A Comissão de Saúde realiza nesta segunda-feira (16/9/24) duas audiências públicas por ocasião da campanha Setembro Amarelo, mês de prevenção à automutilação, à depressão e ao suicídio. Ambas foram solicitadas pelo deputado Charles Santos (Republicanos) e serão realizadas no Auditório do andar SE da Assembleia Legislativa de Minas Geras (ALMG).

A partir das 10 horas, convidados vão debater a importância da campanha para conscientizar a população sobre formas de prevenir e reduzir o preconceito que envolve o problema; às 14 horas, o tema será o impacto das redes sociais na saúde mental, principalmente de crianças e jovens. Gestores públicos, psicólogos, médicos, entidades e órgãos ligados à temática devem participar dos dois momentos.

A audiência da manhã vai reunir representantes da Associação Mineira de Psiquiatria, da Coordenadoria da Infância e da Juventude do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) e do Projeto HELP!, ação voluntária de pessoas que já enfrentaram problemas relacionados a saúde mental, como depressão, automutilação, traumas, abusos, ansiedade e síndrome do pânico. 

Para a reunião das 14 horas, estão convidados representantes da Secretaria de Estado de Saúde, novamente do TJMG e da  Divisão Especializada de Investigação de Crimes Cibernéticos da Polícia Civil, além do Grupo Depressão tem Cura.

Segundo o deputado Charles Santos, a agenda desta segunda (16) é uma oportunidade de debater ideias para ampliar as ações de prevenção da saúde mental no Estado. “Queremos discutir com vários setores da sociedade novas diretrizes, buscando avançar ainda mais na implementação de ações de combate à depressão e ao suicídio em Minas”, ressalta.

Movimento joga luz na saúde mental

A origem do movimento Setembro Amarelo está no dia 10 de setembro, Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, data criada pela Associação Internacional para a Prevenção do Suicídio e endossada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para chamar a atenção dos governos e da sociedade civil para a importância de falar sobre o assunto.

A campanha foi inspirada na história de Mike Emme, que cometeu suicídio aos 17 anos, em setembro de 1994, nos Estados Unidos. Ele tinha um carro amarelo e, no dia do seu velório, os pais e amigos distribuíram cartões com fitas amarelas e frases motivacionais para pessoas que pudessem estar enfrentando transtornos mentais e emocionais.

As fitas amarelas se tornaram o símbolo da campanha, adotada em 2015 no Brasil tendo à frente instituições como  Associação Brasileira de Psiquiatria, Conselho Federal de Medicina e Centro de Valorização da Vida (CVV).

Desde o primeiro momento, em 2015, a Assembleia de Minas apoia o movimento e, no último dia 10/9, sua fachada foi novamente iluminada na cor amarela. A adesão da ALMG à campanha faz parte do projeto Laços da Consciência, que reúne ações de sensibilização sobre temas afetos ao bem-estar social dos mineiros.