A Comissão de Saúde receberá gestores públicos e especialistas para debater a realização de mamografias no Estado. O fluxo de realização do exame, o cenário da reconstrução mamária e a implementação de lei sobre o tema serão pautas da reunião. O objetivo é agilizar o exame e alcançar o diagnóstico precoce do câncer de mama.

A audiência será nesta terça-feira (16/7/24), às 14 horas, no Auditório José Alencar da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), a requerimento dos deputados Arlen Santiago (Avante) e Doutor Wilson Batista (PSD), respectivamente presidente e vice da comissão. O secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, tem presença confirmada.

De acordo com Arlen Santiago, houve uma piora no cenário da mamografia e das biópsias, com impacto no diagnóstico precoce do câncer de mama, essencial para a cura da doença.

Uma das razões seria a defasagem da tabela do Sistema Único de Saúde (SUS) para os procedimentos. “Hoje o SUS paga R$ 100 reais pela biópsia, mas só a agulha custa R$ 140. É impossível sobreviver com essa sistemática do governo federal”, critica o parlamentar.

Arlen Santiago vai reivindicar ao governo de Minas que trabalhe para acelerar e desburocratizar a realização das mamografias. Segundo ele, o Estado coloca dinheiro nas cirurgias por meio dos programas Valora Minas e do Opera Mais, para complementar a tabela do SUS. “Que coloque também nas cirurgias oncológicas, que estão deficitárias”, completa.

A reunião também vai tratar da implementação da Lei 22.290, de 2016, que traz diretrizes para o monitoramento da qualidade dos exames de mamografia no Estado. A norma se originou a partir de projeto de lei do deputado Doutor Wilson Batista.

Além de Fábio Baccheretti, vários secretários municipais de saúde confirmaram presença na audiência, entre os quais o presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Minas Gerais (Cosems/MG) e secretário de Berizal (Norte), Edivaldo Farias da Silva Filho. Também estarão presentes representantes da categoria dos médicos.