A saúde das comunidades atingidas pela mineração volta a ser tema de audiência na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Desta vez, a Comissão de Direitos Humanos recebe gestores, especialistas e representantes dos atingidos para debater, em especial, estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) realizado após o rompimento da barragem em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH).

A reunião será nesta quarta-feira (6/12/23), às 16 horas, no Auditório José Alencar, a requerimento da deputada Bella Gonçalves (Psol). Ela reforça que o relatório da Fiocruz mostra impactos físicos e psicológicos, como o crescimento exponencial de casos de autoextermínio além de exposição, inclusive de crianças, a vários tipos de metais e substâncias perigosas para a saúde humana.

Em novembro deste ano, durante audiência da Comissão de Saúde sobre esse tema, representante do Ministério Público apresentou estudos da Fundação Getúlio Vargas e da Fiocruz/UFRJ que constatou uma piora geral na saúde e na qualidade de vida das populações após o rompimento de barragens em Mariana (Central) e Brumadinho.

Segundo o relatório, metais como arsênio, mercúrio, chumbo e manganês foram encontrados em valores acima dos de referência na corrente sanguínea de vários moradores.