A Comissão de Cultura da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realizará, na quarta-feira (16/4/25), às 16 horas, no Auditório José Alencar, uma reunião especial para homenagear a Charanga do Galo, grupo musical formado por torcedores do Clube Atlético Mineiro.

A cerimônia foi um pedido da vice-presidenta da comissão, deputada Andréia de Jesus (PT), que também prestará uma homenagem póstuma ao trombonista José Ferreira Veloso, um dos primeiros integrantes do conjunto, falecido em dezembro de 2024, aos 82 anos.

Na ocasião, serão entregues diplomas de votos de congratulações aos membros da Charanga, por sua relevante contribuição à cultura desportiva e musical do Estado ao longo dos últimos 55 anos.

Para a deputada Andréia de Jesus, a cerimônia é uma homenagem a quem constrói a cultura de Minas Gerais com paixão e comprometimento. “Um gesto de reconhecimento da potência que vem das periferias, da união entre futebol e arte, da história que o povo mineiro escreve com batuques e sopros de luta e alegria”, afirma.

Trajetória de resistência cultural e amor ao futebol

A Charanga do Galo nasceu de um grupo de atleticanos integrantes da escola de samba Surpresa, no Bairro Lagoinha, em Belo Horizonte, em 1966.

Desde então, a banda musical acompanhou o Atlético Mineiro por todos os seus estádios - do Campo de Lourdes à Arena MRV, se tornando um ícone dos jogos na Capital mineira, quando ocupa a arquibancada e embala a massa atleticana com o hino do clube.

Em 2016, a Charanga celebrou 50 anos de atividade e, mesmo após quase seis décadas, segue firme, sendo considerada a mais organizada do país. É também a banda oficial da tradicional Banda Mole de Belo Horizonte, onde atua desde 1975 com o nome “Banda do Bororó”.

A memória de José Ferreira Veloso será homenageada por ser ele considerado um dos pilares da Charanga, presente desde seus primeiros passos. Trombonista de talento, Veloso era muito mais do que um músico para o grupo: era um amigo leal, figura essencial na montagem da equipe e organização logística da Charanga.

A cerimônia na ALMG deve reunir familiares, músicos, torcedores e autoridades para reverenciar essa trajetória única que une música, futebol, identidade popular e resistência cultural.