DEPUTADO DUARTE BECHIR (PMN)
Questão de Ordem
Presta esclarecimentos ao Deputado Adelmo Carneiro Leão sobre sua posição
em relação aos resultados das pesquisas de intenção de voto realizadas no
1º e 2º turnos das eleições 2010.
Reunião
78ª reunião ORDINÁRIA
Legislatura 16ª legislatura, 4ª sessão legislativa ORDINÁRIA
Publicação Diário do Legislativo em 29/10/2010
Página 69, Coluna 1
Assunto ELEIÇÕES.
Legislatura 16ª legislatura, 4ª sessão legislativa ORDINÁRIA
Publicação Diário do Legislativo em 29/10/2010
Página 69, Coluna 1
Assunto ELEIÇÕES.
78ª REUNIÃO ORDINÁRIA DA 4ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 16ª
LEGISLATURA, EM 27/10/2010
Palavras do Deputado Duarte Bechir
O Deputado Duarte Bechir - Presidente, nosso pedido é motivado
pela forma como o Deputado Adelmo Carneiro Leão refere-se à nossa
fala. Quando mencionei “tirar a esperança”, queria dizer que a
indução está clara. Fiz uma carta, cuja cópia está em meu
gabinete, ao povo de Campo Belo, Deputado Adelmo Carneiro Leão,
quando faltavam cerca de 15 a 20 dias para as eleições. Nessa
carta, pedia voto em nós, assim como voto para Governador,
Deputado Federal, Senadores e Presidente da República. Por meio
dessa carta, disse ao povo da minha cidade que as denúncias
envolvendo alguns dos ministérios, especialmente o que a candidata
do PT dirigia, caso houvesse o segundo turno, poderiam ser
investigadas pela Polícia Federal, a fim de que fosse possível
saber até que ponto havia comprometimento, envolvimento da
candidata ou da Ministra. A Polícia Federal ouviu, nesta semana, a
ex-Ministra, que pediu para sair. Anteriormente, ela havia dito
que não sabia do envolvimento do seu filho. Todavia, à Polícia
Federal, nesta semana, ela disse que sabia que seu filho recebeu
empresários, que pediam empréstimos de R$5.000.000,00. Ela sabia
nesta semana, mas não sabia quando próximas as eleições. Quando
digo “tirar a esperança”, o faço porque nada pode induzir os
eleitores a pensar que a eleição já está decidida. Para mim, não
está. Para mim, a resposta ao segundo turno será o que ocorrerá no
segundo turno. Respeito a opinião de V. Exa., uma das consciências
mais perfeitas desta Casa. Sei, Deputado Adelmo Carneiro Leão, o
quanto o seu trabalho é proveitoso para esta Assembleia e para
nosso Estado. Sei da história de V. Exa., todavia defendemos não
apenas bandeiras. Defendo o meu partido, bem como meu governo, da
mesma forma como V. Exa. defende o seu governo e o papel do seu
partido. No entanto, quero manifestar-me acerca dos fatos, e não
sobre hipóteses. Os fatos amplamente divulgados apontavam que a
eleição estava decidida no primeiro turno. E não estava, como de
fato não foi decidida. Não estou induzindo, não estou aqui
conclamando a população a um possível encaminhamento que não seja
verdadeiro. Estou dizendo que houve, por parte dos empresários que
detêm o controle dos institutos de pesquisa, uma afirmativa de que
a eleição estava decidida. Agora, vendo nosso Governador Aécio
Neves percorrer o Brasil com bravura, com lealdade, com espírito
público, nos motivamos mais uma vez. E a fala do Governador
Anastasia na imprensa, de que a eleição será decidida em Minas
Gerais, é plausível. Claro, é a afirmação do nosso Governador.
Então, Deputado Adelmo Carneiro Leão, conforme disse, sou grato
pelos conhecimentos que os companheiros trazem a mim. Guardo com
muito carinho tudo aquilo que me é ensinado, mas, nas palavras de
V. Exa., quando diz que está satisfeito com a esperança, isso se
dá porque a indução favorece o partido de V. Exa. A pesquisa é uma
indução dos institutos que erraram no primeiro turno. Para
finalizar, digo que a indução pode levar a um caminho sem retorno;
a um caminho cujo arrependimento só será corrigido daqui a quatro
anos. Então Minas Gerais é independente, é a terra de Tiradentes e
é independente. No próximo domingo, dia 31, mais uma vez os
mineiros mostrarão ao Brasil que Minas Gerais é coesa, que tem um
Governador, um Senador eleito que comanda e lidera a nossa
política para o bem, não para a indução. Era o que eu tinha a
dizer, Sr. Presidente. Muito obrigado.