Pronunciamentos

MARCOS GERVÁSIO, Presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais - Crea-MG

Discurso

Agradece a homenagem recebida pelo transcurso do 90º aniversário de fundação do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais - Crea-MG.
Reunião 13ª reunião ESPECIAL
Legislatura 20ª legislatura, 2ª seção legislativa ORDINÁRIA
Publicação Diário do Legislativo em 17/04/2024
Página 11, Coluna 1
Indexação
Proposições citadas RQN 5490 de 2024

13ª REUNIÃO ESPECIAL DA 2ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA 20ª LEGISLATURA, EM 15/4/2024

Palavras do Sr. Marcos Gervásio

Boa noite a todos e a todas. É um prazer muito grande estar aqui, hoje, nesta noite, recebendo esta homenagem em nome de 149.556 profissionais registrados em nosso conselho; profissionais esses de grande valor, como foi dito pelo Vinicius e pelo Tito, muito responsáveis pelo nosso crescimento e pelo que é hoje a engenharia de Minas e do Brasil.

É com muito orgulho que, no dia 23 deste mês – 23 de abril –, comemoramos 90 anos de história. Cumprimento o deputado estadual Antonio Carlos Arantes, 1º-secretário da Assembleia Legislativa, que está presidindo esta sessão, representando o deputado Tadeu Martins Leite, presidente desta Casa. Quero saudar também o deputado Tito Torres, requerente desta reunião especial, reafirmando que nos sentimos muito honrados – muito honrados mesmo, Tito – por esta homenagem. Agradeço ainda a presença do Vinicius Marchese, meu amigo, presidente do conselho, engenheiro de telecomunicações; e também à presidente do Crea-Alagoas... Não vi a Rosa Tenório aqui. Eu a procurei. A Rosa está aqui, gente? Não. Ela é coordenadora do Colégio de Presidentes. Hoje estamos aqui com 26 – e eu sou o 27º. Então hoje temos presentes aqui, no nosso evento, 26 presidentes de Creas. Em nome dela, agradeço a todos os presidentes presentes. Além disso, agradeço a presença também do Lúcio Borges, ex-presidente, meu amigo, meu amigo de quase 40 anos, lá da época da Escola de Engenharia – e tive a honra de ser chefe de gabinete por cinco anos consecutivos lá na presidência do Crea-Minas –, com quem aprendi muito ao longo desses anos, o que me incentivou muito a dar continuidade a esse trabalho brilhante que foi desenvolvido por você, Lúcio – muito obrigado. Agradeço aos nossos inspetores aqui presentes que representam 85 unidades espalhadas por todo o Estado. Então quero aqui, em nome do João... Não estou vendo o João também. Quero agradecer ao João, de Janaúba. Ah, o João está ali! Então, na pessoa do João, cumprimento todos os inspetores do Crea-Minas espalhados por todo este Estado de Minas Gerais. Agradeço também aos nossos dirigentes das mais 80 entidades de classe registradas no Crea, além dos representantes dos sindicatos patronais aqui presentes. Cumprimento, na pessoa do Marcos Savoi, presidente do Sindilurb, todos os representantes das entidades patronais aqui presentes; e os representantes das instituições de ensino, que são muito importantes, muito importantes, dentro do Sistema Confea-Crea e Mútua.

Agradeço também aos meus colegas de diretoria, aos meus amigos da diretoria do Crea-Minas, aqui quase todos presentes na sessão de hoje; e, de forma especial, à minha esposa Simone, que me acompanha nesta noite e, na pessoa dela, cumprimento também todas as mulheres aqui presentes.

