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CCJ inicia discussão de projetos que alteram alíquotas do Ipsemg e do IPSM

Oposição utilizou instrumentos regimentais para obstruir o avanço das matérias, que serão tema de discussões mais aprofundadas na ALMG.

07/05/2024 - 15:30
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Os dois projetos do governador Romeu Zema (Novo) que alteram as alíquotas de contribuição para os institutos de previdência dos servidores do Estado (Ipsemg) e dos servidores militares (IPSM) começaram a tramitar nesta terça-feira (7/5/24), na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

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O presidente da comissão, deputado Arnaldo Silva (União), acordou com o líder de Governo, deputado João Magalhães (MDB), novas discussões sobre as proposições, para que os parlamentares possam debater com maior profundidade a repercussão das propostas do governo.

A ideia é envolver os servidores impactados e representantes do governo nas discussões, em um “trabalho saudável, democrático e respeitoso”, como definiu Arnaldo Silva.

Durante a reunião, diversos deputados contrários aos projetos se utilizaram de instrumentos regimentais para obstruir o avanço das matérias: o Projeto de Lei (PL) 2.238/24, que trata do Ipsemg Saúde, e o PL 2.239/24, o qual dispõe sobre a proteção social dos militares.

A deputada Beatriz Cerqueira (PT), por exemplo, citou a necessidade de abertura de diálogo com os sindicatos. Os dois institutos são conquistas importantes dos servidores e têm importância vital na sua vida e de seus familiares, destacou.

Os deputados Sargento Rodrigues (PL), Lucas Lasmar (Rede) e Professor Cleiton (PV) apontaram possível vício de inconstitucionalidade nas proposições, por alterarem disposições de leis complementares, o que exigiria a apresentação de projetos de lei complementar, e não ordinária.

Especificamente sobre o IPSM, Sargento Rodrigues acredita que a proposta do governo pode inviabilizar a instituição

Citação

“É estado mínimo no ‘lombo’ do povo e máximo para os amigos do rei”, complementou Professor Cleiton.

Sargento Rodrigues repercutiu entrevista do governador na qual ele critica uma “casta de privilegiados” no serviço público e recomenda que os insatisfeitos sigam para a iniciativa privada. “O governador debocha dos servidores”, concluiu.

O deputado Caporezzo (PL) lembrou que o risco de vida é inerente ao trabalho diário das forças de segurança, cujos profissionais ao menos contavam com a proteção das suas famílias, agora em risco pelas mudanças sugeridas no IPSM, na sua opinião.

Relator do projeto sobre o instituto dos militares na CCJ, o deputado Charles Santos (Republicanos) salientou sua admiração pelos servidores públicos, para garantir um relatório independente, fruto tão somente de suas convicções pessoais sobre a proposta do governo.

Mudanças nas alíquotas

Lista

O PL 2.238/24 mantém a contribuição mensal de servidores na ativa, aposentados e pensionistas de 3,2% da remuneração para terem direito a assistência médica, hospitalar, farmacêutica e odontológica pelo Ipsemg, mas atualiza os valores mínimo e máximo descontados dos contracheques. O piso de contribuição passaria de R$ 33,02 para R$ 60, enquanto o teto seria reajustado de R$ 275,15 para R$ 500.

O projeto também acaba com a isenção dos filhos menores de 21 anos, que passam a pagar o piso, e amplia a assistência aos filhos dependentes para até os 38 anos de idade (antes de 35 anos), aumentando sua contribuição de R$ 60 para R$ 90. Além disso, é criada uma alíquota adicional de 1,2% para beneficiários com idade igual ou superior a 59 anos.

Já o PL 2.239/24 institui para o militar, ativo ou inativo, e o pensionista a alíquota de 3% e, para o Estado, de 1,5%, para o custeio da assistência à saúde. A proposição ainda mantém, para o custeio das aposentadorias e pensões, a contribuição de 10,5%, já descontada atualmente da folha de pagamentos e questionada pelos militares, que contribuíam com 8% antes de alterações na legislação federal.

Comissão de Constituição e Justiça - análise de proposições
“O governo está jogando uma pá de cal no IPSM, enquanto oferece isenções bilionárias para os amigos. Se precisar acampar na porta do governador, nós vamos acampar.”
Sargento Rodrigues
Dep. Sargento Rodrigues

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