ALMG promove livro que destaca personalidades políticas
“A política em Minas”, de Paulo Medina, retrata quase 200 anos de história, dos Inconfidentes aos episódios de 1964.
05/12/2018 - 20:50O Parlamento mineiro lançou, na noite desta quarta-feira (5/12/18), mais um livro do Programa Editorial de Obras de Valor Histórico e Cultural de Interesse de Minas Gerais e do Brasil: “A política em Minas”, de Paulo Roberto de Gouvêa Medina. A iniciativa busca construir um acervo de relevante interesse social e acessível aos cidadãos.
O presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), deputado Adalclever Lopes (MDB), e o 1º vice-presidente, deputado Lafayette de Andrada (PRB), receberam das mãos do autor, durante a solenidade, exemplares autografados. Paulo Medina ressaltou a importância do programa para a preservação da memória política regional e nacional.
A obra resgata eventos que se iniciam na Inconfidência Mineira, passando pelo regime imperial, movimento republicano do século XIX e pela queda do Estado Novo até chegar ao fim da Terceira República, entre tantos acontecimentos que afetaram a vida do Brasil.
O autor destacou que, ao longo da elaboração da edição, se pautou na relação dos mineiros com a política, retratando as principais personalidades que participaram de modo decisivo nos rumos políticos do País em diferentes momentos da história. Entre eles estão Bonifácio de Andrada, Juscelino Kubitschek e Tancredo Neves.
Paulo Medina conta que o interesse pelo tema surgiu quando ainda era criança e ouvia as conversas entre o pai e os amigos dele. Os protagonistas e os acontecimentos narrados pelos adultos o fizeram perceber, então, desde muito cedo, que Minas era também responsável pelas grandes transformações no cenário político brasileiro.
O autor, mais tarde, como estudante de Direito, em encontros com grandes intelectuais como Câmara Cascudo (historiador, antropólogo e jornalista, nascido no Rio Grande do Norte), notou na fala daqueles, que não pertenciam ao território mineiro, o reconhecimento dos políticos de Minas para o desenvolvimento do Brasil.
Ele explica que o livro apresenta sua interpretação sobre os fatos históricos. Ele adverte, assim, que o leitor não encontrará na obra um trabalho de historiografia, mas uma “crônica da política mineira”.
“Por isso, sinto-me dispensado da imparcialidade, minha visão está lá. Mas não me deixo levar por tendências meramente subjetivas e analiso os fatos levando em conta o contexto da época”, esclarece Paulo Medina. Por fim, ele declara que, em um ponto, todos os historiadores concordariam: “Minas foi e é um celeiro de atores políticos”.
Coordenador do programa ressalta singularidade da obra
O deputado Lafayette de Andrada, coordenador do Programa Editorial de Obras de Valor Histórico e Cultural de Interesse de Minas Gerais e do Brasil, enfatizou a singularidade do livro “A política em Minas” em relação ao acervo já construído pela iniciativa, desde sua criação com a Deliberação 2.607/15. “O livro fala da vocação política dos mineiros e demonstra a presença de Minas nos principais eventos políticos da história do País. É uma significativa referência sobre estadistas mineiros”, explica.
O parlamentar disse que, diferentemente dos outros três projetos, a obra foi escolhida por meio de edital. Paulo Medina foi vencedor de concurso realizado em 2016 pelo programa. As demais obras, dentre elas “Autos de Devassa da Inconfidência Mineira” (processo de julgamento dos Inconfidentes), se constituem como reedições de obras de valor histórico que estavam esgotadas.
Os deputados Rogério Correia, André Quintão e a deputada Geisa Teixeira (todos do PT), e o deputado Agostinho Patrus Filho (PV) também participaram do evento.
Política de Audiovisual – O secretário de Cultura, Angelo Osvaldo, reconheceu não só a contribuição do autor para o conhecimento da história política de Minas como do próprio programa da Assembleia Legislativa.
Ele ainda agradeceu à ALMG pela aprovação de projetos que fomentam a política cultural no Estado, sobretudo o PL 5.103/18, que institui a política estadual do audiovisual, aprovado nesta quarta-feira.