No mês mundial de combate ao câncer de próstata, o chamado Novembro Azul, a Comissão Extraordinária de Prevenção e Enfrentamento ao Câncer promove audiência pública sobre o tema. Solicitada pelo deputado Elismar Prado (Pros), presidente da comissão, a reunião será nesta quinta-feira (9/11/23), às 9 horas, no Plenarinho II da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

A finalidade da audiência é debater a saúde do homem, a qualidade de vida e o câncer de próstata. No requerimento para a reunião, o parlamentar destaca que mulheres e homens possuem peculiaridades quanto aos cuidados de saúde, sendo que estes últimos se dedicam menos ao tema. “A falta de cuidados, preconceito, vergonha e outros tantos problemas impedem que seja diagnosticado e enfrentado o câncer de próstata”, afirma.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de próstata é a segunda causa de óbitos pela doença em homens (28,6% dos casos), sendo superado apenas pelo de pulmão. A entidade estima 72 mil casos novos da doença por ano até 2025. No Brasil, um homem morre a cada 38 minutos devido ao câncer de próstata.

Na fase inicial, o câncer de próstata não apresenta sintomas e, quando alguns sinais começam a aparecer, cerca de 95% dos tumores já estão em fase avançada, dificultando a cura. Alguns fatores de risco da patologia são: o histórico familiar de câncer de próstata (quando pai, irmão ou tio já apresentaram a doença), raça (homens negros têm maior incidência desse tipo de neoplasia) e obesidade.

Prevenção

Como esse tipo de neoplasia é assintomático no início, é fundamental o diagnóstico precoce. Mesmo na ausência de sintomas, homens a partir dos 45 anos com fatores de risco, ou 50 anos sem estes fatores, devem ir ao urologista para fazer o exame de toque retal, que permite ao médico avaliar alterações da glândula, e o exame de sangue PSA (antígeno prostático específico). Cerca de 20% dos pacientes com câncer de próstata são diagnosticados somente pela alteração no toque retal.

Comissão extraordinária

Com início de atividades em 9 de março deste ano, a Comissão Extraordinária de Prevenção e Enfrentamento ao Câncer foi criada para discutir soluções para diversos problemas envolvendo a doença. São eles: crescente incidência de câncer no Brasil; necessidade de ampliar o acesso a exames de diagnóstico precoce, aos quimioterápicos e a novos medicamentos; oferta insuficiente de ações de reabilitação e cuidado paliativo para o paciente, bem como de serviços de oncologia habilitados no Sistema Único de Saúde (SUS); e disparidade na distribuição territorial dos serviços no Estado.

A comissão ainda foca sua atuação no acompanhamento e cumprimento das normas em vigor que tratam dos prazos para realização de exames para a confirmação do câncer e para o início do primeiro tratamento.

Para a reunião desta quinta-feira (9), foram convidados representantes do Ministério e da Secretaria de Estado da Saúde, além de membros da Sociedade Brasileira de Urologia, do Instituto Lado a Lado pela Vida e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Minimamente Invasiva e Robótica (Sobracil).