Pronunciamentos

DEPUTADO CAPOREZZO (PL)

Discurso

Presta homenagem a Ronald Reagan, ex-presidente dos Estados Unidos, que completaria 114 anos em fevereiro. Critica decisão da Polícia Federal - PF - de intimar o deputado federal Eduardo Bolsonaro por supostas ofensas ao delegado Fábio Alvarez Shor.
Reunião 4ª reunião ORDINÁRIA
Legislatura 20ª legislatura, 3ª sessão legislativa ORDINÁRIA
Publicação Diário do Legislativo em 14/02/2025
Página 15, Coluna 1
Aparteante BRUNO ENGLER
Indexação

4ª REUNIÃO ORDINÁRIA DA 3ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 20ª LEGISLATURA, EM 12/2/2025

Palavras do deputado Caporezzo

O deputado Caporezzo – Boa tarde, presidente. Boa tarde, colegas deputados estaduais. A liberdade individual depende de manter o governo sob controle. Ou você controlará o seu governo, ou o governo o controlará. Por quê? O preço da liberdade pode ser alto, mas ele nunca será tão caro quanto a perda da liberdade. Essas palavras foram proferidas pelo grande Ronald Reagan, que foi um dos melhores presidentes da história dos Estados Unidos.

Na semana passada, dia 6 de fevereiro, foi comemorado o seu aniversário de 114 anos. Ele já faleceu, de Alzheimer, e deixou uma história marcante na luta pelos nossos valores. Não são apenas os valores dos Estados Unidos, mas, sim, de toda a sociedade ocidental.

Todo mundo sabe da decadência que Hollywood tem enfrentado, transformando-se em um antro de esquerdismo, um antro de hedonismo, é realmente um berço da cultura woke – é terrível o que está acontecendo. Foi lá que Ronald Reagan, na década de 1940, iniciou a sua carreira como ator. Foi um ator de sucesso, atuou em mais de 50 filmes e interrompeu a sua carreira para trabalhar, para servir o seu país na Segunda Guerra Mundial. E é interessante porque ele presenciou a estratégia soviética de subversão, que foi tão bem descrita por Yuri Bezmenov, um ex-agente russo da KGB que explicou como eles utilizavam a estratégia cultural para transmitir os valores do regime soviético durante a Guerra Fria. Ele combateu isso em Hollywood e, mais ainda, na condição de presidente, porque ele foi o presidente responsável pela queda do muro de Berlim e pela queda da União Soviética. Ele dizia: “Um comunista é alguém que lê Marx e Lenin, ao passo que um anticomunista é alguém que entende Marx e Lenin”. E ele acreditava que a melhor maneira de julgar os programas sociais, abre aspas, “não é por quantas pessoas estão neles, mas, sim, pela quantidade de pessoas que estão saindo deles”. Reagan acreditava que, quando uma empresa ou um indivíduo gasta mais do que fatura, vai à falência. Quando o governo faz, ele lhe envia a conta; e quando o governo faz isso por muito tempo, a conta vem de duas maneiras: maiores impostos e inflação. Não se engane sobre isso. A inflação é um imposto e não um acidente.

Quanta sabedoria nós precisamos ter! Precisamos relembrar principalmente esses dias funestos que o Brasil tem vivido na administração Lula e “Taxad”. Ele falava: “As pessoas que pensam que um aumento de impostos curará a inflação são as mesmas que acreditam que outra bebida curará uma ressaca”. Esse grande homem lutava pela diminuição dos impostos, entendia-se como um discípulo de Cristo, defendia a liberdade, tinha paixão pela sua pátria, era um guardião da família. Qualquer semelhança com um certo “ex” mais amado do Brasil, podem ter certeza, não é coincidência.

Eu poderia ficar horas aqui falando a respeito dos grandes feitos e das grandes falas de Ronald Reagan. E Reagan, como qualquer ser humano, não era perfeito, mas, como sempre digo, nós somos governados por pessoas que erram e acertam. Quanto mais eu entendo de política, mais concordo que ela é a arte do possível.

Eu tenho muito o que fazer e entregar para o povo mineiro, pois sou servo da população e não senhor. E quero que vocês saibam que sigo me inspirando em exemplos como o do grande Ronald Reagan, que dizia: “Se mais governo é a resposta, então a pergunta foi realmente estúpida”. Nós não precisamos de um governo maior; precisamos de um povo maior. Espero que, mais uma vez, tenhamos lembrado às pessoas que o homem não é livre, a menos que o governo seja limitado. Há uma causa e um efeito claros aqui, que são tão claros e previsíveis quanto uma lei da física: conforme o governo se expande, a liberdade se contrai. Ronnie, que o seu legado seja combustível para a nossa geração e que tenhamos a nobreza e a bravura para seguir lutando por aquilo que existe de mais precioso: a nossa liberdade.

