Pronunciamentos

RONI NEGREIROS, Major da Polícia Militar de Minas Gerais - PMMG -, capelão e pastor, coordenador-geral do programa Universal nas Forças Policiais – UFP

Discurso

Agradece a homenagem pelo transcurso do quinto aniversário de fundação do programa Universal nas Forças Policiais - UFP.
Reunião 5ª reunião ESPECIAL
Legislatura 20ª legislatura, 1ª sessão legislativa ORDINÁRIA
Publicação Diário do Legislativo em 16/05/2023
Página 5, Coluna 1
Assunto HOMENAGEM. RELIGIÃO. SEGURANÇA PÚBLICA.
Proposições citadas RQN 1161 de 2023
RQC 1213 de 2023

5ª REUNIÃO ESPECIAL DA 1ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 20ª LEGISLATURA, EM 11/5/2023

Palavras do Maj. Roni Negreiros

O Maj. Roni Negreiros - Boa noite a todos. Em primeiro lugar, quero agradecer a Deus esta ímpar oportunidade.

Quero cumprimentar o 1º-secretário desta Casa, deputado Antônio Carlos, representando aqui o presidente, Tadeu Martins Leite. Muito obrigado. As minhas considerações a esta Casa serão inesquecíveis. É uma honra estar aqui e receber esta homenagem. Muitíssimo obrigado ao presidente e a todos os integrantes desta Casa. Muito obrigado.

Quero também cumprimentar o Exmo. Sr. líder, deputado Carlos Henrique, nosso amigo e solicitante desta homenagem.

Quero também cumprimentar o secretário de Estado de Segurança Pública, Rogério Greco. O deputado Charles mandou um abraço para o senhor. Falamos do senhor agora, nesta tarde, juntos. Ele tem um carinho imenso pelo senhor. Muito obrigado, secretário, representando aqui a segurança deste estado. Muitíssimo obrigado pela presença do senhor.

Exmo. Sr. Cel. Fausto, representando aqui a Polícia Militar e o comandante-geral, muito obrigado pela presença do senhor. Cumprimento a chefe do Departamento Estadual de Investigação. O nome da senhora é muito difícil. Vou citar Dra. delegada Carolina Batista da Silva, representando aqui a Polícia Civil juntamente com seus colegas. Muito obrigado.

Quero cumprimentar também os Poderes Executivo e Legislativo e demais que estão aqui representados. O Ministério Público também foi citado.

Senhores, senhoras, bispos, pastores, religiosos e esses que usam essa camisa preta, que são os integrantes do programa UFP, que doam a sua vida em prol das forças de segurança do nosso país, muito obrigado pela presença de vocês e muito obrigado por ombrear essa luta, essa batalha e essa servidão ao próximo. Muitíssimo obrigado.

Certa vez perguntaram para Deus – e isso não tem religião: “Qual é a maior lei, qual é o maior mandamento?”. Deus foi enfático em responder: “O amor é o maior mandamento. Ame primeiro a Deus, o Criador de todas as coisas. Não o amor egoísta, não o amor religioso, mas um amor que serve, que entrega”. Aí, fizeram uma segunda pergunta: “Qual é o segundo maior mandamento então? Qual é a maior lei, a maior regra de convívio, o maior protocolo de justiça?”. Ele acrescentou, dizendo: “Ame o seu próximo, ame o seu semelhante, ame as pessoas do mesmo modo que ama a Deus, ou seja, na mesma medida de amar a Deus, ame também as pessoas”.

