Representantes do governo defenderam a venda da companhia - Arquivo ALMG

Comissão visita Codemig para tratar de eventual privatização

Venda da companhia do governo foi tema de audiência na semana passada. Deputados irão à sede, em BH.

24/08/2021 - 11:19

A Comissão Extraordinária das Privatizações da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realizará na próxima quarta-feira (25/8/21), a partir das 10 horas, visita à sede da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), que fica no bairro Santa Efigênia, em Belo Horizonte. 

A atividade, cuja finalidade é obter informações sobre a atuação da Codemig e o seu processo de privatização, foi solicitada pelos deputados Coronel Sandro (PSL) e Guilherme da Cunha (Novo). A visita acontece após audiência pública realizada na ALMG na última quinta-feira (19), que contou com a presença do diretor-presidente da companhia, Thiago Coelho Toscano, e outros representantes do governo de Minas.

Consulte a pauta da visita.

Atualmente está em tramitação na ALMG o Projeto de Lei (PL) 1.203/19, de autoria do governador, que autoriza a privatização e outras formas de desestatização da Codemig.  

De acordo com o deputado Guilherme da Cunha, vender a Codemig seria uma saída para o caixa do governo, que poderia usar os ativos para, entre outras coisas, pagar sua dívida pública com a União, atualmente suspensa graças a liminar do Superior Tribunal Federal (STF). 

“O programa de privatizações do governo não está evoluindo da forma que a sociedade deseja. Atualmente a Codemig é apenas um escritório para recebimento de royalties de nióbio que sequer define qualquer coisa com relação à destinação dele, assistindo passivamente e recebendo sua parcela de lucro ao final”.

Durante a audiência, o diretor-presidente reforçou que a Codemge dá cerca de R$ 200 milhões de prejuízo ao ano e que ela ficou com as pessoas e os ativos no processo de cisão, sendo a Codemig apenas “uma casca”. “Separar os dois foi interessante para poder fazer a venda, pois antes ninguém queria comprar. Infelizmente o processo não foi pra frente”, disse.