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Plenário aprova em definitivo recomposição de 4,62% para servidores do Executivo

Da forma como foi votado, projeto também prevê que ajuda de custo para despesas com alimentação será devida ao servidor mesmo em alguns períodos de afastamento legal do trabalho.

06/06/2024 - 16:25
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Depois de quase um mês de negociações, o Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) aprovou, em 2º turno, na Reunião Ordinária desta quinta-feira (6/6/24), o Projeto de Lei (PL) 2.309/24, do governador Romeu Zema, que trata da revisão dos salários dos servidores públicos do Poder Executivo. Foi aprovado o índice de 4,62%, retroativo a 1º de janeiro deste ano.

As discussões, nesta quinta, começaram pela manhã, na Reunião Extraordinária de Plenário, e se estenderam até a Reunião Ordinária, à tarde. Ambas foram acompanhadas por servidores que lotaram as galerias do Plenário. Na segunda reunião, a matéria foi aprovada na forma do substitutivo nº 1, apresentado pela Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária (FFO) em 2º turno. Esse texto substituiu o vencido, ou seja, o conteúdo aprovado com modificações pelo Plenário em 1º turno.

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O texto anterior previa a recomposição de 3,62% do subsídio e do vencimento básico dos servidores civis e militares, estendida aos inativos e aos pensionistas com direito à paridade, aos detentores de função pública e aos convocados para a função de magistério. A revisão também abrange os contratos temporários vigentes, cargos de provimento em comissão, funções gratificadas e gratificações de função.

Na última terça (4), foi recebida em Plenário emenda do governador, com aumento em um ponto percentual no índice oferecido, que passou para 4,62%, correspondente à inflação de 2023 medida pelo IPCA. Essa emenda foi arquivada, porque o conteúdo foi objeto de outra emenda assinada por todos os deputados da Assembleia, já incorporada no substitutivo nº 1 da FFO.

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O novo texto estabelece que a ajuda de custo para despesas com alimentação será devida ao servidor mesmo nos períodos de afastamento legal do trabalho, em virtude de licença luto, licenças para tratamento de saúde e licença-maternidade, licença à adotante e licença-paternidade. Ela não será devida nos casos de férias regulamentares e férias-prêmio.

Depois de aprovada em redação final, a matéria poderá seguir para sanção do governador.

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Deputados se revezam na tribuna para discutir proposta

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Durante toda a tramitação da matéria, o conteúdo pautou discussões na Assembleia em torno do índice proposto pelo governador para a recomposição, inicialmente de 3,62% e, agora, de 4,62%.

Durante a fase de discussão da proposta em 2º turno no Plenário, em Reunião Extraordinária na manhã desta quinta (6), a questão voltou a ser abordada. O deputado Sargento Rodrigues (PL) foi o primeiro a subir à tribuna para criticar o percentual de 4,62%.

Segundo o parlamentar, o valor aumenta em R$ 194 o salário de um soldado. Mas, ainda de acordo com ele, proposta para aumento da alíquota de contribuição para o Instituto de Previdência dos Servidores Militares do Estado (IPSM) no percentual de 5,5%, em tramitação na ALMG, vai reduzir em R$ 241 o salário desse mesmo servidor.

“Então, em vez de acréscimo, vamos ter decréscimo de quase R$ 48”, afirmou.

Ele continuou a defender emenda autorizativa para aumento do índice de revisão aos servidores do Executivo para 10,67%. Conforme disse, esse índice corresponderia também à inflação de 2022.

Os deputados Bruno Engler e Caporezzo, ambos do PL, Professor Cleiton (PV), Lucas Lasmar (Rede), Leleco Pimentel (PT) e Ricardo Campos (PT) também ressaltaram a importância de se ampliar o índice de recomposição salarial.

O deputado Alencar da Silveira Jr. (PDT) afirmou que uma emenda autorizativa não seria paga pelo governo, efetivamente.

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Ainda durante a discussão da proposta, alguns deputados da oposição e do PL, assim como servidores que ocuparam as galerias, manifestaram solidariedade à deputada Chiara Biondini (PL).

Como relataram os parlamentares, ela foi favorável, em 1º turno, a emendas para conceder aos servidores 10,67% de revisão e, por isso, teria sofrido retaliação do governador, o qual exonerou de cargos no governo pessoas indicadas por ela.

Chiara Biondini afirmou que a medida não vai mudar sua posição a favor de uma recomposição maior para os servidores.

Emendas

Ainda na fase de discussão do PL 2.309/24 em 2º turno, foram apresentadas 18 emendas ao projeto. Destas, 11 foram recebidas pelo Plenário e votadas independentemente de parecer. Em geral, elas traziam novos índices para reajuste, visando contemplar a inflação de 2022. Previam, ainda, o pagamento em parcela única do retroativo. Todas foram rejeitadas.

Durante o encaminhamento da votação dessas emendas, na Reunião Ordinária da tarde desta quinta (6), deputados da oposição ao governador voltaram a criticar o índice de 4,62%, que cobre apenas a inflação de 2023. Além dos parlamentares já citados, também usaram a tribuna Cristiano Silveira, Beatriz Cerqueira e Betão, todos dos PT.

Ao fazer um balanço de todo o processo de discussão da matéria, Beatriz Cerqueira avaliou que o governador saiu perdendo, inclusive por ter que "ameaçar" deputados da sua base para garantir os votos. "Ele teve que sair de sua empáfia e arrogância e ceder mais 1%. Tivemos avanço na ajuda de custo. Mas só a luta nos garante", afirmou.

Manifestação de servidores públicos nas galerias do Plenário Presidente Juscelino Kubitschek

Os parlamentares aprovaram a versão final da proposta, depois que o governador Zema cedeu e aumentou o índice de recomposição TV Assembleia
Reunião Extraordinária - manhã - análise de proposições
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