Foi com fundamento nesses dois versículos que a Igreja Universal, há cinco anos, instituiu o programa UFP, programa de assistência espiritual, assistência social e valorização dos integrantes, dos profissionais da área de segurança do nosso país. De forma tímida comecei, juntamente com a minha esposa, Eliane Negreiros, que está aqui na primeira cadeira. Eu já era oficial-capelão há 15 anos, servindo sozinho. Aí, com a criação do programa, ganhei a primeira parceira, o primeiro voluntário, a primeira pessoa que começou a me ajudar de forma institucional, a minha esposa. E convocamos o corpo da igreja para fazer parte, capitaneado pelo bispo Edir Macedo, o líder da igreja em 142 países, e o bispo Renato Cardoso, o líder da igreja no Brasil. Ele disse: “Pastor Roni, faça o que for preciso para ajudar as forças de segurança”. Fiz alguns pedidos. A lista foi grande. A primeira coisa que pedi foram pessoas. Eu disse: “Quero recursos humanos, quero bispos, pastores, obreiros, voluntários, pessoas para servidão na obra de Deus junto às forças de segurança”. Rodei alguns estados do Brasil. A Minas é a segunda vez que venho nestes últimos cinco anos. Sempre a primeira porta em que entro é a da igreja, pedindo a licença ao bispo do Estado, bispo Sidnei, que lidera quase 700 igrejas Universal neste estado, e eu dizendo: “Preciso de pastores, de líderes para prestar assistência às forças de segurança no Estado de Minas Gerais”. Hoje de manhã já fiz isso, com a presença de mais de mil pastores e esposas de pastores, pedindo recursos humanos. Chegamos ao número de quase 20 mil pessoas hoje. Em cinco anos tenho quase 20 mil pessoas nos ajudando no corpo da igreja no Brasil e em alguns outros países do mundo, como África do Sul e Portugal. Estamos lá nas forças de segurança. Essas pessoas foram treinadas, capacitadas para não levar a placa da igreja e nem religião para dentro dos órgãos de segurança, mas levar vida, esperança e assistência. Um versículo da Bíblia é lido e oramos para que o nosso Deus, o Criador, guarde a jornada dos nossos profissionais. É óbvio que nessa jornada de cinco anos tive momento de tristeza, de dissabores. Enterrei muitos policiais. Enterrei muitos militares, e alguns com muita tristeza, em que o velório não tinha sequer a família, porque eles se suicidaram. E, de uma forma horrível, me recordo muito bem de um no Paraná, que não faz muito tempo, noticiado em toda a mídia nacional e internacional. Ele matou oito integrantes da família e se matou em seguida. Lamentavelmente, no enterro dele, só havia um pastor, representando o programa UFP, e o representante do cemitério, porque a família, ele dilapidou todo mundo, e os colegas não foram ao velório dele.

Senhores e senhoras, essa causa é nobre. Todos os dias, com a minha equipe de quase 20 mil pessoas hoje, abraçamos policiais chorando e dizendo: se não fosse o assistencialismo do programa UFP, eu já estaria na estatística. É uma causa para a qual convoco os parlamentares do Estado de Minas Gerais; convoco, meu querido secretário, o governo do Estado de Minas Gerais; convoco, inclusive, os integrantes das forças de segurança, não somente com a Igreja Universal, mas as demais igrejas, para que venhamos dar as mãos e salvar essas vidas que usam fardas, que têm distintivo, que são autoridades constituídas por Deus, que doam as suas vidas. É a única profissão do mundo que faz um juramento de defender a Nação com o sacrifício da própria vida. Também fiz esse juramento de defendê-los, de assisti-los, com o sacrifício da minha própria vida. A minha casa hoje é um carro, é um veículo, com que ando por esse Brasil afora, juntamente com a minha esposa, recrutando pessoas e falando.

Hoje estive no gabinete dos meus colegas pastores que representam esta Casa, que representam o povo de Minas Gerais, e falando o tempo todo. Visitei hoje alguns coronéis da Polícia Militar e a minha boca incansável de falar da importância desse programa que salva vidas, salva casamento de policiais, salva filho de autoridades policiais e militares das forças armadas, porque muitos filhos de policiais estão hoje no crime. E os pais choram.

