Pronunciamentos

DEPUTADO CABO JÚLIO (PMDB)

Questão de Ordem

Pede desculpas por ofensas dirigidas à deputada federal Maria do Rosário, em razão de declaração falsamente atribuída a ela, condenando um policial aposentado, motorista do Uber, por ter matado três homens que tentavam assaltá-lo no Estado de São Paulo.
Reunião 75ª reunião ORDINÁRIA
Legislatura 18ª legislatura, 3ª seção legislativa ORDINÁRIA
Publicação Diário do Legislativo em 16/09/2017
Página 5, Coluna 1
Assunto SEGURANÇA PÚBLICA.

75ª REUNIÃO ORDINÁRIA DA 3ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 18ª LEGISLATURA, EM 14/9/2017

Palavras do deputado Cabo Júlio

O deputado Cabo Júlio – Boa tarde, presidente e demais colegas deputados e deputadas, gostaria de fazer um esclarecimento rápido. Há algum tempo, dois menores tentaram assaltar um Uber dirigido por um policial militar de São Paulo. Houve uma troca de tiros e o policial, defendendo a própria vida, matou os dois bandidos. Logo após foi feita uma postagem no Facebook, supostamente pela deputada Maria do Rosário, ex-ministra dos Direitos Humanos, em que ela teria dito que teria sido melhor que o policial não tivesse atirado, porque, ele morrendo, era uma vida só que se perdia e não a de dois menores. Essa afirmação foi muito criticada por todos os policiais e associações de policiais do Brasil, mesmo por este parlamentar, que neste Plenário fez a seguinte afirmação: “Essa vaca deveria levar esses menores para sua casa”. Logo após, a deputada Maria do Rosário veio a público dizer que a postagem não era real, que não era dela. Embora ela tenha suas posições, e cada um de nós defenda o que acha melhor, ela veio a público dizer que a postagem não era dela, era fake: alguém teria falsificado ou reproduzido criminalmente a sua página e feito a postagem como se dela fosse. Diante desse esclarecimento, presidente, embora o deputado estadual ou federal, no uso de suas atribuições, tenha inviolabilidade civil e penal, uma vez que a deputada disse que a postagem não foi dela, que foi fake – e realmente se verificou que não era real –, acho que cabe a este parlamentar, como cristão, mesmo sendo um policial apresentar um pedido de desculpas. Se ela vem a público afirmar que a postagem não foi dela, cabe um pedido de desculpas feito deste Parlamento, do mesmo lugar de onde eu a teria ofendido por entender que ela falou contra os policiais. Se ela veio a público dizer que a fala não foi dela, acho que não me diminui em nada vir a público pedir desculpas, porque termos como “vaca”, além de ofendê-la, ofende o Parlamento com o mesmo clamor – sou policial há 30 anos e sei como é isso. Então, se ela vem a público dizer que essa mensagem não é dela, que é fake, tenho a obrigação formal de vir aqui também pedir desculpas. Então, presidente, é esse o pedido de desculpas que faço à deputada Maria do Rosário, por ela não ter feito a afirmação que lhe foi imputada. Obrigado, presidente.