Por falar em liberdade, é simplesmente um absurdo o que aconteceu com o deputado federal Eduardo Bolsonaro, que é um símbolo de força na luta contra a opressão que temos enfrentado por parte do Poder Judiciário. Ele foi intimado por ter chamado um delegado da Polícia Federal de cachorrinha do Moraes ou putinha do Moraes. Mas ele próprio já falou que se arrependeu de fazer isso, porque é uma ofensa contra as putas e contra os cachorros. Então onde fica o crime? Vamos lembrar aqui o que está escrito na Constituição Federal, que infelizmente muita gente tem esquecido. Está lá no art. 53: “Os deputados e senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos”. Quaisquer. Não cabe interpretação do STF aqui, não cabe súmula; cabe a letra da lei. Nós não podemos defender uma democracia sem liberdade de expressão, porque a liberdade de expressão é condição sine qua non para a existência de qualquer democracia no mundo.

Então nós temos hoje, ocupando a presidência dos Estados Unidos, um homem que é um grande defensor da liberdade: Ronald Reagan. Ronald Reagan, não. Meu Deus do céu, eu confundi tudo aqui: o presidente Donald Trump. Nós temos um homem que é defensor da liberdade, o presidente Donald Trump. Ele já está balançando as estruturas globais. A guerra da Ucrânia está prestes a acabar. O Hamas já recuou, até a China está pisando no freio. Mas a dupla Lula e Moraes continua dobrando a aposta. Qual é a mensagem que o Brasil quer passar para o mundo? Até quando vocês acham que nós seremos respeitados como democracia, atacando a liberdade de expressão? É isso o que o Brasil tem para oferecer diante da sociedade internacional, diante do mundo ocidental – que é o mundo livre?

Ofereço meu total apoio, minha total solidariedade ao deputado Eduardo Bolsonaro, que está, sim, mais uma vez, sendo vítima de perseguição política. Recentemente foi revelado um áudio em que alguém de dentro do gabinete de Alexandre de Moraes falava que o ministro queria criatividade para prender o filho do Bolsonaro. Nós vivemos o sistema judiciário da criatividade, em que o ditador travestido de ministro situa-se na condição de juiz, de vítima e de acusador.

Isso não vai durar para sempre, e nós não vamos aceitar que essa situação perdure.

O deputado Bruno Engler (em aparte) Deputado Caporezzo, quero, primeiramente, parabenizar V. Exa. pelas palavras. Quero pontuar algumas questões importantes que V. Exa. traz no discurso.

Em primeiro lugar, assim como você, quero me solidarizar com o deputado Eduardo Bolsonaro, que, de maneira covarde, está sendo perseguido e censurado. Estão tentando calá-lo como deputado federal. A imunidade parlamentar – muitas vezes ignorada, no nosso país, até por quem deveria ser guardião da Constituição – prevê que os deputados são invioláveis civil e penalmente. Fazendo uso da criatividade, foram perseguir o deputado Eduardo Bolsonaro no âmbito administrativo, em sua função de policial federal. Agora imaginem o absurdo se isso acontecesse aqui, nesta Casa. Esse não é o caso de V. Exa., porque o policial militar vai automaticamente para a reserva, mas imaginem a Polícia Civil perseguir parlamentares como a Delegada Sheila ou o deputado Christiano Xavier por discursos que fazem desta tribuna. Isso é um absurdo, é uma tentativa mesquinha e canalha de limitar o mandato de um parlamentar. A Câmara dos Deputados, como instituição, precisa se posicionar a respeito disso, sob o risco de apequenar-se.

Para encerrar o aparte, deputado Caporezzo, eu só queria complementar que estou vendo muitos colegas da esquerda acharem que o Donald Trump é presidente do Brasil. Eles acham que ele tem que atender aos interesses do nosso país. Aí vêm aqui, cobram o Zema, cobram o Nikolas, cobram você, cobram a mim: “Ah, vocês apoiam o Trump. O Trump está prejudicando o Brasil”. O Trump está fazendo política de acordo com os interesses do país dele, como ele foi eleito para fazer. A culpa não é minha se a gente tem um presidente completamente incompetente, inapto, porque eu não votei em ladrão. Eu votei em Bolsonaro. Então, se o Brasil vai mal, a culpa é daqueles que elegeram o maior corrupto da história deste país para voltar a ocupar o Palácio do Planalto. Muito obrigado, Caporezzo.

O deputado Caporezzo Eu que agradeço o brilhante aparte, deputado Bruno Engler.

Realmente não dá para entender. O Lula foi eleito, mas, ao contrário do presidente Bolsonaro, que sai às ruas e é ovacionado pelo povo, nós temos, hoje, um presidente sem povo. Vá para as ruas, Lula! Mostre a sua popularidade. Vá, só para a gente ver o que vai acontecer. Eu acho isto muito interessante: você falou que, se as pessoas vão ao mercado e as coisas estão caras demais, é só não comprá-las. A Maria Antonieta do século XXI – a Maria Antonieta tupiniquim – falou isso, não é verdade? Mas o povo brasileiro não tem a opção de não pagar os impostos se estiverem caros demais. Logo você, Lula, por meio do incompetente, do inepto Fernando “Taxad”, está funcionando como um vampiro, sugando o sangue dos brasileiros com os impostos.

Nós vamos defender a liberdade do nosso povo. Em 2026, será Bolsonaro presidente mais uma vez. Obrigado. A direita vive em Minas Gerais.