Por fim, agradeço também aos meus companheiros de Mesa, ao meu tio. O Tito falou que pode falar que é parente. Eu não ia falar, Tito, mas você já abriu a porta e falou que é preciso falar, então, meu tio, meu inspirador, Mauri Torres. Tive a honra de ser office boy do Mauri aos 14 anos de idade. Como o tempo passa, não é, gente? Com 14 anos, eu era office boy do Mauri em João Monlevade e hoje estou, aqui, presidente do Crea-Minas, e o Mauri, presidente desta Casa, deputado por seis mandatos, se não me engano – foram seis mandatos, Mauri? –, seis mandatos como deputado, presidente desta Casa, presidente do Tribunal de Contas e hoje, aqui, como conselheiro do Tribunal de Contas, ele, que me prestigia muito, muito. Obrigado, Mauri. Agradeço ao vereador Braulio Lara, aqui representando a Câmara de Vereadores de Belo Horizonte. Muito obrigado, vereador, pela presença. Agradeço ao deputado federal Pedro Aihara. O Pedro Aihara já saiu, não é? Agradeço muito pela presença. E um agradecimento especial ao Miguel Ângelo. Miguel também faz parte do meu passado, até mais que o Mauri. Eu e Miguel fomos colegas desde os 7 anos de idade. Eu, com 8 ou 9, e você, com 7. Nós tínhamos um campinho de futebol em Nova Era, na casa da minha mãe, e a gente jogava, um no gol e dois na linha. Então o nosso jogo acontecia com cinco: dois goleiros e quatro na linha. E era o dia inteiro, não é, Miguel? Ô, saudade que tenho! É um grande amigo e, hoje, desembargador federal no TRF-6, pessoa que lutou incansavelmente para trazer o tribunal para cá. Se eu não me engano, Miguel, não sei se vou acertar, foram 20 anos incansáveis de trabalho para instalar, em Minas Gerais, o TRF-6. Obrigado mesmo. E agradeço, finalmente, aos mais de 400 profissionais e colaboradores do Crea-Minas, porque, sem eles, não chegaríamos nunca a esse ponto em que estamos hoje de 90 anos. Então agradeço aos nossos fiscais, aos nossos atendentes, a todo o corpo técnico do Crea-Minas presente nesta sessão de hoje. E, não poderia deixar de mencionar, mais uma vez, os 149.553 profissionais – gostei desse número – e outro importante: 55.676 empresas, Tito. Nós temos hoje, registradas no nosso conselho, 55.676 empresas de engenharia, de agronomia e geociências, trabalhando incansavelmente pelo progresso do nosso estado.

Srs. Deputados e Sras. Deputadas e todos que acompanham esta cerimônia, é uma alegria imensa estarmos aqui, reunidos, e celebrarmos nove décadas do Crea-MG. Este é o momento de não apenas comemorar 90 anos, mas também de refletir sobre toda a contribuição da engenharia, da agronomia e das geociências para o desenvolvimento das nossas cidades, para o desenvolvimento do nosso país. Tivemos uma trajetória pujante, que faz parte da história de Minas e do Brasil.

Desde a sua criação, em 1934, o Crea-Minas tem como missão proteger a sociedade da atuação de pessoas inabilitadas nas atividades técnicas, exigindo a presença de profissionais legalmente habilitados, sendo um pilar fundamental para o desenvolvimento de todas as nossas profissões. E eu, como presidente do Crea-Minas, sinto-me muito honrado em poder celebrar essa data.

O primeiro presidente da nossa regional Minas, engenheiro civil metalurgista Lourenço Baeta Neves, deputado federal àquela época, foi um dos articuladores do Decreto nº 23.569, de dezembro de 1933, que regulamentou as profissões do engenheiro, do arquiteto – na época – e do agrimensor e criou os Creas pelo Brasil. Ele foi um incansável defensor da importância da engenharia para o desenvolvimento do País e carregou essa causa por toda sua vida. Isso é uma inspiração para nós, profissionais do sistema Confea-Crea. Nesse sentido, Vinicius, a regulamentação de que a gente tanto fala, que a gente tem necessidade que aconteça, a sua reestruturação, nunca, nunca poderá ser subestimada. Então temos que lutar sempre para que a gente evolua e que as nossas profissões sejam realmente valorizadas no Brasil, pois elas são o alicerce que sustenta a responsabilidade técnica do profissional e que garante que as suas habilidades e os seus conhecimentos sejam aplicados com integridade, com segurança e respeito no bem-estar público.

