Para marcar o Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realiza na próxima quinta-feira (13/3/25), a partir das 9 horas, o Ciclo de Debates Mulheres e Emergências Climáticas: Protagonismo, Construção da Resiliência e Justiça Climática.

O evento, que integra a programação do Sempre Vivas de 2025, vai ocorrer no Auditório José Alencar. Entre outros aspectos, serão discutidos os impactos das mudanças climáticas para as mulheres, bem como seu papel na conservação ambiental, além de medidas de mitigação e adaptação às mudanças climáticas.

As atividades ocorrem durante o dia todo e contam com a participação de parlamentares, especialistas e lideranças de movimentos sociais ligados ao assunto.

Interessados em participar do ciclo de debates podem se inscrever pelo Portal da Assembleia, na página da programação do evento. 

Programação

A mesa de abertura começa às 9 horas. Na sequência, às 10h30, a diretora-executiva do Centro Brasileiro de Justiça Climática, Andréia Coutinho Louback, realiza a palestra magna. Ela é mestre em relações étnico-raciais pelo Centro Federal de Educação Tecnológica do Rio de Janeiro (Cefet/RJ) e jornalista pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Depois, vão ocorrer os debates e o intervalo.

Na parte da tarde, acontecem dois painéis. O primeiro, às 14 horas, trata do tema “Mulheres no contexto da crise climática: dos impactos sofridos ao seu papel primordial na conservação ambiental”.

As convidadas são:

• Mariza Rios - doutora em direito pela Universidade Complutense de Madrid e professora de mestrado e doutorado em direito ambiental e desenvolvimento sustentável da Escola Superior Dom Helder Câmara. Líder do Grupo de Pesquisa Direitos da Natureza e Educação Ecológica e membro do Grupo de Pesquisa Estratégico da Pan-Amazônia.
• Sônia Dias - doutora em ciências políticas pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e especialista em resíduos sólidos pela Universidade de Kitakyushu (Japão). Pesquisadora e ativista dos movimentos de catadores. Especialista global em Resíduos Sólidos da Women in Informal Employment Globalizing and Organizing (Wiego).
• Maria Auxiliadora Pereira Figueiredo - engenheira florestal e professora na área de ecologia florestal no Instituto de Ciências Agrárias da UFMG.

Já o segundo painel, às 15 horas, vai abordar o tema “Mulheres e justiça climática: demandas por reconhecimento, representação, reparação e redistribuição”.

São convidadas:

• Andréa Zhouri - professora titular aposentada da UFMG, doutora em sociologia pela Universidade de Essex (Inglaterra), mestre em antropologia pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e pesquisadora do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
• Janaina Mendonça - bióloga com MBA em gerenciamento de projetos e mestre em tecnologia, ambiente e sociedade pela Universidade Federal dos Vales Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM). Atua em projetos e ações de conservação e restauração ecológica e desenvolvimento sustentável de territórios do poder público estadual.
• Maria Teresa Corujo - ambientalista e educadora ambiental, integrante do Movimento pelas Serras e Águas de Minas Gerais (MovSAM) e do Movimento pela Preservação da Serra do Gandarela.

Iluminação

Outra iniciativa para marcar o Dia internacional da Mulher é a iluminação na cor lilás da fachada do Palácio da Inconfidência, sede do Parlamento, e do Espaço Democrático José Aparecido de Oliveira desta sexta (7) até a próxima quinta (13).

Sempre Vivas

O Sempre Vivas é uma iniciativa da ALMG, por meio da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, em parceria com coletivos, entidades e órgãos ligados à pauta feminina.

Presidenta da comissão, a deputada Ana Paula Siqueira (Rede) destaca a importância da iniciativa.

A parlamentar ainda enfatiza o papel central das mulheres no enfrentamento à crise climática, tema do Sempre Vivas deste ano.

“Nós, mulheres e meninas, especialmente as que estão em situação de vulnerabilidade - seja por classe social, cor da sua pele ou pelo simples fato de ser mulher -, somos as primeiras a sofrer os impactos das mudanças climáticas, desde a insegurança alimentar até os desastres naturais que já ceifaram tantas vidas no nosso Estado e no País”, afirma.