O discurso de ódio que mira o Supremo e as minorias
10/10/2024A massificação do acesso às redes sociais veio acompanhada nos últimos anos no Brasil de ataques on-line em larga escala orquestrados por extremistas contra diversos representantes de segmentos específicos da sociedade. Segundo pesquisa de três professoras da UFMG, entre 2022 e 2023, os alvos preferenciais foram ministros do STF, mulheres e pessoas LGBT que ocupam espaços de poder. Uma das professoras, Ana Larissa Oliveira, que atua também como pesquisadora do CNPQ e é especialista em estudos linguísticos com ênfase na linguagem de conflito conversa com Marco Antonio Soalheiro, no Mundo Político. Ela conta que as postagens são respostas a mensagens do Tribunal e contém insultos desmoralizantes e ataques agressivos feitos com linguagem simples, de forte apelo emocional, que têm objetivo de desacreditar as decisões dos juízes. Alvos preferenciais são Alexandre de Moraes e Cármen Lúcia. No caso dela, os posts trazem conteúdo de dupla agressão à ministra e à mulher. Ana Larissa diz que o discurso de ódio nas redes é anti-democrático e autoritário e a motivação do estudo é a defesa da democracia.