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Esclarecimento sobre assassinato de Marielle Franco é cobrado em Plenário

No aniversário de cinco anos da morte da vereadora, seu legado na luta pelos direitos humanos foi exaltado no Plenário da ALMG.

14/03/2023 - 17:03
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Os cinco anos do assassinato da vereadora pelo Rio de Janeiro Marielle Franco, completados nesta terça-feira (14/3/23), foram lembrados por parlamentares do PT e do Psol na Reunião Ordinária de Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Todos repetiram a pergunta que ecoou em todo o País nesta data e que vem sendo feita nesta meia década: “Quem matou Marielle Franco”?

A partir dessa indagação, quatro deputadas e um deputado destacaram o trabalho da vereadora e cobraram uma resposta sobre o crime e a punição do responsável pela morte prematura de Marielle. Ela foi assassinada aos 38 anos, a tiros, junto com seu motorista Anderson Pedro Mathias Gomes, ao sair de uma reunião de trabalho.

A atuação da vereadora em pautas direcionadas, principalmente, à segurança pública, ao respeito aos direitos humanos e em favor de minorias como mulheres, negros e LGBTQIA+ também foi lembrada pelos parlamentares.

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O deputado Doutor Jean Freire (PT) leu um poema escrito por sua filha à época do assassinato, quanto tinha 14 anos, de reconhecimento pela luta da vereadora “em defesa dos que mais precisam”. Ele repetiu a frase dita nesta terça-feira pela irmã da vereadora, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, de que saber quem matou Marielle “é um dever da democracia”.

A deputada Andréia de Jesus (PT) leu um discurso que foi replicado, em todo o País, por parlamentares da Bancada Marielle Franco, uma rede de políticos comprometidos com as pautas defendidas por ela. O texto lembra desafios e avanços que o mundo e o Brasil viram nesses cinco anos, e que a vereadora não pôde acompanhar, como, por exemplo, o rápido desenvolvimento de vacinas contra a Covid-19.

“As curas avançaram, mas o que não se curou foi a ferida e a vergonha que esse crime deixou para a democracia do Estado brasileiro”, pontuou. A deputada também pediu um minuto de silêncio em homenagem a Marielle e Anderson.

A deputada Leninha (PT), 1ª vice-presidenta da Assembleia, afirmou que, neste dia, o Brasil cobra não apenas o esclarecimento do crime como, também, a necessidade de se discutir cada vez mais a violência política contra as mulheres. Ela ressaltou o aumento do número de mulheres nas esferas de poder, mas considerou que ainda são necessárias políticas públicas de proteção e prevenção à violência contra a mulher.

“A presença de Anielle no ministério traz mais força e robustez para que toda a força de segurança traga à tona a verdade sobre esse crime”, afirmou Leninha.

Em aparte, a deputada Macaé Evaristo (PT) também elogiou o trabalho de Marielle pelos direitos das mulheres, pela liberdade e pelo respeito à diversidade. E lamentou que os que tinham medo do trabalho da vereadora são os que hoje ainda atacam os direitos humanos.

Última a subir à tribuna para homenagear a vereadora, a deputada Bella Gonçalves (Psol) é do mesmo partido que elegeu Marielle. Ela também lembrou o legado da vereadora, que, entre outras causas, defendeu a desmilitarização das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) nas favelas do Rio, como forma de proteção à população periférica. “Queremos que as pautas políticas da Marielle estejam cada vez mais presentes e possam se tornar realidade”, defendeu a deputada.

Transexualidade

Ainda na Reunião Ordinária, o deputado Caporezzo (PL) defendeu o deputado federal mineiro Nikolas Ferreira, seu colega de partido, acusado de transfobia em discurso realizado na Câmara dos Deputados. Segundo ele, Nikole (personagem usado pelo deputado federal) tem razão ao dizer que a participação de atletas transexuais no esporte seria o fim das modalidades femininas. Para Caporezzo, transexualidade é criação da imaginação humana e é impossível que um homem se transforme em mulher e vice-versa.

A reunião foi presidida pela deputada Andréia de Jesus (PT). Ao longo do mês de março, quando se comemora o Dia Internacional da Mulher, todas as Reuniões Ordinárias de Plenário estão sendo conduzidas pelas integrantes da bancada feminina da ALMG.

Reunião Ordinária - tarde - oradora

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