O segundo dia de atividades do Parlamento Jovem de Minas de 2023 na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) iniciou-se nesta quinta-feira (21/9/23) com a reunião dos grupos de trabalho.  Os estudantes debateram, durante toda a manhã, propostas de ações e políticas públicas sobre o tema desta edição, “Jovem e Mercado de Trabalho”. 

As discussões ocorreram em torno dos três subtemas:

• Desenvolvimento Econômico e Geração de Trabalho
• Escolaridade e Qualificação Profissional
• Jovens em situação de Vulnerabilidade e Inclusão no trabalho

Em cada sala de debates foram escolhidos coordenadores que auxiliaram os colegas na leitura do texto base de cada subtema, consolidado nas etapas anteriores. Os estudantes puderam pedir esclarecimentos e fazer três tipos de destaques no texto, pedindo alteração, supressão ou aglutinação das propostas. 

Cada destaque foi defendido por aquele que o propôs, e o grupo votou pela redação consolidada do texto de cada subtema. As propostas serão novamente submetidas a voto na Plenária Estadual, nesta sexta-feira (22), e, após a votação, o Documento Final do Parlamento Jovem de Minas 2023 será entregue à Comissão de Participação Popular da ALMG, encarregada de analisar as propostas e transformá-las em requerimentos de providências, projetos de lei e outras iniciativas.

Alunos se dedicam no debate e aprovação do texto 

No grupo de trabalho 1, a estudante de 15 anos Laura Bolandini Freitas, de Visconde do Rio Branco (Polo Zona da Mata - Norte), foi escolhida como a coordenadora de seu grupo, que debateu questões relacionadas ao subtema “Desenvolvimento Econômico e Geração de Trabalho”. Segundo ela, a experiência no Parlamento Jovem foi “realizadora”. 

“Estávamos determinados a sermos o melhor grupo de trabalho (GT) e fomos organizados e conseguimos superar nossas divergências e encontrar consenso”, concluiu a estudante.

Sua colega de GT, Taís Vieira Gonçalves, 15 anos, do município de Paula Cândido (Polo Zona da Mata - Norte), destacou uma proposta interessante aprovada pelo grupo de trabalho: a criação de um projeto de lei que determine a criação do Conselho Municipal de Apoio ao Jovem em cada cidade mineira.

“Seria uma casa para abraçar os jovens e promover apoio emocional, dar orientações de como entrar no mercado de trabalho, elaborar currículos e dar suporte aos jovens de áreas periféricas, que precisam de mais cuidado e atenção”, explicou. 

No grupo de trabalho 4, onde foi debatido o subtema “Escolaridade e Qualificação Profissional”, o coordenador, João Vítor Alves de Oliveira, de 16 anos e também de Visconde do Rio Branco, elogiou a objetividade e organização dos colegas na aprovação do texto base.

Ele destacou a aprovação de uma proposta, com alterações, que trata de projeto educacional para aprimorar a oratória dos jovens. 

“Esse projeto seria incluído nas grades curriculares do ensino público e privado e teria por objetivo aprimorar a oratória, a interação entre equipes no trabalho e a apresentação de diferentes profissões, por meio de palestrantes com conhecimento sobre o mercado de trabalho. Essas palestras de qualificação seriam de participação opcional dos estudantes”, esclareceu. 

Participação jovem estimula interesse da comunidade 

Junto com os grupos de trabalho, uma atividade de acolhimento aos coordenadores municipais e regionais que acompanham os jovens também foi realizada na ALMG. 

O vereador Marsonnilo de Sousa Ferreira, do município de Inhapim (Polo Leste), está participando como coordenador municipal pela terceira vez e, segundo ele, a cada ano as expectativas pela participação no Parlamento Jovem só aumentam. 

“Sentimos uma grande diferença a partir da participação dos jovens. Na Câmara, temos muita dificuldade de engajar a população e estimular as pessoas a ir até lá participar de atividades e discussões. Quando os nossos jovens ingressam nessas iniciativas, suas famílias e rede de relacionamentos se sentem mais estimuladas à participação popular. É impressionante acompanhar a diferença”, afirmou. 

Do Polo Leste, seis estudantes e cinco vereadores participam do evento. De acordo com Ferreira, é muito grande a diferença entre as atividades do Parlamento Jovem que foram realizadas durante a pandemia e as atividades presenciais.

“É fato que o virtual veio pra ficar e acho que é muito importante essa participação, abre muitas possibilidades. Mas a gente percebe que as discussões presenciais trazem um calor e uma expectativa muito diferentes e engajam muito mais”, opinou.