Pronunciamentos

DEPUTADA ELAINE MATOZINHOS (PSB)

Discurso

Pesar pelo falecimento de Marum Patrús de Souza, Delegado de Polícia Civil.
Reunião 110ª reunião ORDINÁRIA
Legislatura 14ª legislatura, 2ª sessão legislativa ORDINÁRIA
Publicação Diário do Legislativo em 29/02/2000
Página 27, Coluna 2
Assunto HOMENAGEM.

110ª REUNIÃO ORDINÁRIA DA 2ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 14ª LEGISLATURA, EM 22/2/2000 Palavras da Deputada Elaine Matozinhos A Deputada Elaine Matozinhos - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, ocupo a tribuna no dia de hoje com triplicada emoção, para cumprir a incumbência que a magnitude do destino colocou sobre os meus ombros, de, como Deputada, representar a minha querida Polícia Civil, a Associação dos Delegados de Carreira da Polícia Civil e meus colegas Delegados de Polícia. Há momentos na vida que nos convidam à mais honesta meditação de que sejamos capazes. O dia 17 próximo passado, na quinta-feira, para nós, Delegados de Polícia, foi um desses marcos definidos, quem sabe definitivo, na vida de todos nós. As emoções desse dia foram profundas e ficarão para sempre gravadas em nossas memórias. Ali ficará, tenho certeza, um pouco das nossas almas e dos nossos corações. Muitos são os sentimentos dignos e bons que nos assaltam neste momento, mas dois, sobretudo, sobressaem-se: saudade e gratidão. Estamos nos reportando ao grande amigo, ao grande Delegado, ao grande companheiro, Dr. Marum Patrús de Souza. No dia 18/1/61, iniciou sua carreira na Polícia Civil como Delegado de Polícia I. Foi-se aconchegando e acomodou-se em nosso seio. Foi-se um amigo e um grande companheiro. Nossa convivência não sofreu nunca um esmorecimento ou uma suspeita, pois sua amabilidade e bondade nos cativaram. Vieram suas promoções para Delegado de Polícia II, em 25/11/65; Delegado de Polícia 3ª classe, em 6/8/66; Delegado de Polícia Classe Especial, em 9/8/66, chegando, finalmente, ao topo da carreira, como Delegado-Geral de Polícia, em 20/8/86. Ainda ocupou vários cargos no âmbito estadual, como: Chefe das Coletorias de Guricema e Juiz de Fora, Chefe da AF-I de Além Paraíba, todos da Secretaria de Estado da Fazenda; Diretor de Transportes e Serviços Gerais da Secretaria de Estado de Recursos Humanos e Administração; Chefe do Departamento de Transportes e do Departamento de Telecomunicações, Delegacias Especializadas de Armas, Munições e Explosivos, Repressão à Vadiagem e outras; todas da Secretaria de Estado da Segurança Pública, Presidente da Comissão de Controle de Veículos Oficiais do Palácio da Liberdade e da Assembléia Legislativa, no tempo em que era Presidente o Deputado João Ferraz. Estamos falando de um homem, não no seu complexo intraduzível, mas nas peças fundamentais que constituem a moldagem de seus legítimos caracteres, porque o grande homem não se limita ao tempo nem ao espaço. Estamos falando do Dr. Marum Patrus de Souza, filho de Patrus João Simão e Maria da Conceição Patrus, nascido em Ressaquinha, Minas Gerais, em 15/9/33, casado com a Sra. Marisa Martins Patrus e pai de Marco Antônio Martins Patrus; Marcelo Martins Patrus; Marina Martins Patrus e Marco Antônio Martins Patrus; e irmão do nosso querido amigo e companheiro, Deputado Agostinho Patrus. Amigo, receba o nosso respeito, a nossa admiração e as nossas homenagens como fruto da sinceridade de nossos sentimentos e de nosso espírito. Quando empresário, o nosso querido Dr. Marum, contribuiu muito para com a nossa sociedade. Era um empresário que administrava com amor e com seriedade, voltado para o bem-estar e para a busca da igualdade. Por isso, era muito amado por todos que tiveram o privilégio de com ele conviver. Como pai e esposo, sua vida foi um exemplo. Foi um homem atuante e participativo que viveu intensamente no meio esportivo, sendo também conselheiro do nosso glorioso Clube Atlético Mineiro. Lembro-me, com muito carinho, das rápidas visitas que fazia aos nossos gabinetes, dizendo que estava passando por aqui e não poderia deixar de nos ver. Esse é o grande amigo e grande companheiro Dr. Marum Patrus. E lembro-me agora do Prof. Eliézer Rosa, quando falava para um amigo seu: “Hoje ele vive na saudade, essa infaltável companheira que torna ainda maior a grande solidão. A morte é a mais estranha de todas as sentenças constitutivas; nasce coberta pela coisa julgada, exatamente para tornar inútil toda queixa contra sua injustiça”. A finura, o carinho e a fidalguia que conseguia transmitir a todos nós vão constituir uma página perene de recordações em nossos corações. Estamos de luto. Ao nosso caro amigo Dr. Marum, a nossa eterna saudade. Muito obrigada.