Pronunciamentos

DEPUTADO SARGENTO RODRIGUES (PL), Autor do requerimento que deu origem à homenagem.

Discurso

Transcurso do 60º aniversário do Centro Universitário de Belo Horizonte - UniBh.
Reunião 22ª reunião ESPECIAL
Legislatura 20ª legislatura, 2ª seção legislativa ORDINÁRIA
Publicação Diário do Legislativo em 05/06/2024
Página 3, Coluna 1
Indexação
Proposições citadas RQN 5873 de 2024

22ª REUNIÃO ESPECIAL DA 2ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 20ª LEGISLATURA, EM 3/6/2024

Palavras do deputado Sargento Rodrigues

Quero primeiro desejar um boa-noite a todos. Sejam muito bem- vindos à Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Quero agradecer ao ilustre colega deputado Alencar da Silveira Jr., que é o nosso decano. Prof. Fogaça, como deputado, ele está aqui há oito mandatos consecutivos. E eu não poderia deixar que o nosso dileto e fraterno amigo, meu irmão, deputado João Leite, não ganhasse este lugar de destaque na Mesa. Então aqui a gente faz isso, tanto eu quanto o Alencar, João, com muito carinho, muito respeito e, acima de tudo, por tudo que você contribuiu para esta Casa. Sinto muito a sua falta na Comissão de Segurança Pública; sinto sua falta todos os dias, e espero que Deus esteja o abençoando no seu novo desafio. A gente até gostaria, Alencar, de também quebrar o protocolo, mas vamos evitar exatamente para não cometer alguns erros aqui, na data de hoje. Mas eu gostaria de dizer da minha alegria de poder ser o autor do requerimento que deu origem a esta homenagem pelos 60 anos do UniBH – é com muita alegria. Eu, diferentemente dos meus colegas, ex-alunos, deputado João Leite, aluno de história; deputado Alencar, aluno de jornalismo; e outros deputados desta Casa, como o deputado Mário Henrique Caixa, o deputado João Vítor Xavier e o deputado Zé Laviola… Acho que consegui me lembrar de todos. Deputado João Leite, outro colega, que, anos mais tarde, faleceu, fez história com o senhor. Eu gostaria de poder ficar mais à vontade e falar, mas eu redigi algumas singelas palavras para dizer o quanto é importante a homenagem e rever, inclusive, o Prof. Fogaça, que foi meu professor no curso de comunicação social no período de 2001 a 2004, no campus Diamantina. E eu tive a felicidade de não ser só aluno da UniBH, da área de comunicação, mas ser aluno do curso de direito da UNA. E é com essa alegria que a gente teve a felicidade de ser autor deste requerimento. Exmo. Sr. Deputado Alencar da Silveira Jr., 2º-secretário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, que, neste ato, representa o presidente da Assembleia, deputado Tadeu Martins Leite; Exmo. Sr. Rafael Ciccarini Nunes, reitor do Centro Universitário de Belo Horizonte – UniBH –, é com alegria que nós o recebemos; Exmo. Vereador Braulio Lara, colega parlamentar municipal, que, neste ato, representa o presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, seja muito bem-vindo; Exmo. Sr. Daniel Faccini Castanho, sócio-fundador e representante do Conselho da Ânima Educação, seja muito bem-vindo à Assembleia; Sr. Marcelo Battistella Bueno, sócio-fundador e CEO da Ânima Educação, também a quem agradecemos a ilustre presença; Sr. Maurício Escobar, sócio-fundador da Ânima Educação; Sr. Francisco José Fogaça, fundador da Fundac, meu ex-professor; e Exmo. Sr. João Leite, exdeputado, aqui já nominado, e ex-aluno do curso de história, meu dileto amigo; senhores, senhoras, professores, alunos, servidores que labutam diariamente no UniBH, sejam muito bem-vindos. Tenho a grata satisfação de fazer parte desses 60 anos de história do UniBH. Foi lá que, no ano de 2001, dei início ao meu primeiro curso superior e me formei em comunicação social. Muito mais que uma habilitação profissional, a experiência vivida no UniBH representou parte importante da minha vida. Em um tempo não muito distante daquele, pensar em fazer um curso superior seria algo completamente fora de meu alcance. Acredito que muitos aqui não conheçam minha história, mas venho de uma família muito humilde. Comecei a trabalhar aos 13 anos como vendedor ambulante de jornal. Aos 15 anos, fui auxiliar de produção da Ranel Bijuterias. Aos 16, fui vigilante mirim do Centro Salesiano do Menor – Cesam – e, aos 18 anos, office boy e auxiliar de tesouraria na Cisa Veículos. Ingressei na Polícia Militar aos 20 anos como soldado do Batalhão de Trânsito, carreira que, após liderar o movimento de 1997 na luta pelos direitos da classe, acabou me conduzindo a esta Assembleia legislativa. Mesmo antes, já me interessava pela política por acreditar que era a única forma de lutar contra as injustiças e por melhores condições de trabalho para os servidores da segurança pública e também para os mineiros, sem ser perseguido e tolhido por superiores. Tanto que, em 1996, fui candidato a vereador em Belo Horizonte, ficando como primeiro suplente. Já naquela época, apesar do