A indicação do jornalista e produtor cultural Sérgio Rodrigo Reis para a presidência da Fundação Clóvis Salgado (FCS) recebeu parecer favorável, nesta terça-feira (28/11/23), da Comissão Especial da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) criada para analisá-la. O parecer foi aprovado logo após a realização da arguição pública do indicado.

O relator da indicação, deputado Mauro Tramonte (Republicanos), que preside a comissão, considerou que Sérgio Rodrigo Reis demonstrou experiência e conhecimento necessários à boa gestão da FCS, além de comprometimento com os princípios da instituição. Ele também avaliou que o currículo do indicado demonstra alta qualificação para o desempenho do cargo.

Sérgio Rodrigo Reis tem 49 anos. Em sua carreira profissional, trabalhou no jornal Estado de Minas como repórter e crítico de arte. Foi ainda presidente da Empresa Mineira de Comunicação (EMC), diretor artístico do Palácio das Artes e diretor do Museu de Arte da Pampulha. Também coordenou a criação do Museu de Congonhas (Região Central do Estado), que preserva a memória do Santuário de Bom Jesus do Matosinhos.

O jornalista já está à frente da Fundação Clóvis Salgado, desde julho de 2022, e tem sob sua responsabilidade a gestão do Palácio das Artes, um dos mais importantes espaços culturais de Belo Horizonte. A instituição mantém três corpos artísticos permanentes (Cia. de Dança, Coral Lírico e Orquestra Sinfônica) e o Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart), que oferece cursos em diversas linguagens do campo da arte.

Formação de público é um dos desafios

Em sua explanação, Sérgio Rodrigo Reis falou sobre os desafios na gestão da FCS, como a formação de público para o Palácio das Artes, especialmente após o esvaziamento provocado pela pandemia de Covid-19. Para fazer frente a essa nova realidade, a FCS investiu em parcerias com a EMC, que viabilizaram a produção de conteúdos audiovisuais. Um desses produtos é o programa Arrumação, da TV Minas, que teve uma temporada gravada no Grande Teatro.

Respondendo a questionamento do deputado Mauro Tramonte sobre as dificuldades dos corpos artísticos, Sérgio Rodrigo Reis garantiu que está atento às necessidades dos artistas, mas ponderou que a realização de concursos públicos não é possível no momento porque o Estado ultrapassou o limite de gastos com pessoal da Lei de Responsabilidade Fiscal. “Estamos empenhados para, quem sabe no futuro, superarmos essa situação”, afirmou. 

Já a deputada Lohanna (PV) quis saber sobre a possibilidade de utilização de recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) pela FCS. Sérgio Rodrigo Reis respondeu que os recursos federais só podem ser utilizados na construção de novos espaços culturais. Por isso, a FCS recorreu a um edital do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para captar recursos para a reforma do Palácio das Artes.

Os deputados Bosco (Cidadania) e João Júnior (PMN) destacaram a importância da FCS para a cultura mineira e elogiaram a atuação de Sérgio Rodrigo Reis à frente da instituição.

Depois de receber o parecer da Comissão Especial, a indicação já pode seguir para o Plenário, para discussão e votação em turno único.