15ª REUNIÃO ORDINÁRIA DA 3ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 20ª LEGISLATURA, EM 25/3/2025

Palavras da deputada Lohanna

A deputada Lohanna – Boa tarde à presidenta, aos nossos colegas deputados presentes, aos servidores da Casa e, muito especialmente, às servidoras da Casa, que são tantas e tão competentes.

Na condição de líder da bancada feminina, eu não poderia deixar de vir à tribuna antes do encerramento deste mês, que tradicionalmente se dedica à celebração das nossas mulheres e à reflexão sobre elas. Sabendo, deputada Carol, que esta Casa é essencialmente política, venho falar do ponto de vista de quem é mulher e parlamentar. O que quero dizer cabe em dois pontos.

Em primeiro lugar, naturalmente, quero parabenizar todas as colegas, especialmente as mineiras. Não existe jeito melhor de parabenizá-las do que fazê-lo na pessoa das nossas colegas deputadas, que representam, nesta Casa, as mulheres do nosso estado. Essa bancada feminina, com extraordinária vontade de trabalhar, poderia receber muitos adjetivos, mas não há adjetivação melhor do que dizer o nome de cada uma delas, que já se tornaram um símbolo de bom trabalho na política do nosso estado: deputada Amanda Teixeira Dias, deputada Ana Paula Siqueira, deputada Andréia, deputada Beatriz, deputada Bella, deputada Carol, deputada Chiara, deputada Ione, deputada Leninha, deputada Lud, deputada Maria Clara, deputada Marli, deputada Nayara e deputada Sheila. A esses nomes preciso juntar o nome das nossas colegas deputada Alê, temporariamente licenciada para fazer um trabalho importante na Secretaria de Desenvolvimento Social, e deputada Macaé, temporariamente licenciada para fazer um trabalho também importante no Ministério dos Direitos Humanos. Então somo ambas as colegas às demais, cujos nomes pronuncio com o mesmo orgulho. Que esses nomes fiquem mencionados e registrados na história desta Casa.

Neste mês, dedicado às nossas mulheres, mostramos um grupo feminino que o acaso juntou na mesma legislatura desta Casa. Somos as provas vivas da democracia que se faz em Minas em relação às mulheres. Hoje, Carol, somos 15, mas já fomos 11, já fomos 9, já fomos 7. E, pior ainda, já houve momentos em que havia apenas uma de nós por aqui. Espero que, na próxima legislatura, sejamos 18, 20, 15, 30 até que efetivamente possamos atingir uma equidade na representatividade dos gêneros aqui, na Assembleia de Minas. Para que essa ampliação da representação se faça, entendo que não haja melhor impulso do que trabalharmos juntas, aqui e agora, pelas mineiras e pelos mineiros. O trabalho que fazemos aqui já entrou para a história.

Tenho a honra de dizer que, ao assumir a liderança da bancada, comecei a me esforçar para que esse trabalho pudesse acontecer de modo mais rápido e com mais fluidez. Nesse sentido, fizemos um esforço no Colégio de Líderes – por isso quero cumprimentar todos os líderes desta Casa – para dinamizar a pauta dos projetos femininos, com resultados muito práticos. Hoje, na reunião da CCJ, nove projetos de deputadas estavam na pauta. Esse é um movimento importante, considerando que houve reuniões em que havia um projeto de deputada ou dois projetos de deputada ou, eventualmente, nenhum projeto de deputada. A gente precisa mobilizar as nossas pautas em todas as comissões da Casa. Posso adiantar que essas são proposições de altíssimo valor.

É nesse mesmo sentido de valorização do trabalho das mulheres que, daqui a pouco, faremos uma audiência, e quero convidar todos os deputados presentes para participar – deputado Vitório, deputado Ulysses, deputado Cristiano, deputado Grego, deputado Rodrigo, deputado Zé Laviola, deputado Charles, deputado Dr. Maurício. A audiência vai acontecer às 15h30min, na Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, e será feita uma homenagem a várias mulheres indicadas por nossas deputadas em uma iniciativa proposta pela bancada para marcar este mês de março. As homenageadas são diversas, assim como as mulheres que as indicaram: dinâmicas, talentosas, produtivas e criativas em seu propósito e ação. São mulheres que estão escrevendo a história, assim como as deputadas que as indicaram.

Nesta ocasião, tenho, também, um segundo ponto importante para tratar, que diz respeito à nossa proposta para a Bancada Feminina: o princípio da convergência. Uma bancada não se define politicamente pelas naturais divergências de seus membros – o nosso líder, deputado Ulysses Gomes, pode afirmar que o que eu estou trazendo aqui é a verdade –, mas ela se define, sim, por suas convergências. Antes de sermos de um partido ou de outro, somos mulheres, e é isso que nos une; também somos mulheres, acredito piamente, antes de sermos posição ou situação. Existe, sim, uma luta feminina a ser travada em torno de pautas convergentes, porque, afinal de contas, quem aqui não quer paridade de gênero na fixação dos salários, quem aqui não combate as diferentes formas de violência contra a mulher, quem aqui não quer apoiar as mães atípicas e as mães solo, quem aqui não quer mais mulheres tendo a oportunidade de ocupar, por mérito, mais espaços de decisão? Acredito que todas queremos, assim como acredito que todos os homens sérios que nos cercam também querem.

Isso é justo, legítimo e necessário, porque, sem isso, nós não teremos uma sociedade baseada na democracia e no direito. Nós vamos fazer isso no modo como as mulheres fazem: conversando, entendendo, falando e ouvindo. Nesse coro de vozes, na qual a minha voz se junta às vozes das 14 colegas de bancada na Assembleia, vamos continuar dizendo a palavra nova que a sociedade espera das mulheres, e o que ela espera de todas nós, parafraseando Guimarães Rosa, é coragem, coragem de ser mulher e de mostrar que, sim, as mulheres podem.

Parabéns a todas as colegas, a todas as servidoras, as trabalhadoras da casa, as assessoras mineiras e brasileiras, de Norte a Sul e de Leste a Oeste do nosso estado. Que cada mulher e que cada mineira tenha a certeza que aqui, na Assembleia de Minas, existe uma bancada competente de mulheres dispostas a trabalhar por todas nós. Obrigada, presidente.

A presidente – Obrigada, deputada Lohanna, nossa líder da Bancada Feminina, a maior da história desta Assembleia Legislativa. Com a palavra, para seu pronunciamento, o deputado Leleco Pimentel.