DEPUTADO CAPOREZZO (PL)
Discurso
Legislatura 20ª legislatura, 3ª sessão legislativa ORDINÁRIA
Publicação Diário do Legislativo em 04/04/2025
Página 23, Coluna 1
Indexação
18ª REUNIÃO ORDINÁRIA DA 3ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 20ª LEGISLATURA, EM 2/4/2025
Palavras do deputado Caporezzo
O deputado Caporezzo – Boa tarde, presidente. Boa tarde, colegas deputados estaduais. Quero, neste dia tão importante, Dia Mundial de Conscientização do Autismo, lembrar o quanto realmente cada vez mais pessoas são diagnosticadas com essa situação e que eu estou à disposição, na condição de deputado estadual, para sempre votar em apoio à causa autista. Está bem? Isso é extremamente importante para mim.
Surpreendeu-me uma postura, totalmente injustificável, um absurdo praticado pelo ministro Alexandre de Moraes, que, agora, pediu que a PGR julgue se é procedente um pedido de prisão do presidente Jair Bolsonaro. Esperem um pouquinho. O STF já tinha falado que não existia necessidade disso, que o presidente Bolsonaro veio dos Estados Unidos para o Brasil, que em momento nenhum deixou de responder a qualquer questionamento do Poder Judiciário e que não existe qualquer indício de que ele não vai esperar – até porque é inocente – o julgamento desse caso absurdo.
Esse caso corre 14 vezes mais rápido do que o mensalão, 10 vezes mais rápido do que o petrolão – digo: que a Lava Jato. Isso veio depois de três sessões extraordinárias do STF em menos de 24 horas. Olhem, em 1988, o STF já julgou mais de 5 milhões de ações. Sabem qual foi a vez em que ocorreram três sessões seguidas em 24 horas? Nunca; só para o presidente Bolsonaro. Eu pergunto o porquê dessa pressa toda. Lembro que esse mesmo tempo é diferente para um outro ex-presidente, Fernando Collor de Mello, que foi acusado na Lava Jato em 2017 e que está livre até hoje, mesmo já havendo a condenação. Então, para ele, o prazo segue comum; para o Bolsonaro, não. Pela primeira vez, o STF julga políticos que não estão no exercício do mandato. O local de julgamento seria a 1ª instância.
Sou formado em direito, sou advogado, eu tenho carteira da OAB. Não existe delação premiada que fundamente a ação penal, porque, na lei, a delação premiada só pode servir quando está repleta de provas, e não existe nenhuma prova de categoria primária relacionada à delação de Mauro Cid com a pessoa de Jair Bolsonaro. Então todo esse processo é injustificável, é um absurdo. Agora é interessante que o ministro Alexandre de Moraes poderia tranquilamente ter arquivado, de pronto, o pedido desses vereadores, mas não o fez. O que ele realmente quer, na minha concepção, como ele já demonstrou no caso da Débora, é trabalhar na base do sadismo. É isso o que eu vejo.
Chamou-me muito a atenção, para minha grande alegria – fiquei muito feliz –, a repercussão que a mídia deu a uma pesquisa eleitoral que colocou o meu nome para o Senado Federal. Notícia do Jornal de Patrocínio: “Caporezzo se destaca em pesquisa para o Senado de Minas Gerais”. O Regionalzão diz que Caporezzo se destaca em pesquisa. O Diário de Contagem diz: “Deputado Caporezzo, de Minas Gerais, surpreende em pesquisa para o Senado”. E a V9, do SBT, a Vitoriosa noticia: “Pesquisa mostra cenário indefinido na disputa pelo Senado em Minas; Caporezzo surpreende e aparece bem cotado no levantamento”. É lógico que eu fico feliz, fico muito grato pela confiança do povo de Minas Gerais. Apareci à frente de diversos deputados federais, de um ministro do governo Lula, de dois presidentes de partidos políticos no Brasil. O meu nome já aparece na frente dos nomes deles, mesmo que, até o presente momento, eu nunca tenha falado, em local nenhum, que sou pré-candidato ao Senado. Ninguém nunca me ouviu falar isso aqui. Então por que o povo está apoiando o meu nome? Porque eu falo aquilo em que as pessoas acreditam. Eu defendo o que elas acreditam. Eu não falo que luto por Deus, pela pátria, pela família e pela liberdade da boca para fora. Eu vivo isso no meu mandato todos os dias.
Para responder às diversas perguntas que recebi com relação ao Senado Federal, vou só reafirmar a minha posição: sou pré-candidato a deputado federal. A decisão para escolher o próximo senador ou candidato ao Senado pelo PL está nas mãos de Jair Bolsonaro e de ninguém mais, porque é o presidente Bolsonaro que detém o capital político dentro do PL, que evidentemente é um partido que mudou completamente depois da chegada dele. É o partido que se tornou o maior do Brasil, e o próprio presidente Valdemar sempre repete que deve isso a Jair Bolsonaro.
Acho interessante que há outros políticos que estão falando: “Ah, eu sou o candidato ao Senado, porque eu vou ser o escolhido”. Não depende de você! Isso depende do Bolsonaro. Você não está falando isso com autorização do presidente. Então vamos respeitar a liderança, pessoal, e apenas fazer o nosso trabalho. Vejo essa questão do Senado com uma grande responsabilidade, principalmente diante da decadência, hoje, do Poder que assombra o Brasil com a sua interferência em todas as áreas e, principalmente, no Poder Legislativo. Refiro-me à interferência do Poder Judiciário e à perigosa pauta woke, que ameaça a família. Então, caso o Bolsonaro ache que eu deva ser o escolhido, tenham a certeza de que vou servir e assumir essa responsabilidade com muita cautela e muita coragem, mas – repito – essa decisão não é minha. Essa decisão é de Jair Bolsonaro, e vou seguir como pré-candidato a deputado federal. A direita vive em Minas Gerais! Obrigado, presidente.