Debater possíveis relações entre o consumo abusivo de álcool e outras drogas e a impulsividade sexual de agressores sexuais e pedófilos, por ocasião do relançamento da Frente Parlamentar Juntos contra a Pedofilia. Essa é a finalidade da audiência pública que a Comissão de Prevenção e Combate ao Uso de Crack e Outras Drogas promove nesta segunda-feira (22/5/23), às 15 horas.

Solicitada pela presidente da comissão, deputada Delegada Sheila (PL), a reunião será realizada no Auditório José Alencar da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

A Frente Parlamentar Juntos contra a Pedofilia foi lançada originalmente em 2019, com a participação de vários parlamentares. Ela tem como objetivo unir forças para o desenvolvimento de políticas públicas e ações específicas de combate à pedofilia.

Futuro das crianças

A deputada Delegada Sheila valorizou o apoio da Casa ao relançamento da frente parlamentar. “Ter a Assembleia Legislativa como apoiadora dessa frente é um prestígio para todos que a compõem”, elogiou.

Na opinião dela, a casa do povo mineiro é também a casa das crianças e dos adolescentes. “Aqui também é o lugar onde eles se sentirão protegidos e representados; unidos nessa missão, buscaremos fazer a diferença para construir um futuro seguro para crianças e adolescentes”, disse.

Estudos 

Alguns estudos realizados no Brasil e mundo afora tem buscado avaliar o consumo de álcool e de outras drogas e a impulsividade sexual entre agressores sexuais. Um deles resultou em tese de doutorado na USP em 2006 e apresentou como conclusões que: o consumo de substâncias psicoativas pode ser um dos fatores de distinção entre molestadores de crianças e agressores sexuais de adultos; e a história de abuso sexual e altos níveis de impulsividade podem estar associados com a repetição do comportamento sexualmente agressivo.

Para a reunião desta segunda-feira (22), foram convidados, entre outros, representantes da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública, da Promotoria de Justiça da Infância e Juventude de Divinópolis, da Polícia Civil, da Igreja Adventista do Sétimo Dia e do Movimento Infância Livre de Abusos.