A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realiza audiência pública para debater a importância de assistência multiprofissional no Sistema Único de Saúde (SUS) para a promoção de saúde e bem-estar da mulher e da criança. A reunião, solicitada pela presidenta da comissão, deputada Ana Paula Siqueira (Rede), será nesta terça-feira (9/4/24), às 14 horas, no Auditório José Alencar.

A violência obstétrica, segundo a parlamentar, tem apresentado crescimento no Brasil. Estudo divulgado pela Fiocruz, em 2021, apontou que cerca de 45% de parturientes foram vítimas em atendimentos no SUS. “Por isso, é preciso divulgar mais informações sobre esse tema e incentivar as vítimas a denunciarem os abusos sofridos’’, argumenta.

De acordo com Ana Paula Siqueira, a violência obstétrica pode ocorrer na gestação, no parto ou no pós-parto. Muitas mulheres sofrem abusos, desrespeitos e maus-tratos durante os partos nas instituições de saúde. “O que deveria ser um momento único, acaba se tornando traumático’’, pontuou.

Ela também chama a atenção para a evidência do excesso de parto cesárea. Para a deputada, o parto humanizado é um direito de toda mulher e deve ser divulgado e oferecido como uma opção viável e segura.

Já estão confirmadas para participar da audiência pública a diretora de Gestão da Integridade do Cuidado da Secretaria de Estado de Saúde, Lirica Salluz Mattos Pereira; a diretora Executiva do Hospital Sofia Feldman, Tatiana Coelho Lopes; a médica Sônia Lansky, coordenadora do Projeto Sentidos do Nascer; a doula Hélia Maria de Jesus Rossini, como representante do SUS; e a usuária do sistema público de saúde, Carla Anunciatta de Carvalho.