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Crise climática

Quatro soluções vencedoras de prêmio da ALMG atuam na prevenção de enchentes 

Em ano mais quente da história, Assembleia contempla propostas para prevenir efeitos de mudanças climáticas.

18/12/2024 - 10:22
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O ano de 2024 já é considerado o mais quente da história. A informação foi divulgada neste mês pelo observatório europeu do clima, o Copernicus. Para os pesquisadores, é difícil que a situação seja amenizada, mesmo que dezembro ainda não tenha terminado. 

De acordo com Michelle Reboita, pós-doutora em Meteorologia pela Universidade de São Paulo (USP) e professora do curso de Ciências Atmosféricas da Universidade Federal de Itajubá (Unifei), a marca é um reflexo das mudanças climáticas provocadas pela atividade humana.

Outro indicador preocupante divulgado recentemente pelo Copernicus é que este também será o primeiro ano em que o planeta ficou 1,5º C mais quente do que na média das temperaturas de era pré-industrial, de 1850 a 1900, quando as nações industrializadas começaram a explorar combustíveis fósseis.

Citação

Para a pesquisadora, caso medidas adequadas não sejam tomadas, novos recordes de temperatura tenderão a ser frequentes, assim como eventos climáticos extremos como as inundações no Rio Grande do Sul ocorridas neste ano. Mesmo em menor proporção, Minas Gerais também precisou lidar com enchentes e prejuízos atrelados a elas.

Atenta à necessidade de implementar medidas para fazer frente a esse contexto, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) entregou, neste mês, o Prêmio Assembleia de Incentivo à Inovação - Crise Climática para dez propostas de soluções inovadoras com potencial para prever, evitar ou minimizar as causas ou efeitos das mudanças climáticas no Estado de Minas Gerais.

As iniciativas premiadas foram selecionadas entre 124 inscritas, de diversas regiões do País, no concurso promovido em parceria com o Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BH-TEC). Cada uma recebe R$ 60 mil e vai poder participar de um programa de aceleração do BH-TEC para viabilizar que as propostas cheguem ao mercado.

Prevenção de enchentes

Entre as propostas selecionadas, quatro visam justamente prevenir enchentes e deslizamentos a partir do monitoramento contínuo de áreas suscetíveis, bem como da supervisão das chuvas e do nível da água. Além disso, outro foco é a prevenção de perdas por eventos climáticos.

Para Michelle Reboita, esse monitoramento é fundamental. “Se não monitoramos, não registramos e não temos informações para construir um modelo que oriente a tomada de decisões por gestores”, diz a pesquisadora.

Vindos de cidades diferentes, os autores dessas soluções premiadas têm em comum o fato de serem estudiosos que buscam transpor os conhecimentos adquiridos em universidades do País para a vida prática, a fim de mitigar os efeitos das mudanças climáticas.

Conheça abaixo a trajetória e o trabalho desenvolvido por esses quatro classificados.

Linha do Tempo

Conteúdos especiais

Nesta quinta (19) e sexta (20), serão publicadas outras duas matérias especiais desta série de três, a respeito da trajetória e do trabalho proposto por outros classificados do Prêmio Assembleia de Incentivo à Inovação - Crise Climática.

A TV Assembleia também veicula em sua programação, nos próximos dias, dez vídeos com a história de cada uma das propostas classificadas.

Projeto institucional 

O Prêmio Assembleia de Incentivo à Inovação - Crise Climática é uma das ações do projeto institucional Crise Climática em Minas: Desafios na Convivência com a Seca e a Chuva Extrema, iniciado em março pela ALMG, antes mesmo das enchentes que atingiram o Sul do Brasil.

Lista
Chuvas em Belo Horizonte
Matéria Especial - Prêmio Assembleia de Incentivo à Inovação - Retratos
Matéria Especial - Prêmio Assembleia de Incentivo à Inovação - Retratos
Matéria Especial - Prêmio Assembleia de Incentivo à Inovação - Retratos
Matéria Especial - Prêmio Assembleia de Incentivo à Inovação - Retratos
“Vários estudos têm mostrado que, se a temperatura média global exceder um crescimento de 1,5°C, ocorrerão efeitos irreversíveis (os chamados tipping points) no sistema climático. Um exemplo que pode ser citado é o degelo da Groenlândia, que não será possível reverter.”
Michelle Reboita
Pós-doutora em Meteorologia pela USP
“Crescem cada vez mais no Estado de Minas Gerais os riscos para desastres naturais. Segundo dados do governo federal, um terço dos municípios mineiros podem sofrer consequências disso, o que impactaria mais de um milhão de pessoas."
Thais Cardoso
CEO da Quasar
“Para se ter uma ideia, só esse ano, no primeiro semestre, o prejuízo global ligado aos desastres climáticos foi em torno de US$ 120 bilhões.”
Bárbara Soares
Cofundadora da Saltica

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