A urgência da retomada dos trens de passageiros na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) e os impactos causados na vida dos trabalhadores pela não implantação desse meio de transporte serão debatidos pela Comissão do Trabalho, da Previdência e da Assistência Social.

A reunião será nesta quinta-feira (12/12/24), às 14h30, no Auditório José Alencar da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). O requerimento é do deputado Betão (PT), que preside o colegiado.

Na ocasião, sindicatos e representantes de entidades ligadas ao transporte urbano metropolitano entregarão à comissão pedido para que a Assembleia acompanhe os termos de renovação da concessão da MRS Logística, previsto para 2025 e busque a ampliação da malha e do transporte de passageiros.

Betão lembra que, apesar de Minas Gerais ter a maior malha ferroviária do País, com quase 5 mil quilômetros de extensão, passando por mais de 180 municípios, o Estado conta hoje somente com o trem entre Belo Horizonte e Vitória, um dos dois únicos existentes no país.

O deputado salienta que em 2022 foram registrados 64.547 acidentes nas estradas brasileiras, com 18.132 feridos graves e 5.439 mortos. Esse número, segundo ele, é infinitamente maior do que o registrado nas ferrovias – 782 acidentes, com 237 feridos e 112 mortos – conforme dados do Anuário do Setor Ferroviário da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

Os impactos da não implantação do transporte terrestre de passageiros para a sustentabilidade urbana também serão abordados na audiência. O trem é apontado como mais rápido, confortável e menos poluente e ainda pode reduzir o acesso de veículos rodoviários de outras cidades à Capital mineira.