DEPUTADO PROFESSOR CLEITON (PV)
Questão de Ordem
Legislatura 20ª legislatura, 2ª sessão legislativa ORDINÁRIA
Publicação Diário do Legislativo em 19/07/2024
Página 59, Coluna 1
Indexação
34ª REUNIÃO ORDINÁRIA DA 2ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 20ª LEGISLATURA, EM 17/7/2024
Palavras do deputado Professor Cleiton
O deputado Professor Cleiton – Presidente, boa tarde! Boa tarde, deputados e deputadas! E um boa-tarde muito especial a todos os servidores e servidoras representados aqui pelos diversos sindicatos: da segurança pública, da educação, da Uemg, da saúde, dos servidores do Ipsemg, dos servidores da Justiça, do Ministério Público. Quero cumprimentar todos os sindicatos na pessoa do Hugo René, do Sinfazfisco, que, de certa forma, tem liderado essa frente sindical, sobretudo no que diz respeito aos debates técnicos nesta Casa. Presidente, a homenagem é aos servidores, mas a minha homenagem é também a V. Exa. No berço da democracia, que é Atenas, havia ali duas palavras para definir os verdadeiros cidadãos. Uma palavra definia o cidadão, aquele que se preocupava com o coletivo, com o todo, aquele que se preocupava com o bem comum, aquele que não olhava só para os seus próprios interesses. A palavra em grego para definir esse cidadão era politikos. Politikos! Por outro lado, havia uma outra palavra, que era a palavra para definir aquele que só pensa no seu próprio umbigo, aquele cidadão que só pensa nos seus próprios interesses, aquele que legislava pela causa dos seus amigos. A palavra em grego para definir esse cidadão era idiótes. Foi de onde surgiu, em português, o termo “idiota”. A diferença, em Minas Gerais, é que nós temos um presidente politikos e um governador idiótes. Inclusive, presidente, temos aqui de recordar uma frase que define bem o que aconteceu aqui, nesta tarde, que é uma frase de um dos grandes estatistas do século XX. Apesar, deputado Leleco, de algumas discordâncias, porque se trata de um grande líder inglês e até um ícone do conservadorismo, que foi Winston Churchill, mas Churchill tem uma definição também muito boa para a liderança do nosso presidente Tadeu. A diferença entre um estadista e um demagogo, conforme diz Winston Churchill: “O demagogo é aquele que só pensa nas próximas eleições; o estadista é aquele que pensa nas próximas gerações”. Quando V. Exa. tem aqui a postura de, mais uma vez, aguardar que a Justiça se manifeste para darmos um prazo maior de deliberação, de discussão, uma alternativa que é muito melhor que o Regime de Recuperação Fiscal, o senhor toma a decisão de pensar nas próximas gerações de mineiros que dependem do serviço público, que dependem do servidor público e que dependem também de uma resolução final dessa dívida provocada por decisões equivocadas no passado. Nós estamos pagando por ela, mas não é penalizando o servidor público, não é esgarçando a possibilidade de investimentos em infraestrutura, de celebração de convênios com as nossas prefeituras, não é acabando definitivamente com as políticas públicas que nós iremos resolver esse problema. V. Exa. toma a postura de estadista, de aguardar o último prazo para que tenhamos o Propag com uma solução definitiva, inclusive fazendo com que as federalizações e, consequentemente, o abatimento das nossas dívidas garantam ainda que as nossas estatais continuarão nas mãos do Estado, fazendo com que aquilo que é, no mundo todo, uma praxe, ou seja, estatais que prestam serviços ligados à autodeterminação, a serviços estratégicos, continuem na mão do Estado para que o Estado possa continuar fazendo o seu papel fundante, que é o de justiça social. Vida longa ao nosso presidente que toma uma decisão corajosa hoje, porque, se Minas não tem governador, tem pelo menos um presidente de um Poder, que é a Assembleia Legislativa de Minas, Tadeu Martins Leite. A você, nossa reverência nesta Casa! Obrigado.