A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) irá debater, nesta terça-feira (11/7/23), os impactos que o ChatGPT e os chamados chatbots e outros mecanismos de inteligência artificial têm trazido ao ensino e à sociedade, no âmbito do Estado, tendo em vista os alertas que vêm sendo realizados por especialistas a respeito do tema.

A audiência pública, organizada pela Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da ALMG, acontecerá no Auditório do andar SE da Assembleia, a partir das 9h30. O requerimento para sua realização é de autoria da deputada Lohanna (PV).

Segundo a deputada, a nova tecnologia traz mudanças no cotidiano e é preciso estudo e diálogo.

Chatbot é um programa de computador que tenta simular um ser humano na conversação com as pessoas. O ChatGPT é uma ferramenta de inteligência artificial criada no final de 2022 pelo laboratório norte-americano OpenAI. A sigla GPT significa, em inglês, Generative Pre-trained Transformer (Transformador Pré-treinado Generativo).

Até certo ponto, o ChatGPT funciona como outros chatbots: após receber perguntas em linguagem natural, o programa consulta uma base de dados e em seguida fornece uma resposta que tenta imitar o comportamento humano. No entanto, essa nova tecnologia vem chamando atenção pela sua versatilidade, agilidade, pela amplitude de sua base de dados e por uma capacidade maior de detectar perguntas tendenciosas ou enganosas. 

Entre suas múltiplas aplicações, o ChatGPT pode escrever programas de computador, redações e pesquisas estudantis, responder perguntas de exames escolares (frequentemente em um nível acima da média dos estudantes humanos), compor músicas, criar roteiros, ou simular uma sala de bate-papo inteira. 

Atualmente, o acesso ao ChatGPT é gratuito, mas também há planos pagos que incluem serviços mais completos. Para acessar, é preciso entrar no blog do ChatGPT no site OpenAI e realizar um cadastro em inglês. As conversas no chat são armazenadas e podem ser acessadas quando o usuário quiser. 

Foram convidados para o debate especialistas no tema que atuam em Minas Gerais e em outros locais do Brasil, incluindo consultores do corpo técnico da Câmara Federal e do Senado. Também estarão no grupo profissionais e pesquisadores das áreas de comunicação social, linguística, engenharia, sistemas de informação e direito. 

Já confirmaram presença os professores Cristiano de Faria, do Centro de Formação, Treinamento e Aperfeiçoamento da Câmara dos Deputados; Carlos de Brito Dandrea, do Departamento de Comunicação Social da Fafich/UFMG; e Hani Camille Yehia, do Departamento de Engenharia Eletrônica da UFMG. Também a doutora em Linguística Aplicada e professora do Departamento de Linguagem e Tecnologia do Cefet/MG, Ana Elisa Ribeiro.