Sinpro Minas terá trajetória de 90 anos lembrada em audiência na ALMG
Reunião da Comissão de Educação será realizada nesta quinta (1º) e destacará pioneirismo, combatividade e alcance de entidade com 80 mil filiados no Estado.
31/05/2023 - 12:10Noventa anos na luta pelos direitos dos professores da rede privada de educação em Minas Gerais. Essa é trajetória do Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (Sinpro Minas), cuja importância será destacada em audiência pública da Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia, prevista para acontecer nesta quinta-feira (1º/6/23), a partir das 10 horas, no Auditório José Alencar da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
A reunião atende a requerimento do deputado Celinho Sintrocel (PCdoB), que no documento reforça a importância do debate e lembra a história da entidade. O Sinpro Minas foi fundado em 12 de fevereiro de 1933, quando havia em Belo Horizonte apenas seis colégios particulares, quase todos confessionais, ou seja, mantidos por entidades religiosas.
“Desde então, a entidade vem lutando pelos direitos dos professores da rede privada no Estado e por uma educação de qualidade”, reforça o parlamentar.
Na área da educação, o Sinpro Minas se destaca atualmente como um dos sindicatos do país que mais obtém conquistas, tais como o adicional extraclasse, bolsas de estudo e repouso remunerado, todas em função da força e da mobilização da categoria por meio da entidade, conforme avalia Celinho Sintrocel.
O Sinpro Minas representa atualmente cerca de 80 mil professores de diversos níveis de ensino, da educação infantil ao ensino superior, e atende a categoria por meio de sua sede, em Belo Horizonte, e das 17 regionais e escritórios pelo interior, alcançando assim profissionais da educação que atuam em todos os 853 municípios de Minas Gerais.
E conforme lembra Celinho Sintrocel essa prestação de serviços acontece não apenas na mobilização pela valorização da profissão, mas também por meio de eventos, cursos, oficinas, palestras e atividades culturais e educacionais.
O requerimento assinado por Celinho Sintrocel lembra ainda o pioneirismo da entidade que, já em 1949, data da primeira negociação salarial, levou a categoria a aprovar em assembleia a instauração de um dissídio coletivo.
Um ano depois, foi realizada a primeira campanha pelo repouso remunerado e, entre 1956 e 1960, a entidade participou dos debates sobre a Lei de Diretrizes e Bases da Educação e a criação da Federação dos Professores do Ensino Secundário, além de ter desenvolvido uma luta mais sintonizada com a ascensão do movimento sindical da época.
“Ainda na década de 1950, o sindicato iniciou a sua interiorização, que ganhou maior impulso a partir de 1962, quando foi criado o Departamento de Interior. Contudo, somente a partir de 1980, com a criação das regionais, é que a entidade começou a organizar, de fato uma ação direta nos municípios de todo o estado”, lembra o parlamentar.
E a partir do início da década de 1980, período de redemocratização do País, que o Sinpro Minas passou a participar ativamente das diversas lutas sociais, entre elas as campanhas a favor da anistia aos cassados pelo Regime Militar, pelas eleições diretas para a Presidência da República (Diretas já) e pela convocação da Assembleia Nacional Constituinte.
Presidente e ex-presidentes foram convidados
Entre os convidados da audiência pública estão a presidenta do Sinpro Minas, Valéria Peres Morato Gonçalves, e quatro ex-presidentes da entidade: Carlos Magno Machado, Celina Alves Padilha Arêas, Newton Pereira de Souza e Décio Braga de Souza.
Também foram chamados representantes da Federação Interestadual dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Fitee), da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee) e da Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg).