Pronunciamentos

DEPUTADO CAPOREZZO (PL)

Discurso

Critica a proposta de redução de jornada de trabalho semanal no Brasil (fim da escala 6x1).
Reunião 47ª reunião ORDINÁRIA
Legislatura 20ª legislatura, 2ª sessão legislativa ORDINÁRIA
Publicação Diário do Legislativo em 14/11/2024
Página 51, Coluna 1
Indexação

47ª REUNIÃO ORDINÁRIA DA 2ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 20ª LEGISLATURA, EM 12/11/2024

Palavras do deputado Caporezzo

O deputado Caporezzo – Boa tarde, presidente. Boa tarde, colegas deputados estaduais. É simplesmente inacreditável. Como existem pessoas ludibriadoras, enganadoras, extremamente maus-caracteres ou burras dentro da política brasileira, já que essa discussão que está sendo feita a respeito de uma escala a 6x1 no Congresso é de uma barbaridade e de uma burrice econômica sem tamanho! As pessoas querem aprovar isso no Brasil e depois imigram lá para os Estados Unidos, onde não tem esse tipo de regulação. Qualquer pessoa que estuda o mínimo de economia sabe que isso gera desemprego.

E o interessante é a maneira como está posto aqui no projeto. Eu vou ler o projeto: “XIII – duração do trabalho normal não superior a 8 horas diárias e 36 horas semanais”. A pessoa que escreveu isso é tão burra, mas tão burra que não sabe que 8 X 4 é 32, e não 36. A pessoa não sabe o básico de uma operação de matemática do curso primário, mas infelizmente é um deputado e tenta escrever bobagens como essa.

Por qual motivo eu sou contra? A esquerda fala tanto de “fachismo” e não sabe nem pronunciar porque o correto é falar “fascismo”, mas eles falam “fachismo” e se esquecem de que a primeira carta trabalhista da história se chama Carta del Lavoro, de Benito Mussolini. Isso aí é uma máquina de gerar desemprego. Como dizia o grande economista Milton Friedman, não existe almoço grátis. Se você quer ajudar os mais pobres, você precisa interferir o mínimo necessário na economia para que as pessoas tenham a liberdade de negociar como elas pretendem ou não trabalhar. A partir do momento em que você obriga que haja uma escala de quatro dias por semana de serviço, o que você está forçando o empregador a fazer? A reduzir no mínimo 33% do salário da mão de obra qualificada porque ela não vai conseguir suprir a necessidade do serviço. Então o que o empregador vai fazer? Vai contratar outra pessoa e, com isso, não estará tendo a mesma lucratividade, portanto vai reduzir o salário da mão de obra qualificada em 33%, e o novo contratado, que não será, em um primeiro momento, mão de obra qualificada, vai prestar um serviço inferior. E, no final, gente, o que vai acontecer? Vai aumentar o preço do produto, meu Deus do céu! Tem que ser muito burro para não perceber isso. Essa pessoa que acha que está levando vantagem e trabalhando menos ao decorrer da semana vai pagar mais caro por todos os produtos. Não vai haver nenhum produto no Brasil que não vai ter, e muito, seu preço aumentado. Vai disparar a inflação. Isso é o que acontece quando políticos irresponsáveis, que são sanguessugas do Estado, que não geram nenhum benefício para a população, que não sabem o que é você ganhar R$1,00 de trabalho suado, tentam interferir de maneira irresponsável na economia, porque “Nossa, é algo que gera apoio da população você falar que vai reduzir a jornada de trabalho!”.

Também falaram, há algum tempo, que iam criar uma lei para beneficiar as empregadas domésticas. O que aconteceu? Hoje em dia não se contrata mais empregado doméstico no Brasil. Destruíram a profissão com a criação irresponsável dessa lei, interferindo na economia. Hoje, as pessoas só contratam diaristas. Quero ver aprovarem essa lei completamente maluca de uma pessoa que não sabe o básico – e não digo nem o básico da questão econômica, mas do curso primário, já que não sabe fazer uma multiplicação simples da tabela do oito, a multiplicação do oito. Aprovem algo assim e vocês vão ver a devastação na nossa economia. Enquanto isso, esses políticos mentirosos, oportunistas e que têm que vir, não por coincidência, da esquerda vão continuar ganhando votos para destruir o nosso país.

Obrigado, presidente. A direita vive em Minas Gerais.