anonimato, fui o policial mais votado do Estado. Em 1997, já na condição de 2º-sargento, fui expulso da Polícia Militar por liderar o movimento reivindicatório por melhores salários e condições de trabalho. Em 1998, desempregado e com dois filhos pequenos, aceitei o desafio de candidatar-me a deputado estadual, e fui eleito o segundo deputado estadual mais votado do Estado. O primeiro mais votado está naquela ponta da Mesa, à época, meu colega deputado João Leite. De lá para cá, já são 25 anos de atuação parlamentar. Faço esse resgate para que possam entender o quanto representou para mim ingressar-me em uma faculdade, no caso, no UniBH. Era um passo que, por muitos anos, parecia não fazer parte da minha realidade e das minhas possibilidades. Voltar a uma sala de aula aos 36 anos de idade, além de ser a realização de um sonho, foi um grande desafio. Em meio às obrigações de trabalho e à responsabilidade de chefe de família, foi preciso muita disciplina, esforço e determinação para seguir adiante. Faltava-me tempo, mas nunca vontade de aprender. O apoio dos professores – aqui está o dileto Prof. Fogaça – e o trabalho com os colegas foi fundamental para que eu seguisse em frente e conseguisse concluir o curso. Foi no UniBH que tive a certeza de que nunca é tarde para recomeçar e que, quando acreditamos na nossa capacidade, tudo se torna possível. De lá para cá, tornei-me bacharel pela Universidade UNA, que hoje também pertence ao grupo Ânima, pós-graduado em segurança pública pela UFMG e em gestão e administração pública pela Fundação João Pinheiro. É com muita honra que hoje presto esta homenagem e tenho muito orgulho de fazer parte desses 60 anos de história do UniBH, que se tornou o melhor centro universitário privado de Belo Horizonte, assim classificado por três anos consecutivos pelo Ministério da Educação. Lembro-me dos primórdios da instituição, ainda como Fafi-BH, um pequeno prédio na Av. Antônio Carlos, e, depois, da expansão de cursos e da instalação do campus Diamantina, ambos no Bairro Lagoinha, mostrando que tinha um grande futuro pela frente. Sem perder de vista valores sociais, culturais e comunitários, consagrou-se como uma das mais tradicionais instituições de ensino da nossa capital. Acompanhar esse crescimento como morador de Belo Horizonte, como deputado estadual e, principalmente, como ex-aluno é, sem dúvida, motivo de muito orgulho para mim. A imponência do campus Buritis coroou com êxito essa história que tenho a certeza de que será longa e de muito sucesso e que já faz parte da história da nossa cidade e do nosso povo. Afinal, o UniBH segue sempre fiel ao compromisso de ser parte ativa e contributiva, consciente do seu papel comunitário na sociedade. O constante investimento em melhorias no ensino e na infraestrutura reflete a preocupação e a crença de que a educação é a principal ferramenta de transformação social. Todos nós, que refletimos sobre a importância de uma universidade, sabemos o quanto uma instituição de ensino pode promover o crescimento de uma cidade, transformando a vida de pessoas. Além do conhecimento dos bancos acadêmicos, vislumbramos a expansão dos centros comerciais, de melhorias na saúde, na infraestrutura, no transporte, na comunicação, na segurança, na cultura, na arte. Enfim, tornam-se pilares imprescindíveis para a verdadeira transformação social. Ao homenageá-los no dia de hoje, parabenizo e reconheço a grandeza dessa instituição, destacando o papel de cada gestor, professor, funcionário, colaborador e aluno que por lá passaram, ou seja, cada um que deixou, de alguma forma, sua marca e sua contribuição, que emprestou suas mãos na construção e na escrita dessa história de sucesso. E claro, não poderia deixar também de agradecer os ensinamentos que recebi nos quatro anos em que lá estive, aliás, nove anos. Vocês também fazem parte da minha história! Afinal, política e educação devem caminhar lado a lado, conectadas, de forma a buscar sempre o bem social. Recebam, em nome da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, o reconhecimento e os cumprimentos de todo o povo mineiro pelos 60 anos de história! Que venha o centenário, afinal de contas, uma instituição como o UniBH, continuará se expandindo e se fortalecendo, permitindo que mais alunos cresçam com a instituição, o que certamente refletirá em toda a sociedade e também em toda a nossa cidade. Quero, de forma carinhosa, agradecer a todos a presença; agradeço também ao colega deputado Alencar, que se dispôs a presidir a sessão; e, obviamente, agradeço ainda a presença do meu colega, meu irmão, deputado João Leite, que também se dispôs a vir. Já não está mais aqui conosco, exercendo mandato, mas o carinho pelo UniBH, como ex-aluno de história, o carinho pelos professores e pela direção da faculdade o trouxe de volta, para que pudesse participar conosco. Muito obrigado. Que Deus abençoe a todos nós!