Pronunciamentos

DEPUTADA ANDRÉIA DE JESUS (PT)

Questão de Ordem

Alerta que o Regime de Recuperação Fiscal, assim como proposto, prejudica servidores públicos de todos os Poderes e impacta a prestação dos serviços públicos aos cidadãos.
Reunião 34ª reunião ORDINÁRIA
Legislatura 20ª legislatura, 2ª seção legislativa ORDINÁRIA
Publicação Diário do Legislativo em 19/07/2024
Página 61, Coluna 1
Indexação

34ª REUNIÃO ORDINÁRIA DA 2ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 20ª LEGISLATURA, EM 17/7/2024

Palavras da deputada Andréia de Jesus

A deputada Andréia de Jesus – Presidenta, obrigada por esta questão de ordem. Quero aproveitar para cumprimentar todos e todas, trabalhadores e trabalhadoras que estão neste Plenário hoje, e dizer, presidenta, que a questão de ordem é para demonstrar que nesta tarde nós saímos vitoriosos, porque, graças à nossa articulação, mas principalmente à sensibilidade do presidente desta Casa em entender que o Judiciário permitiu com que a gente pudesse discutir o Regime de Recuperação Fiscal a partir do recesso, em 1º de agosto, a gente vai poder voltar a esta Casa com fôlego, mas não com um fôlego recente, não é, presidenta? Eu estou no segundo mandato, e, desde o mandato passado, a gente tem-se reunido com mulheres, com trabalhadores da saúde, da educação e servidores dos tribunais para entender os impactos desse regime na vida dos mineiros, daqueles que lavam copo, daqueles que pegam ônibus, daqueles que trabalham inclusive para manter esta Casa. E é importante que a gente tenha prazo, gente. O regime, da forma como está, ataca servidores públicos, servidores públicos desta Casa, servidores públicos de todos os poderes. Nós precisamos apresentar a solução, e isso está sendo construído com o nosso ministro Haddad, está sendo construído com o nosso senador. Nós estamos pedindo prazo, inclusive reconhecendo que o governador falhou em apresentar soluções desde o seu mandato passado porque ele não paga a dívida, mas isso recai sobre os mineiros. Nós estamos falando de não ter concurso público nos próximos nove anos, não ter aumento de salário, reajuste para servidores que hoje nem sequer conseguiram o reajuste digno para suprir a inflação. Nós estamos falando que muitos hospitais podem fechar. Nós estamos falando que não vai ter viatura. A gente está aqui reclamando de viatura, mas já existem policiais que recebem gasolina de fazendeiro para circular no interior. E isso é um dano do Estado, um Estado que não tem compromisso com o policial que morreu, cuja família ficou descoberta. Nós estamos falando, sim, de ideologia. Nós temos lado e nós estamos do lado dos trabalhadores. E esses trabalhadores que estão aqui é que garantem a vida dos mineiros. Nossos filhos precisam de escola. Nossos netos precisam de creche. Nossos pais precisam de saúde. Nossos avós precisam de previdência. E quando a gente discute esse regime, nós sabemos que todas essas gerações vão ser impactadas. É ingênuo alguém vir aqui e tentar transformar isso num palanque, num circo. Aqui é uma Casa que tem compromisso. E por isso eu volto a dizer: parabéns ao presidente da Casa que tomou a decisão correta, ou seja, garantir que até 1º de agosto a gente continue em diálogo com o Congresso, continue em diálogo com o ministro, para que a gente apresente uma solução que não é só para Minas Gerais, gente. O que o Haddad está escrevendo, o que o Pacheco apresentou para o Congresso vai atender outros estados que estão na mesma situação de Minas Gerais, precisando de apoio do governo federal, e terá, pois o presidente Lula tem compromisso com Minas Gerais, como nós que estamos aqui na Casa, hoje, garantindo quórum, quando muitos abandonaram o Plenário. Presidente, obrigada, e vamos seguir com o compromisso para que esse regime seja derrotado, e a gente apresente uma alternativa para que o Estado continue a crescer, pois esse é o nosso compromisso.