Pronunciamentos

DEPUTADO LELECO PIMENTEL (PT)

Discurso

Critica expressão utilizada por deputada durante pronunciamento.
Reunião 54ª reunião ORDINÁRIA
Legislatura 20ª legislatura, 2ª seção legislativa ORDINÁRIA
Publicação Diário do Legislativo em 12/12/2024
Página 91, Coluna 1
Indexação

54ª REUNIÃO ORDINÁRIA DA 2ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 20ª LEGISLATURA, EM 10/12/2024

Palavras do deputado Leleco Pimentel

O deputado Leleco Pimentel – Presidenta, art. 164, por favor.

A presidenta – Com a palavra, o deputado Leleco Pimentel, que acionou o art. 164 do Regimento Interno, que prevê que há o direito de fala, quando deputado, partido político ou bloco parlamentar for citado.

O deputado Leleco Pimentel – Presidenta Leninha, a estupidez não nos pode tirar a paz. A expressão “capacitista” que… A deputada lacradora já chegou arrasando; ela tem que lacrar porque não tem nem direito à emenda, não é? Até há poucos dias… A deputada Alê traz um alento, é uma pessoa propositiva e que está a contribuir aqui, nesta Casa, presente conosco trazendo a sua serenidade. Mas, infelizmente, ela não é seguida pela sua suplente. No dia em que a humanidade comemora os 76 anos da Declaração dos Direitos Humanos, ela, que faltou à aula de história, quer atacar as pessoas que têm deficiência – “capacitista” – e, depois, atacar a inteligência. Ela continua sem ter ido às aulas de história repetindo questões anacrônicas com uma desfaçatez que a coloca numa condição jocosa. Eu acho que as pessoas não levam a sério uma pessoa que sobe ao Plenário de uma Assembleia Legislativa para vomitar tantos atos de violência.

Num dia como hoje, quero dizer a ela que não foram, de forma alguma, os petistas que desejaram a morte de alguém. Quem tramou para matar o Lula envenenado e que está na luz do dia – e tem feito um bom trabalho o STF – é justamente o inelegível Bolsonaro junto com alguns coronéis e alguns da mais alta patente do Exército presos. Por quê? Porque iam tentar matar até dezembro, mas não conseguiram, não tiveram êxito e, ainda assim, alimentaram a violência até o dia 8 de janeiro. Esse é um ato que entra na história como uma tentativa de golpe que levou à morte pessoas, pensadores e cépticos até hoje, como a deputada que me antecedeu, inclusive aquele que explodiu bomba contra o próprio corpo em frente ao Supremo Tribunal Federal. Não é possível que continuemos a admitir discursos de ódio, sobretudo, neste dia tão importante para nós. Eu não gastarei nem uma vírgula da minha paz com essa pessoa que procura a todos violentar, inclusive, violentar a nossa inteligência, porque quanto à incapacidade de compreensão de ler um bom texto ou de trazer algum tema importante para a sociedade mineira, sei que isso já está superado. Agora tirar a nossa história, tirar a nossa consciência, isso não fará jamais.

Presidenta, agradeço. Eu não tomei o art. 164 para devolver a palavra a quem quer continuar a proferir palavras de violência. Agradeço e aqui terei o mesmo compromisso para que continuemos na normalidade e com respeito, sobretudo, sob a sua presidência, que é uma mulher negra, de garra. Infelizmente, não basta ser mulher. Alguém que continua a fazer tanta violência ao utilizar-se da fala, eu não sei, mas parece que precisa ler a Declaração dos Direitos Humanos, voltar a uma leitura de 76 anos atrás para quem sabe, assim, não precisar passar vergonha no Plenário.

A presidenta – Com a palavra, para seu pronunciamento, o deputado Cristiano Silveira.