Averiguar e fiscalizar as condições de trabalho dos servidores do Centro Interescolar de Cultura Arte Linguagens e Tecnologias (Cicalt), bem como a prestação de serviço aos estudantes. Esse é o objetivo da visita que a Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realiza nesta segunda-feira (2/5/22), às 9h30.

A presidenta da comissão, deputada Beatriz Cerqueira (PT), autora do requerimento, pretende verificar a situação do local, para o qual foram transferidos os alunos e professores da antiga Escola Estadual Amélia de Castro Monteiro. O Cicalt fica na Rua Santo Agostinho, 1441, Bairro Horto, em Belo Horizonte.

Consulte a pauta da visita.

Segundo informações do gabinete da parlamentar, a escola estadual funcionava no Bairro Sagrada Família, onde tinha prédio próprio. O espaço foi cedido pelo Governo do Estado e destinado à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social, para o compartilhamento com federações esportivas.

Audiência

Ainda no fim de 2020, a Comissão de Educação fez uma audiência pública com a comunidade da escola, quando alunos, pais e equipe da escola repudiaram a proposta de transferência para o Cicalt. Como consequência dessa reunião, a deputada acionou o Ministério Público Estadual, ajuizando uma ação popular contra a medida proposta pela Secretaria de Estado de Educação.

Beatriz Cerqueira destacou, à época, que a estrutura da Escola Estadual Amélia de Castro Monteiro era excelente e tinha sido reformada há pouco tempo, atendendo perfeitamente às necessidades. A unidade já contava com acessibilidade para pessoas com deficiência, salas com blecaute, quadras próximas das salas de aula e materiais novos adquiridos na última reforma.

Ainda assim e apesar de toda a mobilização, a escola foi totalmente transferida em 2021 para o Cicalt. Esse novo espaço, que é uma escola de arte vinculada ao PlugMinas, projeto de formação e experimentação digital do Governo do Estado, precisaria passar por uma reestruturação, conforme relatou Beatriz Cerqueira.

Sem energia elétrica

Após um ano de funcionamento, o Cicalt ainda não tem estrutura para a prática de esportes e conta com salas de aula precárias. Além disso, de acordo com a comunidade escolar, o lugar é ermo, o que facilitou a entrada de ladrões que roubaram toda a fiação. A unidade está sem luz elétrica, empecilho para a continuidade das aulas. Com a geladeira parada, estragaram-se vários alimentos que atendiam aos alunos.