Precisamos levar vida. O assistencialismo social… Eu fiz um pedido à direção da igreja: “Eu preciso dos 9 mil templos da Igreja Universal no Brasil para que essas tropas, para que essas pessoas reúnam o seu público com auditório confortável, com microfone, com telão e façam as suas palestras técnicas”. E, hoje, todos os tempos da Igreja Universal, inclusive onde eu estou pastoreando, que é o Templo de Salomão, em São Paulo, que tem 10 mil lugares, estão cedidos para todas as forças de segurança do País fazerem os seus eventos, fazerem as suas formaturas, promoverem as suas valorizações aos seus profissionais, com as doações de medalhas de forma gratuita, usando o nosso estacionamento seguro para as suas viaturas, usando os nossos telões e microfones, tendo o conforto de uma poltrona. Muitos comandantes de batalhão, por este Brasil afora, faziam formaturas em pé, no meio do sol e da chuva, em praças públicas, porque o seu quartel era muito pequeno, a sua unidade de segurança era muito pequena e não tinham onde reuni-los. Polícia Civil, minha querida delegada que está aqui à frente, um dia ia fazer uma formatura de profissionais, de investigador e de agente, e queria um auditório de mais de mil de lugares para convidar as famílias e não tinha; e, hoje, nós temos auditórios de 100 a 10 mil lugares para que os senhores e as senhoras possam fazer os seus eventos de forma gratuita.

A assistência social também se deu. Em cada evento que fazemos por este Brasil afora, a gente faz um pequeno café, pois muitos profissionais que estão naquela reunião trabalharão à noite; não dormiram, não tomaram café e não passaram em casa para ver a sua família. E o mínimo que fazemos é recebê-los com um sorriso no rosto, uma xícara de café e um copo de água na mão e dizer: “A igreja é parceira da sua polícia, a igreja é parceira da sua corporação; criou um programa de assistência, e estamos aqui de mãos dadas para orar pela sua família e pela sua profissão”. Nós doamos quase 100 mil bíblias de estudo. Uma bíblia que tem um custo gráfico de R$300,00 cada uma, porque é uma bíblia de estudo. Nós doamos quase 100 mil bíblias para profissionais de segurança nestes últimos cinco anos. E não as entregamos em mão; nós as colocamos num estande em seus eventos e dizemos que estão doadas pelos integrantes do programa UFP, que estão aqui com essa camisa preta, para não ferir a liberdade religiosa dos profissionais. E eles pegam, de forma espontânea, literaturas excepcionais da igreja em que se fala de fé, de saúde emocional, de domínio próprio, de equilíbrio. Mais de 200 mil literaturas foram doadas, nestes últimos cinco anos, para os profissionais de segurança.

E, por último, a valorização, a valorização. Muitos chegam a esses eventos e só querem um abraço. Muitos só querem 5 minutos de um ouvido para ouvi-los; e, depois que nós os ouvimos, eles falam assim: “Muito obrigado, porque, hoje, eu ia me matar se não tivesse uma pessoa para me ouvir”. Esse foi o meu dia a dia durante 20 anos. As Polícias Judiciárias do nosso Brasil – Polícia Federal, Polícia Civil, Polícia Rodoviária Federal; as polícias municipais, que estão aqui representadas; a Guarda Municipal não comemoram o Dia do Soldado, somente as Forças Armadas, as Polícias Militares e Corpos de Bombeiros. Mas nós o instituímos, na Igreja Universal, como calendário, um domingo antes ou um domingo depois, onde alguns milhões de membros da igreja, em tempo real e com capilaridade nacional, recebemos, no principal culto da igreja pela manhã, as forças de segurança e as colocamos em cima do altar. E o nosso corpo de membros, que são milhões de pessoas, aplaudem essas pessoas, e o pastor diz: “Vocês são os nossos heróis!”.

Doutora e querido secretário de Segurança, nós conseguimos, no último agosto, trazer 80 mil profissionais de segurança aos nossos templos, recepcionados por alguns milhões de membros da igreja em 9 mil templos por este Brasil afora, recebidos como heróis e diplomados com o diploma de Condecoração de Heróis de Profissionais da Segurança Pública. Foram 80 mil pessoas este ano; e este ano, só em Minas Gerais, eu conto com a colaboração do senhor para enviarmos aos nossos templos pelo menos 20 mil profissionais – só neste estado – para serem prestigiados e aplaudidos pelo nosso corpo de membros.

