Notícias

Comissão discute políticas sociais com a Prefeitura da Capital

Principal objetivo de deputados é conhecer as ações para a população em situação de rua, para melhor articulação com outros municípios da RMBH.

31/10/2023 - 11:00
Imagem

A Comissão de Assuntos Municipais e Regionalização da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realiza, na segunda-feira (6/11/23), a partir das 15 horas, visita à sede da Secretaria Municipal de Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania de Belo Horizonte, no Centro da Capital. 

O objetivo da visita, requerida pelos deputados Professor Wendel Mesquita (Solidariedade), Leleco Pimentel (PT) e Rodrigo Lopes (União), é debater as políticas públicas locais que o município planeja implementar para a população em situação de rua, bem como as articulações da pasta objetivando ações integradas com outros municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). 

Botão

Acompanham os parlamentares na visita a representante do Polo Moveleiro, Eliana Reis, e o membro da Comissão do Movimento Belo Horizonte Cidadania Efetiva, Carlos Roberto de Sá. 

O Censo Pop Rua 2022, realizado pela Prefeitura de Belo Horizonte em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e apresentado em fevereiro deste ano, revelou que atualmente Belo Horizonte tem 5.344 pessoas em situação de rua, das quais 58,5% não são da capital: 34,5% vieram de cidades do interior de Minas Gerais, 23,2% de outros estados e 0,8% de outros países. 

A grande maioria das pessoas em situação de rua são homens (84%) com média de idade de 42,5 anos, enquanto as mulheres representam 16% e têm em média 38,9 anos. 82,6% são pardos ou pretos

O levantamento, que está em sua quarta edição, foi realizado entre os dias 19 e 21 de outubro de 2022 por uma equipe de 300 pesquisadores, nas nove regionais de BH. O objetivo foi levantar não só o número dessa população, mas o que a levou a viver dessa forma e quais as perspectivas de futuro. Foram ouvidas pessoas nas ruas, abrigos, restaurantes populares, praças e terrenos baldios, entre outros locais.

Entre as 5.344 pessoas apontadas pelo Censo Pop, 2.507 responderam às perguntas dos pesquisadores. Destas, 36,7% dos entrevistados relataram que foram para as ruas em razão de problemas familiares. Outros problemas citados foram o uso de álcool e drogas (21,9%) e o desemprego (18%). Entre aqueles que não responderam ao censo, as principais razões foram sinais de ebriedade ou intoxicação (20,96%) e recusa (19,44%). 

Sair das ruas é o desejo de 91,4% daqueles que hoje vivem essa realidade, mas esbarram na falta de moradia (55,3%) e de acesso a um trabalho assalariado (55%). Para 27%, tornar-se beneficiário de programas de transferência de renda seria um mecanismo para deixar as ruas, enquanto 17% acreditam que poderiam ter uma nova vida com educação ou formação profissional e 14,8% a partir de cuidados com a saúde.

Comissão de Assuntos Municipais e Regionalização - debate sobre a instalação de um albergue no bairro Floresta, em BH

Receba as notícias da ALMG

Cadastre-se no Boletim de Notícias para receber, por e-mail, as informações sobre os temas de seu interesse.

Assine