A presença de profissionais qualificados e éticos torna-se indispensável em um mundo em constante transformação, onde os avanços tecnológicos caminham a passos largos. Nessa missão de proteger a sociedade, o Crea-MG vem defendendo os interesses sociais e humanos, promovendo a valorização profissional, o desenvolvimento sustentável e a excelência no exercício das nossas profissões. Para a sociedade isso significa segurança, inovação e qualidade dos nossos serviços prestados. Ao longo de 90 anos, o conselho avançou na prestação de serviços, modernizou o seu atendimento e aprimorou suas atividades. Nos últimos seis anos, na gestão do meu amigo Lúcio Borges, aqui presente e a quem eu já cumprimentei, houve um investimento ainda maior em tecnologia, introduzindo novas ferramentas de planejamento de gestão e inteligência. Em 2021 passou a oferecer serviço de forma 100% on-line, tornando o conselho mais ágil, eficiente, conectado com o futuro. O nosso estado é muito diverso. Cada região tem a sua particularidade, mas todas elas com a presença muito forte das geociências, da agronomia e da engenharia. Nesse sentido, nossa preocupação é estar junto com os profissionais – o Vinícius foi muito feliz aqui, não é Vinícius? –, oferecendo todo o apoio necessário e sendo uma referência para a atuação dos nossos profissionais espalhados por toda Minas Gerais e por todo o Brasil.

Além dessa sede que a gente tem aqui hoje em local privilegiado, próximo à Assembleia, próximo a toda a esfera administrativa de Minas Gerais, a gente tem também 85 pontos de atendimento, 85 inspetorias e escritórios espalhados por toda Minas Gerais. Ampliando ainda mais a nossa atuação, contamos já com 200 representantes municipais, tendo como meta para o final deste ano já termos 500 representantes municipais. Os representantes municipais ficam naquelas cidades onde a gente não tem inspetoria física instalada, a gente tem um representante, como em Nova Era, não é, Miguel? Lá a gente tem hoje um representante municipal e uma associação recém-criada e já empossada, com 45 profissionais registrados. É dessa forma que a gente quer fazer em todo o Estado, ou seja, que as nossas profissões tenham representantes em todas as cidades de Minas Gerais – a gente tem o objetivo de chegar a 500 –, ajudando a criar as associações, a ter a participação desses representantes nos conselhos municipais, nos Codemas, e ter a voz da engenharia, o olhar da engenharia em todas as decisões públicas, ajudando sim, os nossos prefeitos, as nossas câmaras de vereadores pelo olhar técnico, pelo olhar ético, para que todo mundo tenha condições de tomar decisões, e o nosso Brasil e a nossa Minas Gerais cresçam ainda mais de forma sustentável e responsável.

Devemos olhar para a nossa história reconhecendo as conquistas e os obstáculos superados, mas também miramos o futuro com determinação e otimismo, com o propósito de manter o Crea-Minas no caminho responsável do desenvolvimento das profissões, promovendo a excelência, a inovação e o compromisso do bem comum, colocando à disposição da sociedade todo esse conhecimento técnico. Por isso, sabemos que são os agrônomos, os geocientistas e os engenheiros peças fundamentais para o desenvolvimento do nosso país e para a construção de uma nação forte e soberana. As nossas profissões são a força motriz do progresso. E é graças a esses profissionais que temos estradas que conectam cidades, pontos que cruzam rios, lavouras que nos fornecem alimentos saudáveis, barragens que geram energia, sistemas de tratamento de água que garantem a nossa saúde e bem-estar e vários outros segmentos da engenharia. Mas, além disso, é importante ressaltar que a engenharia, a agronomia e as geociências não operam isoladamente. Nossas profissões são fundamentais para o bom desenvolvimento das outras profissões. Da medicina ao direito, da tecnologia à educação, todas dependem, em alguma medida, dos avanços e das soluções proporcionadas pela engenharia, pela agronomia e pelas geociências. Os profissionais registrados no Crea-MG, com sua diversidade e competência, são verdadeiros construtores dessa história. O conselho é parte importante disso ao potencializar e buscar condições adequadas para o exercício dessas profissões. Por isso seguimos com o compromisso de honrar o legado daqueles que nos precederam e, assim, construir um futuro ainda mais promissor para as próximas gerações.

Muito obrigado. Boa noite a todos. Um abraço.