Essa é uma das nossas ações. Aceito todas as opiniões e solicitações dos comandantes, diretores, gestores das forças de segurança para nos darem ideias e falarem das suas necessidades. A Igreja Universal está à disposição dos senhores e das senhoras através do UFP. A Rede Record de Televisão, em todo o Brasil, tem levado os comandantes-gerais, os delegados-gerais e os diretores para tomar um cafezinho com o presidente e, da melhor forma possível, o jornalismo da Record divulgar a matéria; somente divulgar, sem vender fake news. Isso é importante demais, secretário. Hoje mesmo eu falei com o diretor da Record no Estado de Minas Gerais – e o presidente desta Casa, inclusive, está lá com ele, agora, na Record –, de maneira que ele venha a divulgar a matéria policial daquele homem que está lá na rua defendendo a sociedade sem dizer que ele é um monstro. E, no dia em que ele errar, há corregedorias e Justiça para julgá-lo. Não precisamos maculá-los através de uma mídia. Tenho feito isso por este Brasil afora.

Acabei de levar o comandante-geral da polícia de São Paulo até o presidente-geral da Record. Nós tomamos um café, e o diretor-geral de jornalismo se colocou à disposição e assim tem feito para defender as nossas instituições. Umas das maiores emissoras do País de mãos dadas, ombreadas com o programa UFP. Falei com os nossos parlamentares – não só hoje – e mais com o bispo Marcos Pereira, que é o representante maior dos nossos parlamentares por todo o Brasil afora: “O Parlamento defende a sociedade, mas, se precisar defender a sociedade chamada ‘segurança’, defenda-a, porque defender a sociedade no Parlamento é defender a sociedade, que é um papel do Parlamento”.

Senhores e senhoras, sinto-me prestigiado e honrado por Deus e pelos homens na terra. Mas me sinto mineiro nesta Casa. E, a partir de hoje, eu saio desta Casa e, no sábado, eu saio deste estado enrolado, vestido numa bandeira deste estado, porque, por ela, já estou vestido todos os dias, defendendo as instituições de segurança deste estado. Estou à disposição com o corpo de bispos e pastores da igreja e os membros que estão aqui representados e que são voluntários. Que Deus abençoe a todos e que o céu se abra nesta noite!

E, por último, eu deixo uma palavra de reflexão, que é uma prática do pastor Roni Negreiros: Quando perguntaram a Deus o que deve ocupar a cabeça humana, o que deve ocupar os pensamentos humanos, Ele disse: “Ocupe a sua cabeça com os seguintes adjetivos: primeiro, com a verdade”. Não a verdade humana, mas a verdade absoluta, que é a Palavra de Deus, onde Ele disse: “A minha voz, a minha palavra; eu, o Deus Criador, sou a verdade!”. Leiam a Bíblia e ocupem as suas cabeças com a verdade! Se ler a Bíblia e dirigir os seus passos da vida por essa verdade, os problemas sociais serão diminuídos, os conflitos sociais serão diminuídos. E, na mesma sequência, Ele disse: “Ocupe a sua racionalidade com a ética”. A sociedade fala muito em ética. Ética nada mais é do que o respeito ao próximo. E é com o que inicio a fala, dizendo: “Ame as pessoas. Não o amor egoísta, que, quando recebe um não, é capaz de matar. Mas o amor que cuida”. E Ele acrescentou dizendo mais dois adjetivos: “Ocupe a sua cabeça com o conceito e a prática de justiça”. E o que é justiça para Deus é fazer com os outros aquilo que quer receber. Se eu quero receber o afeto e o amor da minha esposa, eu vou amá-la e respeitá-la, tendo só ela como única amada da minha vida; e receberei dela o mesmo afeto e o mesmo amor. Isso é justiça para Deus. E, por último, Ele acrescentou dizendo: “Ocupe a cabeça humana com amor”. Amor esse com que Ele foi capaz de doar Seu próprio Filho, salvando a Nação e o mundo. Que Deus abençoe a todos! Esse versículo desses quatro adjetivos, para ocupar a cabeça humana, está no livro de Filipenses 4:8.

Senhores e senhoras, meu respeito, minhas continências da minha instituição religiosa! Que Deus abençoe a todos! Para o nosso Deus! Presidente, muitíssimo obrigado.