da democracia. Muito obrigado.