Dengue, zika e chikungunya: não dá pra contar com a sorte
Os casos estão aumentando, principalmente pelas chuvas, mas hábitos simples podem prevenir as doenças.
16/01/2024 - 12:56 - Atualizado em 15/02/2024 - 12:59Minas Gerais está novamente sob ameaça de epidemia de doenças provocadas pelo mosquito Aedes aegypti. De 2022 até novembro de 2023, aumentaram em 430% os casos prováveis de dengue no Estado. Os registros de ocorrências de chikungunya subiram 700% e os de zika, em 260%, conforme dados da Secretaria de Estado de Saúde.
O inseto, principal transmissor dos vírus que provocam essas doenças, foi encontrado em 97,8% dos municípios mineiros. Com a estação de chuvas e calor, a proliferação do mosquito se acelera, ampliando os riscos de contaminação e óbitos.
O cidadão deve ainda buscar ajuda médica, imediatamente, caso sinta algum dos principais sintomas:
- febre alta
- dores nas articulações
- fraqueza
- manchas vermelhas pelo corpo
Campanha orienta o cidadão
Preocupada com a situação no Estado, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realiza campanha de utilidade pública para orientar o cidadão sobre os perigos e os cuidados necessários para evitar as doenças, assim como feito em 2019 e 2023. A campanha começou a circular em meados de janeiro e vai até dia 31 de março.
A finalidade é alertar a população sobre a importância de atitudes individuais para reduzir os focos do mosquito e de se buscar atendimento médico aos primeiros sinais.
O objetivo do Parlamento mineiro é que a mensagem chegue a todos os municípios, especialmente os mais afetados, garantindo engajamento e mobilização para a causa. “O Legislativo também está nesta luta e vamos fazer o que for preciso para conter o crescimento dos casos no nosso Estado”, ressalta o presidente da ALMG, deputado Tadeu Martins Leite (MDB).
A campanha é composta por peças gráficas, que serão publicadas em mídias impressas e plataformas digitais, além de vídeo a ser veiculado em emissoras de TV e também na internet.
Vacina contra dengue integra o Programa Nacional de Imunização
A partir de fevereiro, a vacina contra a dengue, conhecida como Qdenga, começará a ser disponibilizada pelo governo federal nos postos de vacinação. Em um primeiro momento, a vacinação vai ser direcionada ao público e às regiões prioritárias, onde a incidência da doença é maior.
A escolha foi definida porque o laboratório Takeda, que produz o imunizante, tem uma capacidade restrita de fornecimento de doses.
O ciclo completo de imunização é atingido com as duas doses do imunizante. A eficácia geral é de 80,2% contra a dengue causada por qualquer sorotipo após 12 meses da segunda dose. A vacina também reduziu as hospitalizações em 90%.
Hábitos simples podem evitar a reprodução do mosquito:
- evitar água parada em pneus, pratinhos de vasos de plantas, piscinas sem uso, garrafas ou quaisquer objetos que acumulem líquido
- manter fechadas e limpas caixas d´água e lixeiras
- evitar acúmulo de lixo e entulhos
- conservar vazios e secos reservatórios de água de ar-condicionado, geladeira e umidificador
- colocar baldes e garrafas de cabeça para baixo