37ª REUNIÃO ORDINÁRIA DA 2ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 20ª LEGISLATURA, EM 4/9/2024

Palavras do deputado Caporezzo

O deputado Caporezzo – Boa tarde, presidente. Boa tarde, colegas deputados estaduais. É com grande tristeza que falo a respeito do governo Zema, porque votei no governador Romeu Zema e me decepcionei muito. O motivo de eu ter votado em Zema foi ele ter falado que era um representante da direita, mas, para que ninguém diga que estou aqui tentando dividir a direita, o que seria uma grande mentira, vamos escutar da boca do governador o que ele acha a respeito de temas tão importantes como aborto e arma de fogo para cidadão de bem. Escutem. (– Aproxima o celular do microfone para reprodução de áudio.) Nas palavras do governador Romeu Zema, a classe política que se preocupa com temas como aborto e arma de fogo é uma classe que está jogando para a plateia e que está preocupada em apenas manter o poder, enquanto que ele se preocupa com os assuntos reais, com os problemas reais, que é colocar comida na barriga do povo mineiro. Eu já vou falar a respeito desse tema, mas, como eu tenho um livro publicado a respeito do aborto, eu faço questão de salientar: governador, no mundo inteiro, mais de 44 bebês são assassinados todos os anos por causa da mazela chamada aborto. Como cristão, eu tenho, como expoente, Chesterton que dizia o seguinte: “O diabo não vem com a capa vermelha, com dois chifres e um tridente; ele costuma chegar defendendo o aborto”. É por isso, povo mineiro, por essa posição do governador Romeu Zema, que ele nada falou a respeito do assassinato de Vinícius Eduardo em Minas Gerais, a primeira criança morta no Brasil por assistolia fetal, que é quando se aplica uma injeção de cloreto de potássio no coração, o que gera uma morte dolorosa através do infarto do miocárdio. Esse bebê, que tinha sete meses e que foi morto, para o Zema, infelizmente, não é importante, nem mesmo o que nós estamos enfrentando hoje, dentro do cenário latino-americano. Olhem o que o povo venezuelano está passando! Quem, em Minas Gerais, não conhece, em alguma cidade, algum venezuelano que está refugiado e sendo perseguido? Sabem o que Nicolás Maduro fez, Romeu Zema? Ele desarmou aquela população. Na segunda emenda da constituição norte-americana, que foi construída tendo por base uma posição mais conservadora, está escrito o seguinte: “Sendo necessária uma milícia bem ordenada, para a segurança de um estado livre, o direito do povo de manter e portar armas não deve ser violado”. A arma de fogo é pela nossa liberdade; a arma de fogo, onde é liberada, reduz todos os crimes violentos, a começar pelo estupro, porque a mulher consegue vencer a força do homem com o puxar de um dedo. E o senhor acha que isso não é relevante? O senhor não consegue ver o exemplo de que toda a ditadura, antes de ser implementada, a primeira coisa que faz é restringir o acesso às armas de fogo à população de bem? A última barreira para a manutenção da nossa liberdade é a população de bem armada. Quando o poder opressivo do Estado está tão grande, que já não há ninguém para poder se posicionar contra ele, nós precisamos ter a população de bem armada. O líder, o governante que tem medo do povo armado tem sérias tendências ditatoriais. Então é de uma grande tristeza ouvir essas declarações. E eu espero sinceramente que ninguém – já vou concluir, presidente –, ninguém mesmo me acuse aqui de estar dividindo a direita, porque, para o governador, o importante é colocar a comida na barriga do povo. Zema, se isso fosse verdade, o senhor não teria aumentado os impostos em Minas Gerais, impostos sobre produtos básicos como sabonete, shampoo, desodorante, bebidas em geral, com exceção da cerveja. Você aumentou o imposto de tudo nessa área e está falando que se preocupa com os mais pobres? Você fez promessas de campanha falando que jamais iria aumentar imposto, mas nem isso o senhor está fazendo. E ainda vai falar que é mais de direita e que não pode dividir a direita? O senhor é a maior decepção da direita de Minas Gerais. Obrigado, presidente. A direita viva em Minas Gerais.