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Oradores em Plenário

Alta na conta de energia e greve na Uemg são temas tratados em Plenário

Deputados abordaram também a precariedade das estradas em Minas e o combate à criminalidade.

22/05/2024 - 17:40
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A revisão anual de aproximadamente 7% nas contas de energia da Cemig foi criticada pelo deputado Elismar Prado (PSD) na tribuna do Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), durante Reunião Ordinária nesta quarta-feira (22/5/24). Segundo ele, o reajuste foi aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) nesta terça (21) e vai impactar a vida de todos os mineiros.

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“É um aumento injustificado, quase o dobro da inflação do período, enquanto a Cemig vem batendo recordes de lucro, chegando a R$ 5,8 bilhões em 2023”, afirmou. O parlamentar também criticou a empresa por, segundo ele, não reservar recursos necessários para manutenção de redes e outras obras. “Enquanto isso, o Conselho Administrativo da empresa aprovou pagamento de R$ 3,1 bilhões aos acionistas”, comparou.

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Já o deputado Professor Cleiton (PV) tratou da greve na Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg) e leu um desabafo de um professor da unidade de Campanha (Sul). O texto destaca, entre outros pontos, que a Uemg paga os piores salários entre todas as universidades públicas do País e que as perdas inflacionárias acumuladas desde 2012 chegam a 76%.

Os grevistas cobram, por exemplo, a gratificação por gestão, que não é paga em 13 das 22 unidades da Uemg, conforme o texto. E pedem também melhores salários e plano de carreira para os técnicos e analistas, ampliação do orçamento da universidade e restaurantes universitários.

O deputado Caporezzo (PL) cobrou uma postura mais ativa dos cidadãos no combate à criminalidade, citando experimento social que recentemente ganhou repercussão nas redes sociais simulando o rapto de uma criança no meio da rua. No vídeo, segundo ele, apenas uma mulher, entre várias pessoas que presenciaram a encenação, reagiu contra o falso criminoso. “Nós não podemos mais tolerar a criminalidade, que é um problema crônico do Brasil”, afirmou.

Situação das estradas e cobrança de pedágio geram críticas

Em aparte, a deputada Maria Clara Marra (PSDB) classificou como a “institucionalização de um assalto” as cobranças abusivas praticadas nas praças de pedágio do Estado. Ela citou como exemplo a BR-365, que corta o Alto Paranaíba, na qual existem oito praças de pedágio que cobram tarifas de R$ 12,70. “Foram 627 quilômetros concedidos e apenas 36 deles duplicados. Precisamos investigar esses editais de concessão que vieram para solapar o desenvolvimento da região”, cobrou.

Em aparte anterior sobre o mesmo tema, a deputada criticou o governador Romeu Zema por cancelar viagem a Uberlândia (Triângulo), diante da movimentação do Legislativo e do Ministério Público em relação às concessões na região – o que levou, inclusive, ao indiciamento do ex-secretário de Estado de Infraestrutura, Fernando Marcato. “O governo foi leniente e não exigiu as obras contratuais”, afirmou Maria Clara Marra.

Na mesma linha, o deputado Doutor Jean Freire (PT) convidou todos os parlamentares estaduais e federais que se elegeram com votos do Vale do Jequitinhonha para participar de reunião, na próxima segunda-feira (28), da Frente Parlamentar para Melhoria das Estradas Mineiras. O objetivo, segundo ele, é discutir alternativas para viabilizar obras nas estradas da região, todas em péssimo estado de conservação.

Gustavo Barbosa

Outro tema tratado por parlamentares foi a notícia publicada pela imprensa dando conta de que o ex-secretário de Estado da Fazenda de Minas, Gustavo Barbosa, teria custado aos cofres mineiros R$ 3,4 milhões entre 2019 e 2023. “A remuneração média, acima do teto do funcionalismo e incluindo jetons, era de mais de 53 mil”, afirmou Professor Cleiton.

Barbosa teria sido nomeado, de acordo com Doutor Jean Freire, com o único propósito de implementar a todo custo o Regime de Recuperação Fiscal, independentemente dos prejuízos que isso poderia provocar aos serviços públicos e a todos os cidadãos mineiros.

“O que mais incomoda é a demagogia de um governo que falou que seus secretários trabalhariam de graça e que o governador doaria seus salários”, pontuou. O parlamentar ainda destacou, entre outras comparações, que o valor recebido pelo ex-secretário poderia remunerar, no mesmo período, 1.274 professores no Ensino Básico, profissional que demoraria 106 anos, com sua remuneração média atual, para ganhar o mesmo valor.

Leleco Pimentel (PT) também se referiu ao ex-secretário Gustavo Barbosa e afirmou que “há muita coisa escondida” na sua demissão. “Zema é uma vergonha. Nega a política para fazer política”, completou.

O deputado também lembrou o Dia do Apicultor, celebrado nesta quarta-feira (22). Ele salientou o quanto a polinização feita pelas abelhas beneficia outras lavouras, como a de arroz, impactada pelas cheias no Rio Grande do Sul.

Em aparte, a deputada Andréia de Jesus (PT) voltou a denunciar o projeto Apolo, da mineradora Vale. Segundo ela, a mina impacta a Serra da Gandarela, próximo a Belo Horizonte, com risco para o abastecimento de água da Capital.

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